Não tinha certeza se era certo fazer aquilo, mas não podia deixá-las me atormentar mais, ninguém se importava comigo, não tinha amigos e nem mesmo meus pais tiveram tempo pra mim.
— Nam Song-i, para a diretoria, agora! — Chamou a coordenadora.
Assenti e levantei-me atraindo olhares, revirei os olhos aos vê-las, aquelas malditas garotas que me tratavam feito lixo, desta vez como se fossem vítimas.
— Estas jovens estão dizendo que você postou coisas na comunidade escolar em nome delas. É verdade? Porque se for, terei que tomar algumas providências...
— Não sei do que estão falando — Guardei as mãos nos bolsos e dei de ombros.
— Senhor, ela mente! Postou coisas horríveis sobre nós naquele site e agora estamos com muita vergonha de voltar para a escola...
— Preferia que não voltassem. — Sussurrei para mim mesma, uma das garotas ouviu, seu olhar era de ódio.
— Como é? — O diretor perguntou pensando ter ouvido algo.
— Nada, senhor. Na verdade eu não tenho nenhum motivo para ter feito isso, nem mesmo conheço elas. — Se iam mentir sobre mim eu também ia rebater com mentiras à altura. Jang-mi, a valentona responsável por seu grupinho ficou boquiaberta, sem resposta.
— Senhor, ela é invejosa, uma excluída, sem estilo nenhum. É óbvio que postou para acabar com nossa reputação.
— Isso não é desculpa senhorita, não é o tipo de comportamento que toleramos aqui em nossa escola, vamos derrubar a publicação. Mas se alguma de vocês se envolver de novo podem dizer adeus a esta vaga. Fui claro?
— Sim senhor. — Dissemos em uníssono, peguei minha mochila levemente pesada e deixei a sala do diretor, as meninas vieram logo atrás de mim.
— Inveja? Não podia ter sido mais criativa? — Sussurrei.
— Eu devia ter dito que foi porque nós somos incríveis e você parece uma porquinha, oinc! Oinc! — As outras meninas começaram a imitar o som de um porco, senti meu rosto ferver em raiva mas apenas me segurei. — Sinto pena por sua avó ter que aguentar você todos os dias, nem seus pais aguentaram.
Paralisei, meus pais... ela não tinha o direito de caçoar deles, cerrei os punhos tremendo em raiva, o ambiente em minha volta se silenciou e por alguns longos segundos não ouvi nada, as garotas passaram por mim fazendo questão de me empurrar, segurei os cabelos de Jang-mi a impedindo de continuar.
— O que pensa que está fazendo? Me solta agora! — Gritou incrédula, segurei ainda mais forte notando sua expressão de dor.
— Nunca mais fale dos meus pais! — Retruquei, ela arregalou os olhos surpresa com meu confronto, algo que nunca havia feito antes.
A puxei para trás, Jang-mi gritou alto e caiu no chão, as garotas correram em sua direção para levantar ela, virei-me de costas pronta para deixa-las antes que me envolvesse em mais encrenca.
— Melhor ir mesmo porca imunda. — Ela continuou, fechei o punho e soquei seu nariz, as garotas gritaram e o diretor nos encontrou no corredor.
— Nam Song-i! Você está expulsa! — Gritou para que todos ouvissem, assenti, não aguentaria nem mais um dia naquela escola.
— Será um prazer ir embora dessa escola. — Respondi deixando-os, saí da escola mais cedo naquele dia e peguei o ônibus.
Sentei-me em um lugar vazio no fundo, por mais que estivesse quase cheio, era como se só houvesse eu e minhas músicas durante todo o percurso, lembro-me como se fosse ontem da primeira vez que fui até lá, um dos últimos pontos, já faziam anos desde a última visita, no caminho comprei algumas flores.
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DESTINO, Han Seojun
Fanfiction༄ Han Seojun ❝ Quando Nam Song‑i muda-se de escola, acaba chamando a atenção do garoto mais popular de sua turma, Han Seojun, que quando rejeitado passa a atormentar ela em público. Ele só não sabia que suas pequenas ações poderiam criar grande...