Carolina é uma jovem sonhadora que tem como prioridade se formar no ensino médio, ingressar numa boa faculdade e abrir um restaurante onde as pessoas possam ser elas mesmas e disfrutar de uma boa comida.
A vida simples que ela leva com a família na...
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Carolina
— Muito bem, pessoal, por hoje é só e eu nem preciso dizer que quero o resumo da nossa mateira de segunda guerra para a sexta-feira que vem. — Lucio, o professor de história, falou ao guardar suas coisas na mochila. — E quem quiser bancar o esperto e copiar da internet, saiba que eu vou verificar trabalho por trabalho, como um bom malandro que sou.
Alguns alunos riram da cara de deboche que o professor fez. O homem negro alto apontou para o fundo da sala.
— Galerinha do fundão, recomendo que vocês façam o resumo se quiserem ter pontos para passarem na minha matéria esse ano. Pela conversa que tive com os responsáveis de vocês, eles não vão querer pagar outra dependência ano que vem.
— Valeu, Lucio, graças a você eu estou até hoje sem meu Playstation. — Disse um garoto do fundão.
— De nada cara, fico muito feliz em ouvir isso. — Ele disse acenando e fazendo a turma rir novamente. — Tenham um bom dia pessoal, até segunda que vem.
Após se despedirem de Lucio, os alunos começaram a sair de suas carteiras para conversarem. Carolina nem precisou sair do lugar, pois Flaviana, Ingrid e Karen se aproximaram dela.
— Parabéns, aluna nota dez! — Karen abraçou a amiga.
— Obrigada, Ka, e você foi incrível também.
— E tinham boatos de que eu estava na pior. — Ingrid falou um pouco alto enquanto exibia sua prova corrigida com um redondo nove. — Se isso é estar na pior, porra, o que quer dizer estar bem.
— Acho que de todas nós, quem, definitivamente, não está mais na pior é a bonita aqui. — Karen imitou uma apresentadora ao colocar um microfone imaginário perto da boca de Flaviana. — E então, xuxu, como você se sente tirando um oito e meio na prova do seu professor queridinho?
— Como se eu fosse a Katy Parry no clip de Fireworks, com fogos de artifício saindo de todos os lugares.
— Os fogos saem dos peitos dela, mas tudo bem.
— Ingrid!
— Sem chamada de atenção hoje, Karen. É dia de comemorar. — Ingrid jogou o cabelo vermelho por cima do ombro. — E aí, Carol, o fim de semana das garotas está de pé?
— Com certeza, meus pais liberaram, então podem, assim que chegarem em casa, arrumem as suas coisas.
— Ai, estou animada, vou levar umas máscaras faciais que comprei pela internet.
— A Karen vai fazer a sessão arranca cravo na gente de novo, meu nariz que lute. — Ingrid olhou para a mancha de vitiligo na mão. — Não posso me esquecer de levar o meu protetor solar, mesmo não fazendo sol ultimamente, eu preciso proteger a minha pele.
