Redemption

Capítulo 10

PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS

XXX

Seher ficou paralisada por alguns segundos antes de retribuir o beijo. A sensação dos lábios de Yaman contra os seus era completamente nova e prazerosa. Ela já havia beijado antes, um único selinho simples na época da escola, mas aquilo não chegava aos pés do que é beijar seu marido.

Yaman conseguia ser gentil e sedento ao mesmo tempo. O beijo, que começou com um leve encostar de lábios, havia evoluído para algo mais intenso. Como se através daquelas carícias, os dois tentassem suprimir toda a saudade que sentiram um do outro nos últimos meses.

Em questão de segundos ela estava imprensada contra a parede, com o corpo dele cobrindo o seu. Apesar da pouca experiência, o corpo dela parecia saber como reagir aos toques dele. As línguas dos dois dançavam em um ritmo sincronizado, que após um tempo, foi preciso ser interrompido por falta de ar.

Os dois ficaram alguns segundos ofegantes com suas testas encostadas uma na outra. Yaman, que ainda a segurava pela cintura, se recusava a abrir os olhos, não querendo despertar daquilo que só podia ser um sonho.

Seher não estava muito diferente. Custava a acreditar que finalmente o beijara. Apesar de constantemente se sentir envergonhada e retraída quando o assunto era algo minimamente sexual, após aquele beijo, ela se sentia viva. Os pelos eriçados de seus braços e a queimação em seu ventre clamavam por algo mais, mas devido à falta de experiência, ela não sabia ao certo como se comportar.

Ela se sentia pronta para a primeira noite deles. Estava pronta há meses, mas recentemente percebeu que precisava ser em um momento especial. E algo a dizia que aquele momento havia chegado. Os dois mereciam isso depois de todo o caos que passaram.

Eles se olharam novamente. Seher podia sentir seu rosto queimar, só não tinha certeza se era devido a vergonha ou a luxúria.

— Você pode dormir no nosso quarto, se quiser. — Ela falou.

— E você pode dormir aqui, se quiser. — Ele a deu um olhar significativo. Como tantas vezes no passado, eles puderam se comunicar pelo olhar. E naquele momento, os olhos de ambos estavam em chamas.

Dessa vez, em uma súbita onda de coragem, Seher deu o primeiro passo. Ela tomou o rosto de seu marido em suas mãos e deu continuidade ao beijo.

Não sabendo ao certo até onde podia ir, Yaman arriscou retirar a manta dos ombros dela. O pedaço de pano deslizou até o chão e ele pôde sentir o estremecimento dela com o contato com o frio da noite.

— Droga, desculpe. — Yaman percebeu tarde demais que havia retirado a única fonte de calor dela e fez menção de se abaixar, mas uma mão em seu peito o impediu.

— Não precisa, nós podemos entrar. — Ela falou. O olhar que ela deu foi mais do que o suficiente para ele entender o que ela sugeria.

— Então, nesse caso... — ele a surpreendeu ao pegá-la nos braços e caminhou em direção ao seu quarto, que ficava a poucos passos dali.

Seher foi pega de surpresa pelo movimento brusco, mas não conseguiu evitar um sorriso ao visualizar a situação.

Yaman conseguiu abrir com o pé a porta de correr que dividia a sala do quarto e a colocou delicadamente no chão. Os dois voltaram a se beijar e ele a encorajou a retirar o paletó dele e sentiu as pequenas mãos trêmulas deslizando o tecido sobre seus ombros.

Com uma de suas mãos, ele alcançou o zíper do vestido dela, mas sentiu seu corpo tensionar quando seus dedos começaram a deslizar pelas suas costas.

Ele estendeu seu braço livre para algo além dela e desligou as luzes. O quarto mergulhou em um escuro parcial, sendo iluminado apenas por um pequeno abajur no canto.