Capítulo 7

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Pov Any | Gabrielly
Los Angeles • Califórnia

×××

— Bom dia, Any. — Olívia praticamente pulou em meu colo me apertando com força em seus braços. Retribui o abraço e logo a soltei com um sorriso nos lábios.

— Bom dia Oli, como você está?

— Estou melhor do que ontem. — suspirou parecendo triste meio cabisbaixa.

— O que houve? — nos sentamos em um banco. Acariciei suas costas a confortando.

— Meu pai veio ontem. — ela me olhou com os olhos transbordando de lágrimas. — Di-disse que quando eu levar alta me levará para muito longe. — ela contou chorando.

— Oli...

— Eu não quero ir Any, vão me machucar. — ela levou suas mãos aos cabelos e os puxou soluçando. — Vão me machucar novamente. — abraçou o próprio corpo arranhando seus braços que já estavam ficando vermelhos.

— Olívia, shh amiga, nada vai te acontecer. — a puxei para um  abraço apertado. — Eu vou te ajudar, não vou sair do seu lado.

— Eu duvido, já até arranjou um namorado. — soluçou.

— Josh não é meu namorado. — afirmei e ela riu sem humor. — Ele é só mais um paciente necessitado, que precisa de alguém para estar do lado dele assim como eu, você e todos aqui.

— Hum. — resmungou limpando as lágrimas. — Pode ficar com ele em breve eu estarei morta.

— Olívia nunca mais diga isso. — falei séria. — Eu vou fazer o que eu puder para te defender, eu te dou minha palavra, não vão te machucar.

— Promete?

— Não. — ela me olhou magoada.

— Não? — afirmei.

— Como pensa Gabrielly, não gostamos de promessas elas não costumam ser verdadeiras, vamos te ajudar porque queremos e não para cumprir algo prometido que as vezes não temos a mínima vontade. — sorri e ela me abraçou apertado voltando a chorar.

— Olha quem está ali. — me soltou indicando Josh a nossa frente a dois metros de distância, com as  mãos escondidas atrás das costas. — Cuida da minha amiga, grandalhão. — ela se levantou e falou cutucando Josh que assentiu.

— Oi. — o cumprimentei assim que ele se sentou ao meu lado. Senti um frio na barriga de repente, ele esticou para mim uma rosa branca sem dizer nada. — Pra mim?

— Não é pra você entregar para aquela árvore. — falou indicando a árvore perto de nós.

— Palhaço. — ri cheirando a rosa. — Obrigada por isso. Como está?

— Bem, eu acho. — balançou os ombros olhando para o jardim.

— Como anda o caso?

— De cadeira de rodas. — revirei os olhos. — Está indo como tem que ser na visão da “justiça”.

— Então está péssimo. — ele me encarou com um olhar diferente e é a primeira vez que não consigo decifra-lo.

Josh é um homem enigmático com toda a certeza.

— E como você está? — perguntou amigável.

𝐅𝐀𝐕𝐎𝐑𝐈𝐓𝐄 𝐂𝐑𝐈𝐌𝐄 | BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora