Passado uma semana da partida de Lawrence, ainda é sentida a sua falta cá em casa. Tornou-se mais vazia, mais solitária. Ou seja, a alegria partiu. Agora só fico eu com os meus pensamentos confusos, a derramar a tristeza pelo ambiente, a deixar que uma poça de gotas salgadas se forme novamente no chão.
Lágrimas, porque amo o homem errado, porque não o devia amar, porque não fui capaz de dizer "Chega coração! Não te podes apaixonar!". É isso que, neste momento, me atormenta mais.
É tarde demais, eu sei. Mas eu tenho medo de amar... Afinal, para que serve o amor? Para nos deixarmos vencer pela insegurança, pelo medo, pela dor? Para tornarmo-nos fúteis, consumidos pela inveja e pelo ódio? Somos racistas, fazemos bullying, criamos guerras, ... Mas onde é que está o amor verdadeiro?
Foi em Zayn que finalmente entendi o que significa o verdadeiro amor. "Amor quer dizer que você se importa mais com a felicidade da outra pessoa do que a sua própria. Não importa o quão dolorosas sejam as escolhas que você tiver que enfrentar."
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- "Podemos falar?" - Pergunto a André, que desde a minha chegada a Academia, me tem ignorado o tempo todo. Sento-me ao seu lado, no confortável puff do bar académico, mas este levanta-se sem qualquer resposta ou olhar. Ignorada, outra vez!
- "André, por favor!" - Suplico, correndo atrás dele até ao estúdio de hip-hop, que se encontrava vazio.
- "Fala." - Responde, virando-se para mim mas sem nunca me dirigir o olhar.
- "Porque bateste ao Zayn daquela maneira?"
- "Eu pensava que ele te tivesse magoado! Tu desapareceste sem avisar ninguém!" - André, me encara. Pude, finalmente, voltar a olhar seus lindos olhos castanhos, e por um momento me passaram pela cabeça todo os bons momentos que eu tive com este rapaz. É o único que conhece cada fraqueza minha. Cada queda, cada falha que eu cometi na vida. Foi o único que eu deixei limpar as lágrimas, o único que conhece o meu passado. Passado esse, que ainda permanece na minha vida e que me atormenta, cada vez que fecho os olhos, é como se estivesse a reviver tudo outra vez. Passado esse, que ninguém pode descobrir.
- "Não, claro que não! O Zayn nunca me faria mal! Além disso tu sabes que eu me consigo defender."
- "Desculpa..." - Suspirou. "Eu fui um estúpido! Mas tu sabes como eu fico cego se alguém te toca! Se alguém faz mal à minha irmã!" - André completa, reconfortando-me o coração.
- "Eu desculpou, claro que eu desculpo. Conversa com o Zayn, por favor!" - Corro em sua direção e abraço-o fortemente. Aquele abraço de que já sentia falta. Aquele abraço reconfortante do nosso melhor amigo que sabe tão bem, ainda mais, quando é retribuído.
- "Eu recebi uma chamada do Klaus..." - Falo baixinho, largando-o.
- "Ah, então foi por isso que desapareceste assim! O que é que ele queria?" - Raciocinou.
- "Eles precisam de mim... - Suspirei.
-"Aliás... de nós." - Respiro fundo, depois do que disse. Será que André está pronto para voltar aos velhos tempos? Mesmo que esteja, nunca se sabe o que pode acontecer...
***
- "Hey guys! Prontos para a segunda aula de Freestyle?" - Angelina, chama a atenção dos rapazes, assim que entra no estúdio. Eles levantam-se do chão, onde se encontravam a falar animadamente, e posicionam-se nos seus lugares.
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All my love, Charlie || Zayn
Fanfic- Amar é perigoso. - Sei disso - respondi. - Já amei antes. Amor é como uma droga. No começo vem a sensação de euforia, de total entrega. Depois, no dia seguinte, tu queres mais. Ainda não te viciaste, mas gostaste da sensação, e achas que podes man...