Carolina é uma jovem sonhadora que tem como prioridade se formar no ensino médio, ingressar numa boa faculdade e abrir um restaurante onde as pessoas possam ser elas mesmas e disfrutar de uma boa comida.
A vida simples que ela leva com a família na...
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Rafael
A sede da empresa de Léia, a Art Life Arquitetura, era um prédio de cinco andares cor de areia na Barra da Tijuca. No início das laterais das paredes havia uma texturização amadeirada e no resto da lateral tinham varandas que eram conectadas aos escritórios. No térreo, a entrada de vidro era sustentada por retângulos de ferro, conectados a porta com a maçaneta quadrada. Ao entrar, Rafael viu de cara as reformas que a mãe e Yolanda tinham feito. A logo da empresa estava pendurada no balão branco. O piso que antes era de porcelanato, agora era de madeira. As cadeiras de espera eram de tonalidade marrom bem escura. O lustre era uma beleza a parte, com aberturas simétricas.
Ele não teve muito tempo para reparar em todos os detalhes, pois Alison saiu de um dos elevadores e foi em direção a ele. O homem vestia sua habitual camisa com estampa de folhagem, uma mania que Rafael achava legal.
— Oi, Rafa. Desculpa a demora, é que temos um projeto importante prestes a ser entregue. Vamos subir? Sua mãe está esperando. — Ele falou, apertando o ombro do rapaz, o guiando para entrar no elevador. — E parabéns pela menininha que vem aí.
— Obrigado, Soni, estou muito empolgado para projetar o quarto dela. — Os dois caminhavam até o elevador. Algumas pessoas olhavam para Rafael, discretamente.
— E eu estou animado para ver os seus desenhos. Léia disse que você passou o final de semana desenhando.
— Pensar na minha filha me dá inspiração, sabe? Me sinto ansioso para vê-la, para segurá-la e enche-la de amor. — Ele sorriu, lembrando da foto do ultrassom, que ele fez questão de pôr em uma moldura que agora descansa em sua cabeceira. — Eu tenho estudado muito sobre paternidade, não quero ser um desnaturado e minha garotinha merece os melhores cuidados.
— Te ouvir falar assim é surreal, parece ontem que você era um garoto e agora vai ser pai. E Amanda, como ela anda?
— Bem, ainda passa a maior parte do tempo de repouso, mas aos poucos tudo está voltando ao normal. — Isso é o que ele contava para as pessoas.
— A barriga dela já deve estar bem evidente, certo? Léia comentou que vai levá-la ao shopping no final de semana.
— É, elas vão aproveitar para comprar umas coisas para a bebê.
— Essa parte de comprar enxoval é uma loucura, me lembro de quando ajudei a minha irmã. Fizemos uma lista enorme e quase saímos da feira de gestantes com uma van.
— Foi tanta coisa assim que vocês compraram? — Perguntou, apreensivo.
— Rafa, quase que pedi para os vendedores um manual para usar todas aquelas coisas. Sem contar o tanto de roupa que criança perde roupa, meu sobrinho antes de nascer já tinha trezentas peças no guarda roupa.
