ᴀғᴛᴇʀ ᴀʟʟ - ᴛᴡᴏ

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– Shinichiro – Manjiro bate pela terceira vez na porta do "quarto" de seu irmão. – venha comer alguma coisa, já faz quatro dias que você não sai – ele espera o irmão da algum sinal, mas nada, nenhuma resposta ou barulho.

Soltando um suspiro, o mais novo abre a porta do local, já dando de cara com seu irmão mais velho completamente acabado deitado na cama. O moreno usava apenas uma calça moletom preta, e estava abraçado a uma blusa, que por um acaso, era sua. E não era apenas essa, Shinichiro tinha posto como fronha de travesseiro uma delas tbm, mas não para quesitos sexuais ou algo esquisito, ele só não queria esquecer seu cheiro.

Shinichiro já tinha te perdido, ele não podia esquecer de você. 

O garoto se culpava, se culpava por não ter te impedido de sair correndo, de ter te levado naquela maldita festa onde você conheceu aquela maldita garota. Sim, ele tinha descobrido que tinham te empurrado, tinha uma câmera perto do local, e a sua assassina agora estava presa. Mas mesmo com isso, o peso não sai da consciência de Shinichiro.

– Shin – Mikey o cutuca, dando uma remexida no irmão mais velho.

Os olhos do mais velho se abrem. Ele estava péssimo! Seus cabelos negros estavam desgrenhados dos quatro dias sem lavá-los ou pentealos, tinha bolsas de cansaço fundas embaixo de seus olhos, e os mesmos estavam vermelhos pelo choro e pela quantidade de cigarro e bebidas alcoólicas que o mais velho estava tomado.

– eu não quero, saía. – Shinichiro não queria ser rude com seu irmão, mas falha nisso, suspirando e passando a mão no rosto. – manjiro, saía, por favor. – ele segura o choro ao olhar as diversas fotos de vocês dois.

O mais novo suspira pesado, deixando a comida que Emma e seu avô tinham preparado para ele, se afastando e indo até um pacote grande de ração, pondo em dois potes para gato. Sim, obviamente Shinichiro levou as gatas com ele, eram suas, ele não as deixaria sozinhas por nada. 

E logo após isso, o loiro saiu do quarto deixando o moreno sozinho, mais uma vez. 

– ele levantou? – ele ouve a voz de Emma. 

– não, ele tá acabado, eu não sei o que fazer emma. – agora manjiro fala, e logo, passos são ouvidos, e eles somem.

Shinichiro não aguenta e volta a chorar, soluçando, de chorar, tremendo e se encolhendo na cama mais uma vez, pegando o último cigarro da caixa e pondo em suas mãos, se lembrando das palavras de sua amada.

"Deveria parar de fumar tanto, shin, não quero que você morra por agora"

O som de sua risada ainda estava fresco em sua mente, ainda conseguia ouvir ela como se ela estivesse com ele. 

Shinichiro não aguentava mais, queria se mergulhar no abraço de [Nome], queria beijá-la e dizer que a amava, queria fazer sexo com ela mais uma vez, queria pedi-la em casamento. 

Queria ela.

Precisava dela.

– Shinichiro San ainda não saiu do quarto? – era possível ouvir a voz de Draken do lado de fora do quarto.

– ainda não. – O suspiro de Emma passa pelos seus ouvidos.

– o que aconteceu com ele? – Ele ouve uma voz que não ouvia a muito tempo.

E então, ele se levanta, deixando o cigarro cair de seus lábios e se apagar, correndo até a porta de seu quarto e a abrindo, dando um susto nos quatro que estavam do lado de fora.

Era ele

Era o garoto do parque.

O garoto que ele tinha dado o poder de viajar no tempo.

E então, Shinichiro olha de boca aberta para Takemitchi, que olhou para ele assustado.

E então, como uma onda de energia. Algo acontece.

Shinichiro conseguia sentir como se as moléculas do corpo dele estivesse sendo eletrocutada. Ele apaga. Mas logo em seguida acorda. Acorda em sua cama, mas não estava como ele havia deixado.

Não havia gatos, não havia comida acumulada, não havia mil cinzas de cigarro. 

Ele se levanta em um pulo e pega o celular olhando a hora e o dia.

Shinichiro tinha voltado no passado.

Shinichiro tinha voltado 4 anos no passado. Ele voltou a ter 18 anos

Ele pega uma camisa qualquer que estava jogada em sua cama e vestindo, pegando a chave de sua moto em uma velocidade de se assustar, saindo rápido do quarto e correndo até onde sua moto estava, passando por seu avô.

– Shinichiro! Onde você vai?! – o mais velho grita vendo seu neto mais velho ligar a moto.

– Eu vou ver a [Nome]! – ele grita dirigindo rápido, não ligando para caso passa-se do limite de velocidade, ele já tinha algumas lágrimas se acumulando no canto dos olhos escorrendo, e logo, ele para de frente para a casa de [Nome]. 

Saiu de sua moto rápido, tocando sem parar a campainha, apertando ela por cerca de 2 minutos.

Mas logo parou ao ver a porta se abrir com uma [Nome] de mau humor e cara amassada. Ela usava um pijama estranhamente fofo, com vários cachorros salsichas, literalmente enrolados em pão e sendo cachorro quente. Seus cabelos estavam um pouco bagunçados, e seus olhos ainda estavam piscando lento.

– Mas que porra Shinichiro? Eu tava dor... – Ela não consegue terminar sua fala, antes que pudesse ela sente os lábios de Shinichiro sendo pressionados nos dela.

*desculpe os erros ortográficos*

ғʀɪᴇɴᴅs, 𝐒𝐡𝐢𝐧𝐢𝐜𝐡𝐢𝐫𝐨 𝐒𝐚𝐧𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora