capítulo 10

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Pov Vitória

Acordo com uma cólica do tamanho do universo, esfrego os olhos e tento me concentrar com o que há ao redor vejo o Pedro jogado de lado dormindo e roncando alto, talvez o príncipe não seja tão príncipe assim, levanto me espreguiçando e já procuro o celular para falar com a Thay, olho para os lados procurando o celular mas quando algo vermelho vem a minha visão eu congelo, olhando para o lençol noto uma mancha de sangue e só consigo fazer uma careta e me xingar mentalmente.

Ótimo, veio antes do que o esperado, odeio quando isso acontece, mordo meu lábio inferior pensando em como tirar o lençol dali sem acordar o Peh, corro para o banheiro e pego um absorvente; Depois de colocar o absorvente, troco de calcinha que sujou e vou lava-lo, ainda é cedo, além das diaristas não há mas ninguém acordado, vou para a lavanderia lavar, afinal de contas as diaristas não são obrigadas a limpar meu sangue, quando termino subo para o quarto e fico pensando em como tirar o lençol dali.

- Merdaaaaaaa. - sussurro me xingando.

Puxo o lençol o mais delicadamente possível, o Pedro se meche e eu tento não acorda-lo, continuo puxando delicadamente, seguro a respiração e tento mudar de posição para tirar o lençol dali, meu Deus porque essas situações só acontece comigo?

Depois de conseguir puxar o lençol de lá, vou imediatamente lava-lo; eu colei chiclete na cruz né possível, terminando de limpar tudo, deito na cama e o Pedro continua lá imóvel, que sono de pedra, ronca tão alto mas é tão bonito, sorrio que nem uma idiota e pego meu celular para ligar para a Thay.

- Hey, como vão as coisas?

- Tá tudo bem, mais tarde iremos visitar eles, no hospital, você vem? - ela pergunta.

- Eu prometo que irei quando puder, cuida deles pra mim.

- Ok, vai dormir, é cedo ainda.

Nos despedimos e eu tento dormi, mas infelizmente a cólica não me deixa em paz, tomo um remédio e me sento para a dor passar, eu tenho que mudar de remédio, não tá adiantando nada.

Me levanto e vou para o jardim para respirar um pouco, nós mulheres não temos 1 mês de paz, sento na grama ampla e observo o sol da manhã, tão gostoso de sentir, poucos carros passam por essa área então é um lugar tranquilo, quando menos espero sinto uma picada bem na minha bunda!

- Aí! - grito e me levanto rapidamente.

Nada é igual aos filmes, se fosse um filme eu ficaria plena deitada na grama e uma borboleta pousaria ao meu lado, mas como é a vida real eu sou picada por uma formiga, reviro os olhos e volto para a sala, pego meu celular e começo a assistir séries e doramas, mas nada adianta, a dor ainda é insuportável.

- Tudo bem ai? - O Nando chega esfregando os olhos.

- Sim, ta tudo bem...

Ele me olha com um olhar sonolento.

- De qualquer forma, obrigada por estar me ajudando e desculpa por toda a situação.

- Você Sabe?

- Uhum, não foi difícil de notar, meu irmão não sai por ai namorando, enfim vou me arrumar, tenho que sair. - Ele sai me deixando sozinha.

Tão esquisito ele, quem é que chega assim do nada.

O que eu faço agora? Assisto pra tentar aliviar a dor, choro por não conseguir me concentrar pra estudar, choro pela formiga ter mordido minha bunda ou fico encarando o nada?

Fico encarando o nada tentando pensar em como o Nando foi estranho e distante e como arrancar meu útero. Subo para o quarto e decido pegar um dos meus mil livros para ler, preciso de mais livros, chego a essa conclusão quando noto que já li todos mais vezes do que posso contar, vejo aquela pilha de livros e decido ler uma hq da marvel, uma leitura leve, me sento na cama e começo a leitura.

Apaixonada pelo meu ídolo ( em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora