Carolina
O IAPI estava lotado de pessoas e barracas, e um palco enorme tinha sido montado no fim da rua. Era festa junina e todos os moradores ao redor tinham se juntado para aproveitar a festa. Carolina, as amigas e família estavam em uma mesa que João Francisco tinha conseguido perto das barracas de comida. Helena e Clarisse conversavam animadamente na mesa ao lado, enquanto João Francisco tinha ido falar com os vizinhos. Miguel encontrou uns amigos e estavam tentando a todo custo ganhar os prêmios legais das barracas de jogos.
Flaviana e Ingrid tinham acabado de voltar de uma barraca, elas tinham ido comprar comida. As duas trouxeram um saco com cinco espetinhos e quatro guaravitas.
— Ufa, finalmente saímos daquela fila tenebrosa. — Ingrid arrastou a cadeira vermelha de plástico para se sentar.
— Gente, não vão acreditar no nosso azar, a Evelyn e sua trupe de palhaços estavam do nosso lado.
— E o que aconteceu? Elas falaram alguma coisa? — Karen perguntou para Flaviana.
— Por incrível que pareça, ninguém falou nada. Apesar dos olhares que a Evelyn nos deu, parecia que ela estava imaginando tacar a panela de óleo da barraca de batatas na gente.
— Ela deve estar borrada de medo depois que a Carol a intimidou. — Ingrid falou, bebericando seu guaravita gelado. — Ainda estou curiosa para saber o que você falou para deixa-la daquele jeito.
— Sério, gente, hoje eu não quero falar da Evelyn. Vamos apenas esquecer esse assunto e aproveitar que ela não está pegando no nosso pé.
— É, vamos falar sobre quanto vamos conseguir comer esse ano. Os espetinhos são só o começo, certo?
— E eu que prometi que ia começar uma dieta amanhã.
— Karen você não precisa disso, seu corpo é lindo e sua bunda também.
— Flaviana!
— Eu concordo com ela, amiga, desencana disso. — Ingrid mordeu um pedaço do frango no espetinho. — Essa história de dieta é por causa das merdas que o Caio fica falando para você se sentir mal.
— Ai, amigas, vocês são incríveis, de verdade. — Karen falou pegando um espetinho de carne. — Apesar de nunca me deixar abalar, às vezes as provocações do Caio grudam na minha mente.
— Aquele sangue suga, você deveria quebrar os dentes dele de novo. — Incentivou Flaviana ao abrir seu guaravita.
— Não vou fazer meus pais gastarem dinheiro em um implante dental outra vez.
— Garotas, sobre o que estão falando? — Perguntou Clarisse ao se sentar na mesa ao lado de Carolina.
— Pela cara de vocês, a fofoca devia estar sendo boa. — Helena complementou ao se aproximar. Ela olhou para a filha, que fez uma cara de desentendida enquanto mastigava a carne do seu espetinho.
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Uma Família ao Acaso (EM REVISÃO)
RomanceCarolina é uma jovem sonhadora que tem como prioridade se formar no ensino médio, ingressar numa boa faculdade e abrir um restaurante onde as pessoas possam ser elas mesmas e disfrutar de uma boa comida. A vida simples que ela leva com a família na...