Nota: Aos poucos, voltando! Me perdoem o capítulo pequeno! É bom estar de volta, mesmo com a dificuldade de escrever capítulos longos no momento.
Chase não encontrou August. Era no mínimo estranho. Ela saiu para trabalhar e quando voltou... sua casa estava vazia. O celular de August? Desligado. Ela ligou no sítio de escavação, e nada. August tinha sumido, ou assim parecia. Chase sentou em casa e pensou muito. O que havia acontecido ou porque August tinha saído ela não sabia, mas até então o que ela sabia sobre August era apenas o que a superfície demonstrava: ela era impulsiva, muito emotiva e explosiva. Uma bomba relógio. Por isso, Chase resolveu que iria esperar em casa - uma hora ela iria aparecer ali ou de volta ao sítio perto de Tacoma.
E assim foi.
11 da noite, com o cabelo bagunçado e olhar de poucos amigos, August chegou ao sítio de escavação, fazendo Chase dirigir de volta, no meio da noite, indo atrás dela. Chase ainda estava com sua roupa muito arrumada e sóbria e August... ela estava tipicamente como August.
- Oi. - Chase disse tentando entender quando August abriu a porta de seu trailer, com um olhar fuzilante. Ela poderia bancar a dominante ali, mas não sabia bem onde estava pisando ainda.
- O que você quer? - August falou com o humor ácido. - Eu estou cansada e trabalho amanhã.
- Gus... você sumiu. O que acha que eu quero? - Suspirou, tentando ir devagar. - O que aconteceu?
- Porque você não coloca seu cérebro super estudado para pensar um pouco, Chase? - Levantou uma sobrancelha. - Ou melhor, porque não pensa melhor em chamar um chaveiro antes de convidar a pessoa com quem está saindo antes de chamar ela para sua casa?
- Kim. - Chase sentiu um soco no estômago. - Gus.... Eu sinto muito.
- Eu aposto que sente. Satisfeita? Porquê eu vou dormir agora. Conversamos amanhã. - Falou grossa, ja segurando a porta.
- Gus, espere. Vamos conversar.
- Vamos. Amanhã. Mais alguma coisa?
- Gus, não vamos dormir brigadas. - Ordenou mais séria.
- Não? Ok. Então explique porque sua ex tem sua chave.
- Moramos juntas por anos, ela ainda tem coisas e correspondência indo para lá e eu nem sempre estou em casa e...
August virou as costas e começou a fechar a porta.
- August! - Chase falou alto.
- Quer saber? Vai se foder, Chase. Você e seu caso mal resolvido. Quer mentir pra mim? Ok. Mas faça isso amanhã porque meu humor não está bom agora!
- Nós vamos conversar agora!
- E ENFIA NO CÚ SEU SENSO DE DOMINAÇÃO PORQUE VOCÊ NÃO ESTÁ FALANDO COM ALGUÉM QUE SE IMPORTA NO MOMENTO. - Gritou o suficiente para mostrar que falava sério e passou a mão pelos cabelos.
- O que você quer ouvir, Gus? Kim tinha a chave, eu não peguei de volta. Foi um erro! Foi sim! Mas se eu tinha esperança que a gente fosse se acertar um dia? Sim. Eu tinha! Até eu conhecer você!
- Então é isso que eu sou? Um tapa buraco? - Cruzou os braços olhando nos olhos de Chase.
- Não, Gus. Eu conheci você e me interessei.
- Mas se Kim voltasse...
- Não tem mas. Não tem. Eu achei você. Ponto.
- E você esqueceu sua paixonite aguda pela sua ex? Por que eu sou mágica assim? - Riu.
- Eu vi uma luz no fim do túnel.
- Eu não quero ser luz para ninguém. Não quero e não sou. Quer um relacionamento comigo? Tenha um relacionamento comigo. Não com alguém que você acha que vai substituir sua ex. Não sou submissa, não sou Kimberly e certamente não sou idiota, então não ache que vou fazer o papel de uma, porque você vai descobrir muito rápido como está enganada. Quer me dominar? Domine a si mesma primeiro.
- August. Eu e Kim terminamos. Mal. Não tenho nada com ela.
- Por quê vocês terminaram?
- Queríamos coisas diferentes.
- Como o quê?
- Ela queria uma vida BDSM ativa, eu não. Gosto de trabalhar em casa, calma. Ela gosta de sair, gente ao redor. Ela queria ir além do que tínhamos, testar coisas novas, e eu não gosto de perder o controle. Brigamos.
- Eu não sou algo que você pode controlar. - Falou séria.
- Não quero te controlar. Quero te conhecer, o suficiente para te manter em uma linha reta.
- E o que te faz pensar que você, de todas as pessoas do mundo, pode fazer isso?
- Porque tem algo em você que parece ser capaz de me manter na linha também.
Ali estava. August respirou fundo. Ali tinha honestamente uma resposta. Algo palpável. Alguém, que como dominadora, queria se dominar também. Ali estava a Chase vulnerável, fraca, sem a casca lisa e branca que ela insistia em tentar vender.
- Entre. - August abriu mais a porta. - Anda, antes que eu mude de ideia.
- Vamos conversar agora?
- Acabamos de fazer isso. Vamos deitar.
- E agora você manda? - Chase brincou, entrando no trailer rapidamente.
- E você vai ter que aprender a lidar com isso, Senhora Chase.
August fechou a porta do trailer, e agora, com mais privacidade, ela olhou bem para Chase e sorriu pela primeira vez.
- Quer uma cerveja? - Chase ofereceu, mesmo sem estar em seu trailer próprio.
- Não poderia comer nada nem se quisesse, e você vai deixar meu transtorno alimentar ek paz hoje.
- Nada mais justo. - Concordou. - Posso te dar um banho?
- Você pode calar a boca e deitar comigo antes que eu mude de ideia.
Por hoje, pensou Chase, aquilo era uma vitória.
