Capítulo 10

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   Virei-me para Seojun, ele estava vermelho, e eu ainda mais... não conseguia encara-lo sem sentir as batidas fortes do meu coração e as malditas borboletas.

— Melhor você ir. — Disse sem jeito, ele sorriu e concordou.

— Até amanhã. — Ele respondeu e veio até mim.

Fechei os olhos encolhida, esperando que Seojun tomasse alguma atitude, ele riu e me deu um beijo na testa como minha avó. Quando abri os olhos, Seojun já estava em sua moto, finalmente soltei o ar de meus pulmões assim que ele pôs o capacete e me deixou, o calor todo passou rápido e uma brisa fria bateu fazendo me encolher, porém feliz e animada como nunca. Voltei para casa, Jun-ho estava me esperando sentado nos degraus da escadaria, sentei-me do seu lado.

— Fico feliz que esteja bem. — Ele disse, encarando o chão, o abracei de lado e ele retribuiu.

— Existem milhões de garotas incríveis por aí, eu tenho certeza de que vai se apaixonar por uma delas está bem?

— Não precisa me consolar. — Resmungou.

— Jun-ho, seu rostinho é irresistível. — Segurei seu rosto e disse encarando em seus olhos, ele segurou firme minhas mãos, estava bravo. — Olha, você vai pra faculdade no próximo ano, vai conhecer muitas pessoas lá.

— Nenhuma delas será você. — Suas palavras foram como um soco no estômago, encarei o chão. — Não entende não é? Isso é um saco! Eu odeio me sentir assim.

— Então não sinta. — Repreendi, bati em seu peito e ele recuou surpreso. — Não se sinta assim caramba! Você é meu irmão! Lembra de todas as vezes que eu enchi o seu saco, e que você me criou como parte da sua família, somos irmãos acima de tudo e não quero que nada mude por causa disso.

— Que droga, porque eu tinha que gostar de alguém tão insuportável? — Ele brincou, o empurrei e ambos rimos.

— Tenho que ir, Jina vai ficar preocupada. — Levantei, ele fez o mesmo.

Nos despedimos e voltei para casa, estava tão animada para ver Seojun no outro dia que não conseguia dormir, depois de algumas horas finalmente apaguei.

*


Soo-jin não para de seguir com os olhos nos últimos dias, ela quer que eu a ajude a derrubar Joo-kyung, mas ela é minha amiga, nunca faria algo para magoa-la. Quando Seojun começou a andar conosco, tudo começou a ficar mais apertado, toda vez que ele tentava colocar a mão em volta do meu pescoço para se apoiar, eu conseguia impedi-lo pisando em seu pé ou lhe dando uma cotovelada.

— Certo, nesse final de semana vamos à praia comemorar o aniversário de Joo-kyung, e depois, vamos todos para a casa do Su-ho. — Soo-ah dizia animada.

— Não vou poder ir, estarei ocupada nesse final de semana. — Soo-jin disse com enjoo em seu tom de voz, engoli em seco.

— Seojun, você vai? — Joo-kyung perguntou, ele olhou para mim e concordou, me encolhi onde estava.

Soo-ah e Joo-kyung estavam tramando algo, conseguia sentir em seu olhar. Durante o intervalo fui até a maquina de suco atrás da escola, assustei-me com algumas garotas.

— Song-i? — Uma delas disse, ela tinha seus braços cruzados. — Então é você a garota que o meu Seojun está saindo?

— Não. Isso é só um boato. — Fui direta e peguei meu suco da máquina, quando me virei, ela estava mais perto que o normal.

— Você nem tem uma pele bonita, e esse rosto redondo... me pergunto o que ele viu em uma garota como você. — Ela me olhou da cabeça aos pés e me empurrou.

DESTINO, Han SeojunOnde histórias criam vida. Descubra agora