Carolina é uma jovem sonhadora que tem como prioridade se formar no ensino médio, ingressar numa boa faculdade e abrir um restaurante onde as pessoas possam ser elas mesmas e disfrutar de uma boa comida.
A vida simples que ela leva com a família na...
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Rafael
Uma noite. Carolina chegou e conseguiu mudar a dinâmica da família em uma noite. Ela, como sempre, foi gentil, alegre e divertida. Ela conseguiu a fazer uma conexão com Amanda, coisa que estava sendo intenso para Rafael manter, e ainda assim ele ficou chocado ao ver como as duas pareciam próximas em tão pouco tempo. Não que ele esperasse que elas fossem trocar farpas ou algo assim, pois Amanda tinha entrado num estado mais interativo, positivamente falando. Fazia parte do acordo deles que ela seria bem receptiva com as pessoas ao redor, mas a forma como ela conversava com Carolina durante o jantar foi espantoso. Até mesmo Rebeca, no final da noite, se juntou a Amanda e Carolina para assistirem séries juntas. Apesar de estranhar essa nova amizade, ele ficou contente em ver que a ex-namorada teria alguém além dele para conversar e, conhecendo bem Carolina, assunto nunca ia faltar.
A segunda-feira, como sempre, começou cheia com as aulas na faculdade, que iam até de tarde dessa vez graças aos trabalhos extras que estava fazendo. Lipe o estava ajudando demais, principalmente o lembrando de fazer uma pausa para comer. Com o inverno estabelecido, não dava muito para ir à praia surfar e relaxar. Rafael estava doido para levar Amanda na praia para que a filha dele tivesse esse primeiro contato com uma das paixões dele. Mas, no momento, ele não arriscaria que Amanda pegasse um resfriado ou qualquer outra doença. Léia havia ligado durante o primeiro intervalo das aulas falando que a equipe de limpeza tinha chegado e começado o segundo dia de trabalho. A bagunça que a montagem dos móveis fez foi grande o suficiente para que fossem dois dias de limpeza. E pensar que no fim do dia ele iria entrar no quarto de sua ovelhinha e ver o quão pouco falta para tudo ficar pronto, bem quase. Léia deixou bem claro que a compra do enxoval precisava acontecer logo ou sua neta ia ficar sem roupas depois que nascesse.
— Ei, pai do ano! — Lipe balançou a mão na frente do rosto do amigo. — Você tá viajando, cara, ouviu alguma coisa do que eu te falei?
— Foi mal, Lipe, eu estou com a cabeça cheia.
Os dois tinham ido almoçar no Burger King, Rafael não estava afim de comer no refeitório da faculdade. O local não estava muito cheio e tinha alguns rostos que já passaram por ele nas salas de aula.
— Cara, sua filha nem nasceu e você está um caco, sério mesmo.
— Obrigado, você como sempre um amigo sincero. — Rafael revirou os olhos, irônico.
— De nada, pode contar sempre com os meus comentários. — Lipe respondeu, comendo uma tira de batata frita. — Mas sério, você precisa dormir por um tempo.
— Vou fazer isso hoje, mas pensando que logo ficarei noites sem dormir, já é bom eu ir me acostumando.
— Enquanto você troca fraldas cagadas, eu me aproveito da sua falta de presença para ficar com as garotas nas festas.
— Você é um idiota, Felipe. — Rafael riu da pose que o amigo fez.
— Fazer o que, preciso encontrar alguém para tirar a Beca da minha cabeça. Agora que ela vai casar, o meu coraçãozinho vai ficar vazio e eu nunca terei meus sentimentos retribuídos.
