Imagine acordar e ver seu ídolo ao seu lado, mas... pera, como ele foi parar ali? Uma história de amor que começa com um mistério, será que essa relação dará certo?
Pedro Maia Tempester, um cantor de 18 anos que começou a carreira cedo, vários shows...
Ps: Se vocês não se lembrarem do que vai acontecer aqui, melhor ver os cap anteriores.
Pov Vitória
Acordo com o toque do celular irritando meus ouvidos, abro somente um olho pra ver quem me chama e eu vejo o destinatário.
- Oi Arthur. - falo sonolenta.
- Arthur? Tá brava comigo?
Murmuro um xingamento.
- Oi Tutu.
- Hmmm melhor, você vai vim pra faculdade?
- Vou, tenho que voltar a minha vida normal. - me sento na cama e um pequeno ser de quatro patas sobe na cama me lambendo ansiosamente.
- Ok, estarei aí em 20 minutos.
Ele desliga na minha cara mas eu só consigo me concentrar no pequeno, me ajeito pra me levantar e vou ao banheiro tomar um banho. Inconscientemente minha mente vaga pelo fato de que não acordei ao seu lado hoje, o fato de que não ouvi seu bom dia rouco e não vi seus olhos encarando os meus, aperto forte meus olhos pedindo pra meu cérebro parar de pensar algo que já acabou.
Saio do banho e me arrumo com uma extrema preguiça, tão lenta como uma lesma, preciso de duas coisas agora, doce e água, saio do quarto e a Mi ainda está dormindo, largada na sua cama, tadinha, cuidar do Gusta não deve ser fácil, vou pra cozinha e vejo uma caixa de leite condensado dando sopa na geladeira, viro a caixa na minha boca e já me sinto satisfeita com aquilo, a minha animação é palpável (contém ironia), a porta bate e eu abro a porta pro abençoado entrar.
- Bom di- Meo Deus que cara de bunda é essa. - Tutu me diz me olhando com uma cara esquisita.
- Você eleva tanto minha autoestima. - reviro os olhos.
Ele tagarela o caminho todo, até consegue arrancar sorrisos de mim, mas quando chego na faculdade vejo os olhares de seres curiosos a minha volta.
- Eu não tô gostando dessa atenção toda. - falo.
- Relaxa, daqui a pouco todo mundo supera, é apenas questão de tempo.
[...]
No fim das aulas eu e Tutu saímos para vários shoppings diferentes, íamos pra várias bibliotecas e ele me entupia de sorvete, eu admirava o fato dele querer estar comigo nesses momentos difíceis, passamos um mês nessa mesma rotina.
Até que a Mi consegui um emprego noturno, então eu e Tutu começamos a cuidar do Gusta as noites, e tá sendo uma experiência divertida, mas eu acho que não quero mais ter filhos.
- Você não deveria ir para casa? Seus pais devem ficar preocupados. - digo para o Tutu enquanto estou completamente arrasada no tapete da sala.
- Meus pais não ligam pra mim, não sentem minha falta, então até você resolver sua vida eu ficarei aqui te ajudando. - diz ele enquanto está deitado no sofá.
Ouvimos um choro e olhamos para a cara um do outro.
- É a sua vez de acalmar ele. - sorrio de forma sacana pro mesmo que levanta com uma carranca.
Eu sempre rio quando ele faz essa cara, olho para meu celular e vejo uma mensagem do meu novo amigo Nicolas, ele me pediu solicitação a um tempo e desde então conversamos todo dia. É engraçado, quando eu falo com ele algo me parece familiar e nossas conversas são sempre muito interessantes, mesmo que o assunto não seja, as vezes acho que tô apaixonada por ele, mas eu ainda sinto que amo o Pedro, então é muito confuso. Ele sempre recusa quando marco para nos conhecermos pessoalmente, eu não entendo o porque, isso é estranho. Respondo a mensagem e fico encarando o nada.
Olho para a tv mas eu nem mesmo presto atenção no que está acontecendo, eu tenho estado muito bem, minhas irmãs estão me mimando muito e o Tutu mais ainda, estão todos cuidando de mim, mas eu ainda penso nele... Eu ainda penso na sua presença, no seu abraço, nas suas piadas de debilóide e no seu beijo.
Eu não sei como ele está, não matemos nenhum tipo de contato, os Paparazzis me esqueceram e o resto do mundo também, eu amo essa privacidade admito, mas minha vida não tá 100% completa, não tem muito o que fazer, eu realmente me apaixonei pelo meu ídolo...
Me pergunto como ele está...
Pov Pedro
Estou sentado na bancada da cozinha enquanto o Rafa enche meus ouvidos falando da nova namorada.
- Juro, ela é perfeita, eu dedicaria todas as músicas do Artic Monkeys pra ela.
- Eu já entendi. - dou risada pela empolgação do meu amigo.
- Agora eu entendo como você se sentia quando estava com a Vitória, é um sentimento muito louco.
Eu me calo me lembrando dela, já se passou algum tempo,mas parece que o sentimento só cresce.
- Não, não entende. - dou uma risada sem graça.
- O Nando já resolveu as coisas da vida dele, porque você não vai atrás dela?
- São muitos motivos.
- Tipo? - ele me olha indignado.
- Tipo, muita coisa acontece em um mês, os sentimentos podem ter mudado. - indago.
- Aaaaaaaaa pelo amor de Deus, ela é sua fã desde criança, tenho certeza de que por parte dela é um amor incondicional, e não duvido que pela sua parte também, desde que ela se foi você não foi mas o mesmo, não pegou nenhuma outra garota, não é da sua personalidade isso.
- Eu estou apenas dando um tempo.
Ele revira os olhos.
- Eu vou atrás da garota que eu gosto, você deveria fazer o mesmo. - ele bate nas minhas costas e vai embora.
Meu celular toca indicando uma nova mensagem.
Pov Vitória
Depois de passar um tempo, vou me deitar, consigo dormir um pouco mas acabo acordando com o choro do Gusta.
- Afs, é minha vez. - digo levantando preguiçosa.
Coloco o pequeno no meu colo e fico ninando ele, quando meu celular toca e vejo uma mensagem do Nicolas, "a essa hora?" - penso.
