Capitulo 6

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Eles conversavam rindo e falando alto, assuntos vinham e iam, uns eram de trabalhos que eles haviam  feito, histórias constrangedoras ou até mesmo momentos que eles acharam que nunca saíram vivos, JJ mostrou suas cicatrizes, não eram poucas, todas elas tinham um nome, mulheres que passaram na vida dele ou mulheres que o feriram de algum jeito, ele tinha uma no peito parecia uma facada

- Está se chama Lauren Jauregui – todo mundo riu – Um encontro casual de dois mercenários, mais três centímetros para a esquerda e eu estaria morto, alguns meses depois você salvou minha vida – ela deu um sorriso de agradecimento a ela

- E você atirou na minha perna – ela falou mostrando a cicatriz

- Para deixar claro a todos aqui presente, eu só arremessei a faca porque ele atirou em mim – ela levantou a perna e mostrou uma cicatriz de tiro

- Já que estão contando como conheceram a Lauren eu também vou contar – Ally se manifestou e todos pararam de falar, mas Lauren ria, parecia se lembrar – Eu bati no carro dela, que na verdade não era dela, ela estava roubando o carro, eu fiquei desesperada, comecei a chorar, lembro da Lauren esta com cara de “o que eu faço agora?” e então eu a abracei, não me perguntem porque, ela me acalmou e eu lhe entreguei um cartão, lá tinha meu nome e meu número, Lauren me ligou no dia seguinte, pegou meus dados e zerou minha conta bancaria – Ally agora começava a rir loucamente assim como Lauren, ela não conseguia mais contar, não sei porque aquilo era engraçado para elas

- Três dias depois, ela zerou todas as minhas contas com nomes fictícios, além de hackear meu telefone, nos esbarramos depois na rua e é isso que é mais engraçado, a droga do destino – ela ainda rindo

- Só essas duas retardadas acham graça nessa história – Dinah disse, pegando outro pedaço de pizza

- Conhecemos Dinah em um bar – Ally disse – O que está perfeito para Dinah – ela falou brincando

- Dinah estava no bar àquela noite servindo drinks, ela era bem popular com as pessoas sempre rindo e pude vê que na maioria das vezes ela não devolvia os trocos, algumas vezes pegava celulares em cima do balcão e as pessoas bêbadas nem percebiam, ela tem carisma, mas o que me fez realmente gostar dela foi seu soco de direita – Lauren deu uma piscadinha para ela

- Nunca mexa com uma garota do gueto – dizia ela fazendo pose o que fez todo mundo rir

- E Troy? - me veio à curiosidade 

- Lauren e eu crescemos no mesmo orfanato, depois do exercito me chutar fui fazer alguns trabalhos de escolta e segurança, até que um dia ela me ligou oferecendo muito mais que eles, seria um roubo de uma carga de produtos eletrônicos, eu fiquei com um pé atrás, mas decidi vê qual era – ele deu uma pausa – foi rápido e limpo, ninguém morreu, como na maioria dos nossos roubos, não matamos, só imobilizamos e Lauren me apresentou a mulher da minha vida – Ally corou imediatamente e todos rimos

- Depois disso viramos uma família – Lauren disse - Alguns pensam que o sucesso das nossas missões é porque somos especialistas, mas o sucesso é porque confiamos inteiramente um no outro

Todos ficaram quietos por um momento, acho que estavam refletindo sobre os momentos que eles passaram juntos, Dinah se levantou e abraçou Lauren e logo a soltou, Ally abraçou Troy, JJ me olhou

- Nem vem! – todos começaram a rir acabando com aquele clima

- Qual foi gatinha, deixa eu te mostrar que esse moreno pode dá – ele mordia os lábios e se jogou em cima de mim

- Sai de cima de mim – eu o empurrava rindo

- Deixa ela respirar JJ – Lauren levantou do sofá e foi andando até a cozinha e falou alto – Ela ainda não provou que faz parte da família

- Não leva ela a mal – ele saiu de cima de mim, ficou em pé e depois ele me deu a mão para eu levantar – Depois ela fica mais legal – retribui com um sorriso e depois ela voltou da cozinha

- Cabello – ela falou autoritária – Como infelizmente todos os quartos nesta casa estão ocupadas no momento, você vai ter que ficar vigiado – serio Jauregui não tinha uma desculpa melhor pra me colocar sobre vigia, ela deu um sorriso de canto – Aqui tem algumas roupas – ela jogou uma mala no chão

- Ah pra que roupa, todo mundo vai me ver nua mesma pelas câmeras – apontei para o notebook que estava com a imagem do quarto com visão noturna, pois estava escuro, JJ deu um sorriso safado, as meninas riram e Troy ficou vermelho e logo tomou um cutucão da Ally

- Não se preocupa, só eu vou ficar com o notebook – ela falou andando até a mesa onde estavam os computadores, ela pegou um celular e voltou

- Eu me preocuparia – Dinah sussurrou de forma audível para todos, dando um sorriso malicioso o que fez os outros rirem, Lauren deu um olhar serio para ela, mas ela não se intimidou e continuou rindo

- Aqui está o seu celular – ela me entregou – Ligue para os números da memória, não vai conseguir ligar pra nenhum outro número

- Ok – falei – Mas aquele quarto tem banheiro? E eu vou poder sair do quarto a hora que eu quiser ou terei que esperar sua permissão?

- Sim para as duas perguntas – ela ia andando para a porta – Só não pode sair da casa sem supervisão e também por segurança – ela pegou um tablet em cima da mesa e Ally abriu a porta, ela foi descendo as escadas e eu comecei a segui-la

- Boa noite – falei alto para todos e eles me retribuíram, fui andando atrás de Lauren que não falava nada até que chegamos ao quarto e ela ligou a luz, era um quarto simples, sem janela e apenas com uma cama, tinha uma outra porta ela foi até lá e abriu

- Dentro da mala coloquei itens de higiene pessoal também – ela estava na porta – Você precisa de mais alguma coisa?

- Não, obrigada – Comecei a tirar meus sapatos e desabotoar a blusa

- Boa noite – ela ia fechando a porta quando me lembrei do que ela falou antes do JJ acertar minha jugular com aquele dardo

- Espera – gritei e corri até a porta

- O que foi? – ela abriu a porta novamente e arqueou a sobrancelha

- Você disse que e conhecia, eu quero saber de onde? – ela deu um sorriso sarcástico

- Se você não se lembra não faz diferença saber de onde, boa noite – ela ia fechando a porta novamente, mas eu segurei

- Pra mim faz diferença – a encarei e ela retribuiu

- Quem sabe um dia você se lembra ou eu conto, mas não vai fazer diferença – ela começou a descer o olhar pelo meu corpo – Bonito sutiã – eu olhei para baixo e vi que minha blusa estava aberta e então ela fechou a porta, eu olhei e minha blusa estava aberta. Terminei de tirar minha roupa e fui para o banho, fiquei lá alguns minutos, a câmera do banheiro só não pegava o chuveiro na parte de dentro, então ela não poderia me ver tomando banho, fiquei pensando de onde eu conhecia aquela mulher de pele branca e de olhos verdes, com aquele sorriso sarcástico e meio grossa as vezes, eu com certeza me lembraria dela, me esforcei e nada, fui deitar ainda pensando nisso e acabei pegando no sono.

The Mission (camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora