♡Capítulo 3 - Ele/Rafa♡

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Rafael

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Rafael

A água salgada do mar dava uma leve ardência nos olhos de Rafael conforme ele deslizava entre as ondas. Ir de manhã para a praia surfar tinha se tornado terapêutico. Ele não conseguia nem pensar em aguentar a chatice das aulas do primeiro turno sem ter dado um mergulho no mar antes. Em cima de sua prancha amarela, tudo ao seu redor parecia parar no tempo. Rafael se sentia um só com aquele ambiente. Porém, ao escutar gritos da areia da areia, o rapaz virou o rosto e viu seu primo acenando com o braço esticado. Aquele gesto significava que sua hora no paraíso tinha chegado ao fim. Ele saiu do meio das ondas e se sentou na prancha.

— É Rafael, hora de encarar a realidade. — Disse ele, passando a mão no cabelo molhado, o colocado para trás.

Ele se deitou na prancha e remou na direção da praia. A partir dali o Rafa surfista passa a ser Rafael Ferreira Alves, filho mais novo de um juiz bem-sucedido e de uma designer de interiores da alta sociedade. O fato de ser rico não o incomodava, ele sabia da realidade de seus privilégios e aproveitava cem por cento deles. Mas, às vezes, tudo parecia ser demais. Responsabilidades demais, deveres demais e expectativas demais. A formatura seria no próximo ano, então um peso ia ser retirado das costas dele. Em breve ele seria um arquiteto formado e iria engatar na empresa da mãe. Tudo seguindo pelo fluxo certo. Rafael ficou de pé na areia macia e suspendeu a prancha por debaixo do braço.

— Poxa, até que enfim! Achei que ia precisar te chamar pelo alto falante do salva vidas. — Falou o rapaz de cabelos longos e castanhos.

Felipe foi o melhor amigo que a vida podia dar para Rafael. Ele era filho da melhor amiga da mãe de Rafa, Yolanda. Felipe era um ano mais velho, o que tornou a relação de ambos uma relação de irmãos. Os dois tinham os mesmos gostos e hobbies parecidos, o que os tornavam bem próximos.

— Ah, Lipe, você sabe que... — Rafa apoiou a prancha no chão fofo.

— O mundo para quando você surfa. Eu estou sabendo disso desde que comecei a me atrasar para a faculdade por conta do seu surto marítimo. — Ele zombou. Felipe gostava de surfar, mas não era a mesma coisa que a paixão de Rafael.

— Engraçado que quando é a Rebeca você não reclama, né? — Rafael falou para mexer com o amigo.

Rebeca era a prima-irmã mais velha de Rafael por parte de mãe, e também a mulher mais inteligente e geniosa que ele já conheceu. Beca morava em Santa Catarina com os pais, mas decidiu fazer o ensino médio e faculdade no Rio de Janeiro, onde se formou em medicina e atualmente trabalha como pediatra na Perinatal na Barra da Tijuca. E, claro, Felipe tinha sentia uma paixão por ela desde a adolescência.

— A Beca não faz eu me atrasar para a aula. Eu vou pagar essa água de coco e já volto. — Felipe se virou e caminhou até o quiosque com flores tropicais no balcão.

Rafael retirou a prancha da areia e a colocou debaixo do braço novamente. Enquanto andava na direção do carro do amigo, um incrível jipe da cor verde musgo, o rapaz riu ao perceber que estava sendo acompanhado por olhares femininos. Quando estava prendendo sua prancha em cima do carro, duas garotas apareceram de braços dados e pararam ao lado dele.

Uma Família ao Acaso (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora