capítulo cinquenta e cinco

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Selma👯

Selma: não, eu me viro, obrigado - respondi seca e peguei meu celular

Foguinho: para de ser orgulhosa, você precisa de lavar esse vestido e eu tenho uma máquina de lavar, simples assim - encarei ele

Selma: não é orgulho, eu só quero ir pra casa - bufei - essa mancha não sai então lavar não vai adiantar

Foguinho: deixa de ser chata - revirei os olhos - para de revirar os olhos, criança - encarei ele séria e nós caímos na risada do nada - deixa eu te ajudar vai? Somos amigos - fez uma carinha fofa e eu me xinguei mentalmente

Selma: eu ainda tô com raiva de você, você foi um babaca comigo - ele cruzou os braços

Foguinho: vamos conversar na minha casa, aqui tá chatão - olhou em volta

Selma: é porque você me ama e não quer pegar ninguém além de mim - brinquei

Foguinho: sonha mais - rimos

Eu avisei pros meus pai e despedi das meninas, fui pra casa da coisa chata e ele só ficou me olhando

A máquina fica num quartinho pequeno, eu entrei e dei uma olhada, tá tudo limpinho demais pra casa de um homem

Foguinho: toma - jogou uma camisa e eu virei percebendo que ele me deu a camisa que usava a poucos minutos, eu soltei um riso e vesti, tirei o vestido por baixo e joguei dentro da máquina com um punhado de cloro

Fiquei debruçada na mesinha do lado e fiquei mexendo no celular, ouvi um assovio baixo e olhei pra trás vendo Foguinho encostado na parede sorrindo

Selma: que foi ein?

Foguinho: nada pô - sorri sentando na mesa

Selma: fiquei sabendo da sua conduta - ele arqueou a sobrancelha

Foguinho: só sigo na minha linha pô - balancei a cabeça

Selma: quando contei pras meninas que nós ficamos elas enlouqueceram - ele me encarou e veio até mim

Foguinho: você é uma péssima mentirosa - apertou minha cintura

Selma: ah sou? - sorri e ele sorriu torto

Foguinho: é, você não faz esse tipo de coisa, Selminha - ri

Selma: parabéns por me conhecer tão bem assim - falei satisfeita

Foguinho: obrigado - se gabou

Selma: porque você faz isso? - perguntei na lata

Foguinho: o que? Não pegar crianças? - franziu a testa - eu acho que é meio óbvio

Selma: eu não sou uma criança - falei chutando a perna dele fraquinho

Foguinho: pra nossa diferença de idade é - segurou minha perna e me puxou, eu me assustei achando que ia cair de bunda no chão mas ele deu risada e parou de puxar quando minha bunda tava na beirada da mesa

Selma: sei, mas porque? - ele rolou o olhar

Foguinho: coisa pessoal - coçou a cabeça

Selma: você não confia em mim?

Foguinho: não - encarei ele de boca aberta ofendida - um pouco - franzi a testa - mais ou menos - soltei um riso

Selma: então pode falar meu bem - apoiei a mão no ombro dele

Foguinho: tá com fome? - encarei ele

Selma: não - respondi depois de alguns segundos - vai mudar de assunto? - insisti

Foguinho: sim - balançou os ombros com cara de deboche - vou pedir uma pizza

Selma: tá - encarei a boca dele e ele saiu andando

Eu bufei e voltei a mexer no celular entediada, fiquei esperando a roupa um bom tempo mas a coisa de tempo mostrava que ainda tava faltando uns vinte minutos

Eu fui atrás do marrento pela casa e achei ele na área da piscina sentado

Selma: você tá bem? - ele me olhou

Foguinho: sim - me cortou e eu fiquei calada

Eu entrei e observei uma porta que todas as vezes que vi está trancada, o que será que ele tá escondendo?
Fui devagarinho e coloquei a mão na maçaneta, suspirei fundo e soltei, não quero invadir a privacidade dele

Fiquei esperando na sala até o cara da pizza chegar e parece que foi até combinado, assim que o cara pizza foi embora e a máquina apitou começou a chover do nada

Eu bufei e ajeitei a pizza na cozinha, sequei meu vestido na secadora dele, é bandido mas é um burguês safado, e vesti

Foguinho: fica aí, tá chovendo - falou da porta da lavanderia e eu olhei

Selma: relaxa, sei me virar - falei cortando ele

Foguinho: ainda tá com raiva garota? - implicou

Selma: jamais meu bem - ele sorriu

Foguinho: fica - neguei

Selma: meus pais devem estar preocupados - ele me encarou

Foguinho: vou fingir que nem ouvi essa - rimos - eles vão é adorar a casa toda pra eles - balancei a cabeça rindo - vai ficar?

Selma: só até a chuva passar, chato - ele mandou língua e eu ri

Foguinho: veste a camisa de novo, não vai correr risco de sujar o vestido de nov, né?

Selma: a mancha nem saiu né, mas tá bom - falei tirando

Ele ficou me olhando e eu tirei uma casquinha, fiquei fazendo tudo lentamente e de costas pra ele já que tô sem sutiã

Foguinho: brinca demais né parceira - sorri e saí abraçando ele de lado

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