ᴛᴡᴏ

7.9K 1K 1.1K
                                    

*uso de drogas ilícitas*

Você se encontrava do lado de fora da enorme casa. Sentada no chão, com a cabeça entre os joelhos. Não queria chorar, não valia a pena chora. Era perda de tempo. Após alguns minutos, uma presença se sentou ao seu lado. Você vira seu rosto devagar, para poder ver o rosto da pessoa. Aquela garota. A garota na qual estava virando uma garrafa de vodca a poucos minutos. Ela olhou para você, dando um meio sorriso, e tirando uma caixa de cigarros do bolso esquerdo. Seus cabelos estavam bagunçados, seus cabelos antes soltos, agora estavam em um coque desengonçado.

– Aceita? – Quebrou o silêncio, erguendo a caixa de cigarros a sua frente. Virou o olhar para ela, reparando em seus olhos heterocromáticos, no direito eram em tom de marrom claro, e o esquerdo marrom escuro. Aceitou, pegando um, e vendo ela tirar um isqueiro. Acendeu o cigarro, devolvendo para a bicolor. – Sou Madison, mas pode me chamar de Mad. E você? – Anunciou, olhando para frente.

Dava para ver uma plena visão do andar de baixo, um círculo de pessoas foi ser formando, com uma garrafa no meio. Algumas das pessoas que estavam sentadas eram familiares para você.

– [Nome]. – Se apresentou. Soltando a fumaça de sua boca, sentindo a ventania fria bater contra sua pele exposta.

– Por que resolveu vir 'pra esse lugar de merda? – Cruzou as pernas, virando seu porto para 'ti. Virou seu corpo também, apagando o cigarro, e o jogando longe. Vendo ele cair no copo de uma pessoa, o que te fez rir. Olhou para a garota de olhos heterocromáticos, respondendo à pergunta.

– Meu... amigo pediu para eu vir. Acho que foi a ideia mais idiota que eu já tive. Quem gosta dessa merda? – Exaltou irritada.

– Concordo com você. – Virou o olhar para o horizonte, e continuou a falar. – Você gosta dele, não é? Desse seu "amigo" – fez sinal de aspas com as mãos, voltando seu olhar para mim. Estralou a língua, concordando com a cabeça.

Não sei se ele é lerdo demais 'pra perceber, ou se ele sente o mesmo, eu não sei. Ele provavelmente não sente o mesmo, sempre faz questão de me lembra que somos apenas "amigos" – repete o ato da bicolor, se levantando. – Acho que vou dar o fora daqui. – Observou ela levantar também.

– Pega, – Te entrega um pedaço de papel, onde tinha anotado um número de Telefone. – é o meu número, se não o quiser apenas jogue fora. Vou indo também, tchau tchau, gatinha. – Fez um sinal com a mão e a cabeça, andando até a saída.

Bateu o pedaço de papel em sua mão, guardando o mesmo em seu bolso. Seguiu o caminho até a saída, ouvindo a voz irritante das pessoas. Era difícil passar pelo local por causa da quantidade de pessoas. Foi então que virou sua cabeça, vendo que havia poucas pessoas na parte da piscina, olhou para os dois lados, suspirando cansada ao saber que não conseguiria passar pela porta pela qual entrou.

Andou em direção ao local, vendo alguns conhecidos seus espalhados pelo local. Sentiu novamente a ventania fria bater contra sua pele, se sentindo estressada por não ter trazido uma jaqueta, ou um casaco. Você finalmente tinha chegado na parte de fora da casa, quando ia tirar o celular do bolso para pedir um Uber, ouviu uma voz reconhecida chamando seu nome.

– [Nome]? – Virou a cabeça, se deparando com o irmão mais novo de Shinichiro, Manjiro. – O que você 'tá fazendo? – Se aproximou de você.

Ele usava suas típicas roupas que usava no dia a dia, uma camiseta larga branca, uma calça preta, e seus típicos chinelos.

