Respect my friend, dumbass!

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Eu não sei qual é a tara do vilão para contar todo seu plano diabólico antes de matar o herói, mas nesse momento estou agradecendo profundamente por isso e estou esperando um milagre para me tirar desse lugar.

— Que planinho longo em? Credo.

O deadpool apareceu em cima de umas caixas olhando para mim e o mal encarado, não era o milagre que eu esperava, mas tá valendo.

— E você é?

— Deadpool, prazer. (S/n), tudo bem aí?

Ele perguntou e eu concordei com a cabeça já que eu estou com uma mordaça na boca me impedindo de falar.

— Então você é amigo dela?

— Calma aí, vamos para uma aulinha básica de boa convivência. (S/n) é uma pessoa não binária, logo não usa pronomes binários, como ela/dela ou ele/dele.

— Ela é não o que?

— Não binárie, sabe quando a pessoa não se identifica com nenhum dos gêneros binários.

— Mas ela é uma mulher.

— Elu é o que elu quiser, o gênero é delu, logo elu escolhe a porra do pronome.

— Mas isso não é gramaticalmente correto.

— E? Você querer dominar o mundo não é politicamente correto e mesmo assim você acha que esse plano de vilão meia boca vai dar certo.

— Que seja ela...

— Eu tentei (s/n), fiz o meu melhor, agora eu vou matar e... Ei, quais são seus pronomes?

— Eu sou um homem não está vendo?

— Eu vou matar ele, já te solto.

Não sei se rio ou choro com essa situação, deadpool é o amigo mais compreensivo que já tive a minha vida inteira e ele se deu ao trabalho de explicar o meu gênero para um vilão só para me deixar confortável.

— Cheguei. — Ele falou soltando minhas amarras. — Esse desgraçado não tinha o senso mínimo, você tem que enfrentar isso todos os dias?

— A maioria dos dias, sim, mas está tudo bem. Obrigado por me defender.

— Se precisar de alguém morto e só chamar, vamos embora.

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