- "Uau!", murmurei surpreendida com a elegância do espaço restaurativo, no qual acabara de entrar. Cruzei o meu braço no de Zayn, nem sei por que fiz isto, e logo aí as pessoas que também jantavam no restaurante depositaram os olhos em nós, o que me deixava ostentosamente incomodada. Boa Charlie! Só te dá para más ideias! Não estava habituada a esta pressão. Recuei um passo para trás. Por um lado só me apetecia fugir. Não queria nada ter de me arrepender mais tarde de ter aceitado este convite, mas o que eu mais queria era estar com Zayn! Não importava o sítio. Mesmo sabendo que o melhor era afastar-me dele, e tentar esquecê-lo. "Isto é um amor impossível! - eu repetia todos as noites isto para mim própria antes de adormecer. Mas, talvez fosse tarde demais. Sempre tive a mania de me sentir atraída pelo impossível!
Ao recuar para trás, puxei também Zayn sem querer. Nem me lembrei que o meu braço ainda estava cruzado no seu. Rapidamente, ele olha para trás e logo se apercebe do que se estara a passar comigo, pois eu estava assustada com toda esta gente. A sorte, é que não havia jornalistas, fotógrafos ou paparazzis à porta do restaurante, o que me deixara mais tranquila.
(A verdade é que eu por dentro sou insegura, medrosa e complico muito as coisas na minha cabeça, e o que mais me custa saber é que sou uma pessoa muito magoada por dentro. Não guardo remorsos, mas existe ainda um ódio em mim que me atormenta até hoje. I konw! Eu sei que o ódio é o sentimento mais feio e ruim que o coração de um ser humano pode suportar, but... já me fizeram sofrer tanto na vida! Há, simplesmente, memórias que nos marcam para sempre. Memórias como... ter sido torturada e ameaçada por uns colegas na escola. Faziam-me sentir um lixo. Uma criatura insuficiente e fracassada, que não tinha direito de conviver com os demais. Auto mutilei-me vezes sem conta (entre outras coisas). Lembro-me de me chegar a cortar duas vezes por dia. Era a maneira de descarregar o ódio. Foi a única forma que eu encontrei para suportar a dor que trazia no coração. Eu sei... tenho a perfeita noção, do quanto é horrível fazê-lo. Mas aquilo já era um vício. E quanto mais golpeava a pele com a lâmina, menos doía. Era um vício. Um MAU vício! Eu dependia deste sofrimento físico. Era uma espécie de troca. Trocava a dor emocional pela física. Mas isso fez-me crescer! Parei, quando percebi que isso me destruía a mim e aos poucos que me apoiavam. Mas só quem já passou pelo mesmo, é que se sabe o que é. Posso estar com uma vontade enorme de chorar ou de qualquer outra fraqueza, mas não é meu costume fazê-lo com alguém a ver. Aprendi que NUNCA devemos mostrar as nossas fraquezas ou o nosso ponto fraco alguém! As pessoas tem a decência de te magoar com isso. Mas também aprendi que a melhor vingança é o nosso sucesso! E a melhor justiça é as pessoas serem castigadas com os seus próprios erros um dia mais tarde.
E por fora sou a pessoa que todos pensam: determinada, segura de si mesma, firme, sorridente, determinada, corajosa e forte. Não há ninguém que me conheça verdadeiramente. E tenho medo que Zayn descubra tudo isto que já passei. Ele de certeza que iria ficar muito desiludido comigo e eu não quero que ele saia da minha vida. Eu amo-o, essa é a verdade. Já não posso negar!)
- "Calma! Estás comigo, não vou deixar que te façam mal!" As suas palavras reconfortam-me, e aquecem-me o coração. É disto a que me refiro quando, digo o quanto me sinto segura a seu lado. Dou-lhe como resposta o meu melhor sorriso; tento ignorar todas as pessoas e avanço para a frente.
- " Boa noite, Mr. Malik!" Cumprimenta, educadamente, o empregado que sucessivamente, fez um pequeno gesto em forma de cortesia. Volta a olhar para o seu livro de marcações, procurando supostamente o meu apelido, para provavelmente não se enganar.
- " Miss Harper!" Sou, então, também cumprimentada pelo mesmo, depois do meu apelido ser confirmado no seu caderno.
- "Acompanhe-me por favor!" Somos encaminhados até à nossa mesa (já reservada) pelo cortês empregado. Zayn colocou a mão no fundo das minhas costas, e um inesperado arrepio percorreu todo o meu corpo. Mas porque é que ele me deixa assim? Foi apenas um toque! Ele enerva-me quando me consegue deixar nervosa com coisas tão simples! Mas felizmente, eu tento-me controlar, apesar de que por dentro o meu coração está seriamente acelerado.
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All my love, Charlie || Zayn
Fanfiction- Amar é perigoso. - Sei disso - respondi. - Já amei antes. Amor é como uma droga. No começo vem a sensação de euforia, de total entrega. Depois, no dia seguinte, tu queres mais. Ainda não te viciaste, mas gostaste da sensação, e achas que podes man...