Sete

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Para não correr o risco de levar um balde de água na cabeça, acordei muito mais cedo e deixei tudo organizado. A única coisa que me dava pena era saber que teria que acordar minha filha que dormia calmamente.

Quando descia as escadas com as malas nas mãos para as deixar logo no andar de baixo, dei de cara com a Luísa entrando em casa cheia de malas e uma boia. Ela estava realmente falando sério então.

— Bom dia! — exclamou ela animadamente. — Onde está o seu marido?

E quando eu estava prestes a falar, ouvi passos se aproximando atrás de mim.

— Presente. — disse ele e passou por mim com sua mala. — Me dê as suas, vou descer para você.

Pedro Guilherme de bom humor me ajudando? Acho que ele gostava mesmo de viajar.

— Bom dia, chefe. — Luísa disse e deixou suas coisas no sofá junto das demais outras malas.

— Bom dia. — ele respondeu e virou-se para mim que ainda observava tudo do meio da escada. — Está levando a camisola vermelha, amor?

Não sei se ele fez isso para ver meu rosto constrangido ou se fazia parte do teatro, mas a julgar pelo minúsculo aceno que fez com a cabeça em direção à secretária, achei que era a segunda opção.

— Estou. — sorri amarelo. — Não iria deixar de levar.

— Viva a lua de mel do casal! — Luísa exclamou e levantou os braços contente.

Terminei de descer e fui arrumar a mamadeira da Ísis, também escolhi algumas frutas para ela comer no caminho e as parti em minúsculos pedaços.

— Nós vamos de carro mesmo. — Pedro avisou ao chegar na cozinha e assenti. — Tem problema para você?

— Não, nenhum. Seus pais vão nos acompanhar?

— Eles já vão estar lá, saíram de casa mais cedo.

[...]

Pedro acabou de colocar as malas no carro e entrou no lado do motorista, olhando para Luísa atrás com Ísis na cadeirinha e depois olhando para mim, dando-me um sorriso amigável.

— Prontas, meninas? — ele indagou ligando o carro e dando ré tirando-o da garagem.

— Ilha do Japão, aqui vamos nós! — exclamou Luísa animadamente no banco de trás.

Rimos com sua empolgação e finalmente começamos nossa viagem. Íamos de helicóptero, mas o jogador decidiu ir de carro e observar a paisagens, ele dizia que tinha muito tempo que não fazia um trajeto longo de carro agora que sua vida era baseada em aviões.

Durante todas as horas paramos em alguns lugares para comer e eu trocar minha filha; ouvimos música e cantamos; conversamos sobre diversos assuntos, entre outros. Ele realmente estava animado com essa viagem.

Chegamos até a ilha de lancha e foi a hora que eu quis morrer de felicidade.

— Eu tenho o melhor chefe. — nossa secretária disse ao ver a casa assim que saímos do barco que nos levou até lá.

Realmente era um lugar lindo, com tantas árvores. A casa era tão grande que não sabia para onde olhar primeiro. Deus, é bom ser rico.

Luísa estava andando na frente empolgadíssima com tudo ao seu redor e levava minha filha no colo mostrando tudo como se ela estivesse entendendo. Eu andava um pouco mais atrás rindo de toda a cena e Pedro estava mais para trás ainda.

— Sejam bem-vindos, essa casa será inteiramente de vocês pelos próximos dias. Minha equipe é responsável pelo almoço, jantar, limpeza e se precisarem de algo que não tem aqui nós vamos buscar na cidade. Se me permitem vou mostrá-los o quarto de vocês.

Contrato de Casamento | Pedro GuilhermeOnde histórias criam vida. Descubra agora