|⚜️| Capítulo 9: A Brasa da Coragem

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•─🌜 ❝ ɭá, զ ʝáʂ ɱơơռ!❞ 🌛─•

ɾҽƈιҽɱ ơ ƈρíƚυɭơ ҽ ƚҽռԋɱ υɱα ơ ɭҽιƚυɾ

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CAPÍTULO REESCRITO!!!

⚜️

Somente um covarde é incapaz de amar, pois o amor exige coragem de correr riscos capitais e chegar ao interior dos corações.

Eu me olhava no espelho com essa farda pesada que me fazia querer cair no chão por não conseguir segurar o peso de todas as pessoas que morreram em prol desse uniforme. A bandeira da Coreia estampada em frente ao meu coração, meu quepe que cobria meus olhos lacrimejados e as medalhas que escondiam a dor de carregar algo que eu tinha tanto orgulho.

– Estamos prontos.

– Tudo bem, Namjoon. Estou descendo.

E no fim das escadas, em frente ao último degrau, apenas cinco pessoas prevaleceram. Cinco de trezentos. Todos eles com suas fardas, os olhos pesarosos e as mãos trêmulas, quando me olharam, fizeram continência. Acharam que nunca mais precisariam fazer isso, afinal, memórias ruins voltam quando usamos e fazemos as coisas de antes. Eu podia sentir o cheiro de terra molhada e pólvora fresca, ouvir o choro dos meus soldados porque muitos haviam perdido a esperança.

Um dos cinco perdeu o filho na guerra. Ele estava na tenda junto aos outros. Esse homem foi o mais difícil de encarar.

– Não lutamos por dinheiro ou medalhas. Lutamos por honra, para salvar as pessoas que amamos. Nós falhamos, mas o nosso orgulho jamais o fará. Enterramos nossos soldados, mas nunca o amor pelo nosso país e as pessoas que vivem nele.

E segurando firmemente minha bengala de apoio, em silêncio, seguimos até o Capitólio. Havia uma fila grande, onde todos estavam de cabeça erguida exibindo sua farda. Os japo-alemães nos olhavam com ódio mas convencidos por terem vencido.
Quando cheguei, todos olharam para trás e nos encaravam com honra.

Com orgulho nos olhos e pesar de guerra, eles nos fizeram continência e abriram espaço para passarmos. As grandes janelas do local deixavam o ambiente iluminado, mas os tempos eram de luto. Enquanto andávamos pelo corredor rodeado de soldados, conseguia lembrar de cada um que perdemos no campo de batalha, e em frente a todos, me coloquei a dizer algo:

– Em tempos de paz, os filhos enterram seus pais. Em tempos de guerra, os pais enterram seus filhos. Não desanimem, soldados. Hoje seremos marcados na pele, mas na alma, a marca do nosso exército prevalecerá para sempre. – Respirei fundo. – Eu me voluntario a ir primeiro. – Me virei para o homem que estava ao lado de uma lareira grande, onde havia alguns ferros extremamente quentes com o símbolo do exército japonês na ponta.

– Como quiser. – Seu sorriso horrendo me fez ter ainda mais coragem. Me ajoelharam em um lugar alto para todos verem, e assim, vi aquele soldado japonês vir em minha direção com o ferro fervente. Com calma, tirei a primeira parte da minha farda e respirei fundo. Com um rosto inexpressivo, esperei a imensa dor me acometer.

– PAREM!

Todos se viraram para a entrada, onde um pequeno ômega ofegante me olhava com medo. Senhor Park correu em minha direção e se jogou em meus braços, apertando-me com força.

O Nobre Manco | Ji + Kook | (ABO) Onde histórias criam vida. Descubra agora