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• Mark

Estou convicto de que falarei tudo que sinto a Mary

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Estou convicto de que falarei tudo que sinto a Mary . Estou entrando no hospital , são sete e meia da noite e provavelmente os preparativos para a cirurgia de Wendy já começaram .

Direi a ela , direi a ela tudo o que sinto -um passo adentro- .Tudo o que está guardado em meu peito , que ela é a proprietária de meu coração -mais um passo-. Direi que a amo ;lhe amo ela tanto que chega a ser agoniante!-mais um passo, me deixando de cara com a mulher que eu mais amo nesse mundo.-

- Oi , gato !- me cumprimenta rapidamente com um beijo em meus lábios ,tinha gosto de morango com chocolate , sua marca registrada. Ela me agarra contra a parede e eu perco toda a noção de tempo e espaço. - Por favor diga que não está bravinho...

- Por que estaria ?- questiono amarrando minhas mãos na sua cintura.

É Di Laurents...esse o controle que você tem sobre mim. Consegue me fazer esquecer de tudo e rastejar até você .

- Nada . Esquece . - enrola - Vamos logo para a cirurgia - dá um tapinha nas minhas bochechas e sorri dócil.

Porra eu amo aquela mulher.

Amo.
Amo.
Amo.
Amo.
Amo.
Amo.
Amo.
Amo.
Amo.
Amo.

Poderia dizer um milhão de vezes e nunca me cansaria disso!

Entro na sala de cirurgia e me ponho a higienizar minhas mãos por alguns minutos . Depois algumas enfermeiras me ajudam com luvas e a máscara .

-Vamos lá , é hora de fazer isso acontecer . - digo pegando o bisturi

[...]

Já estávamos em mais de duas horas e meia de cirurgia , e é bastante complexa! O tumor estava agrupado na medula , e tirar sem provocar alguma hemorragia ou deixá-lo sem andar vai ser difícil.

Mary ao meu lado está mais tensa que eu , seus ombros rígidos , pescoço denso e mãos firmes . Acho que ela também está consciente da gravidade dessa cirurgia.

- Mais sucção!- peço e ela tira o sangue do local , me dando uma visão melhor.

A coluna vertebral está intacta , o problema é que grande parte do tumor ainda está lá e considerando que é maligno , isso não é nada bom. Pisco pela primeira vez em cinco minutos , ou tento , já que tenho a certeza de que se eu o soltar de vista algo nada bom acontecerá.

Virei neurocirurgião pela calmaria das neurocirurgias , são espetaculares ! Mas aqui...aqui não há calmaria , é uma bagunça assombrosa e descontrolada .

Uma quantidade alarmante de sangue começa a sair de seu corpo . Não ! Não! Não! Porra !

- Hemorragia , eu preciso de mais sucção !- peço e vejo o desespero nos olhos de Mary ;rapidamente mais enfermeiras aparecem para ajudar .

Me foda , doutor ! ( livro 02 da série "the elite of Paris")Onde histórias criam vida. Descubra agora