– Estou indo 'pra casa. – Respondeu, mas logo parou ao ouvir os passos dele por detrás de você. – O que houve? – Lentamente ele virou a cabeça para você, que estava com seu típico sorriso infantil.

– Vou te acompanhar, quer carona? Eu vou 'pra casa de qualquer jeito. – Remexeu os ombros, aceitando, seguindo o menor até sua moto.

Esperou ele subir e ligar o veículo, e logo em seguida subiu por detrás dele, passando os braços pelo seu tronco. Ele logo começou a dirigir pelas ruas movimentadas, e você olhou por um breve momento para a enorme casa.

Seus cabelos forma soltos por causa do vento, fazendo com que alguns fios de cabelo batessem em seu rosto, e grudando em sua boca, e batendo em seus olhos, e sentindo alguns dos fios do loiro também batesse em seu rosto. Tirou uma das mãos que estava na cintura do loiro, arrumando o cabelo, voltando a colocar a mão no local que estava.

Como você era maior que Mikey, você conseguia ter uma visão das ruas de Shibuya. As luzes das lojas já desligadas por conta do horário, apenas as luzes dos postes iluminando o caminho, juntamente com a luz da moto. Colocou a cabeça sobre a do loiro, vendo ele entrar na esquina de sua rua. Esperou ele parar de frente a sua casa, antes de soltar ele.

– Valeu, Mikey. – Afagou seus cabelos, fazendo com que os cabelos loiros ficassem bagunçados, e ele desse um sorriso fofo. Se virou para ir até a porta de sua casa, mas foi parada ao ouvir seu nome.

– [Nome] – Virou o corpo de volta para o loiro, que continuou a falar. – Você gosta do Shinichiro? – A perguntar te pegou de surpresa.

– Sim, é claro, ele é meu melhor amigo, é claro que eu... – Antes de terminar ele te cortou.

– Você sabe que eu não estou falando disso. – Sorri sem mostra os dentes para você, que suspirou, e relutante respondeu

– Sim, eu gosto dele. – Respondeu, vendo ele concordar com sua fala.

Dessa vez ele se despediu de você, dando partida e pilotando até sua casa. Andou até a porta de sua casa, botando a chave na tranca, e abrindo ele.

Tirou os tênis, deixando eles jogados. Olhava para os cantos de sua casa. A casa era grande, já que apenas você morava no local. O motivo disso era simples.

Fazia com que você não sentisse a profundidade da sua solidão por completo, com que os barulhos que sua mente fazia não fossem tão altos ao ponto de que você começasse a chorar. Porque mesmo você estando repleta de tantas pessoas, você ainda se sentia solitária.

Andou até as escadas do segundo andar da sua casa, indo até o seu quarto. Abriu a porta, começando a tirar a calça jeans e o cropped. Pegou o pijama colocando ele em seu corpo, jogando ele sobre o tecido macio da enorme cama.

O celular que estava ao seu lado vibrou, você ligou ele, vendo que marcava exatas meia noite. Com uma mensagem do facebook, e no whatsapp. Seu facebook avisava que era aniversário de alguém parente seu. Você apenas foi em direção ao aplicativo, o desinstalando. Abriu o Whatsapp, vendo que Shinichiro mandava uma mensagem para você.

"Shin – onde você está?"

Começou a digitar dizendo que já havia voltado para casa, e que se falariam melhor na manhã, pois estava com sono.

Desligou o aparelho, sem se importar com as mensagens que havia sido mandada pelo maior.

Mas antes que você pudesse começar a dormir, você se lembrou de algo. Se levantou, andando até sua calça, e tirando o papel com o número de Mad. Deixou o papel em cima da escrivaninha, colocando o celular no carregador, e o lençol sobre o seu corpo, finalmente tentando começar a dormir.

































Eu:

Eu:

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
ғʀɪᴇɴᴅs, 𝐒𝐡𝐢𝐧𝐢𝐜𝐡𝐢𝐫𝐨 𝐒𝐚𝐧𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora