My Rainbow

𝐈𝐈. 𝒓𝒂𝒊𝒏𝒃𝒐𝒘

𝐈𝐑𝐈𝐒

Logo depois que o James saiu, dei um jeito de parecer desarrumada também. Tudo aquilo era estranho, mas como já sou o alvo de fofocas pela escola, nada me custa aparecer com outro alvo de fofocas.

A ideia de namorar James Potter, é maluca, principalmente quando eu acho que a única coisa que temos em comum é priorizar nossas amizades.

Saí daquele quartinho bagunçado e fui direto para o quadro da mulher gorda. Sabem o que eu acho sobre não dormir com minhas melhores amigas? Exatamente, um saco, mas em compensação eu teria mais tempo para mentalizar o que dizer para elas, já que, eu não sou uma boa atriz.

Abri cuidadosamente a porta e tive muita sorte de ver as meninas dormindo, me deitei em minha cama e adormeci quase que instantaneamente.

★★★

Quando desci as escadas para a comunal da grifinória, James me esperava, sozinho.

— E então, pronta para enganar os mais fofoqueiros de Hogwarts?

— Sempre estive Potter pirado, sempre estive. — Ele segurou minha cintura e caminhou em direção ao salão, recebendo olhares invejosos de meninos e olhares de admiração das meninas, o mesmo para mim, só que ao contrário.

— Então Íris, eu inventei um apelido inovador para você.

— Qual?

— Rainbow!

— Odiei. Qual a história do apelido?

— Um dia eu estudei mitologia grega para impressionar Lily e ontem me lembrei que a Deusa chamada Íris, é a Deusa do arco-íris, logo esse é o seu nome apelido.

— Porque você não me chama de Deusa então?

— Por que é muito brega. — Paramos de andar na porta para o salão principal. — Nervosa?

— Não James, nem um pouco. — Mentira a minha, não faço a mínima ideia de como eu iria mentir para Hogwarts inteira, mas é só agir normalmente.

— Eu estou.

— Perceptível. — Me virei e tentei, miseravelmente, arrumar seu cabelo e logo depois, tirei um pouco de  baba que tinha em seu rosto. — Entre e aja como se eu fosse a Lily.

— Assim é mais fácil.

Ele me puxou para mais perto dele e abriu as portas da comunal. Todos os olhares estavam na gente. Assim que ele chegou perto de Marlene, Mary, Dorcas, Alice e obviamente Lily, ele me girou fazendo com que ficássemos cara a cara.

— Não me beije se for se apaixonar, Potter pirado, lembre-se da primeira regra.

— Pode deixar Rainbow. — Beijei o rosto de James, deixando uma marca fraca do meu batom vermelho vivo em seu rosto.

Suspirei e me direcionei para a mesa da grifinória, em cinco minutos, minha melhores amigas estavam ali querendo saber tudo. Eu só precisava me acalmar e agir naturalmente.

— Desde quando o James superou a Lily? — Marlene perguntou.

— Desde de quando você e ele estão juntos? — Dorcas pergunta.

— A pergunta da Lene eu posso responder.

— Responda Lily.

— Faz um mês e meio que ele não me chama para sair, até achei que ele estava doente, mas pelo visto ele me superou. — Eu queria rir, ela realmente acha que ele a superou? Sinceramente, se um garoto estivesse me perseguindo por seis anos me chamando para sair, e depois me superar da noite para o dia, eu ia achar que ele estava planejando o pior de todos os planos.

— Então faz um mês e meio que vocês estão ficando, Íris?

— Um mês, apenas. Só que ele quis assumir que estamos ficando hoje.

— Ata.

Todas elas voltaram a conversar e a comer. Eu gostava delas, elas eram colegas divertidas, já aprontei muito com elas, mas não somos tão chegadas assim.

— Porque não nos falou do Potter? — Donatella se sentou ao meu lado de forma rápida.

— Você está do lado do Sirius agora? Que traição! — Helena estava indignada ao meu lado.

— Helen, querida, eu nunca entendi sua rivalidade com Sirius, não tem nem como eu te trair.

— O Black me pediu para ajudá-lo na prova e sabe o que eu ganho em troca? Um beijo! Aquele garoto é idiota!

— Esse é o real motivo?

— Não Tella, esse não chega nem a ser o principal motivo.

— Deixem ela namorar o James em paz. — Dominique fala compreensiva. — Mas saiba Íris, que isso não te priva de contar todos os detalhes para gente.

— Eu irei contar, mas só depois do almoço.

— No ensaio?

— Falando em ensaio, posso levar James para o ensaio hoje? — As meninas se espantaram. Isca mordida com sucesso.

— P-pro ensaio? Um garoto? Íris, você está bem? — Garotos e garotas fora do nosso grupo, nos ensaios da banda eram proibidos. Decreto que eu mesma fiz no quarto ano, quando Dominique namorava um garoto feio e chato que distraía ela. Os decretos só podem ser quebrados, se todas entramos em acordo, todas elas queriam quebrar esse decreto, menos eu.

— Por que a cara de espanto, Helena.

— É que você odeia pessoas posteriores nos nossos ensaios. Principalmente meninos.

— James não vai me distrair. Bom, vejo vocês depois. — Passando pelos Marotos, pisquei rapidamente para o Potter pirado, vendo a cara de espanto de Remus e Peter.

Aquilo ia ser divertido.