Selma👯
Selma: não, eu me viro, obrigado - respondi seca e peguei meu celular
Foguinho: para de ser orgulhosa, você precisa de lavar esse vestido e eu tenho uma máquina de lavar, simples assim - encarei ele
Selma: não é orgulho, eu só quero ir pra casa - bufei - essa mancha não sai então lavar não vai adiantar
Foguinho: deixa de ser chata - revirei os olhos - para de revirar os olhos, criança - encarei ele séria e nós caímos na risada do nada - deixa eu te ajudar vai? Somos amigos - fez uma carinha fofa e eu me xinguei mentalmente
Selma: eu ainda tô com raiva de você, você foi um babaca comigo - ele cruzou os braços
Foguinho: vamos conversar na minha casa, aqui tá chatão - olhou em volta
Selma: é porque você me ama e não quer pegar ninguém além de mim - brinquei
Foguinho: sonha mais - rimos
Eu avisei pros meus pai e despedi das meninas, fui pra casa da coisa chata e ele só ficou me olhando
A máquina fica num quartinho pequeno, eu entrei e dei uma olhada, tá tudo limpinho demais pra casa de um homem
Foguinho: toma - jogou uma camisa e eu virei percebendo que ele me deu a camisa que usava a poucos minutos, eu soltei um riso e vesti, tirei o vestido por baixo e joguei dentro da máquina com um punhado de cloro
Fiquei debruçada na mesinha do lado e fiquei mexendo no celular, ouvi um assovio baixo e olhei pra trás vendo Foguinho encostado na parede sorrindo
Selma: que foi ein?
Foguinho: nada pô - sorri sentando na mesa
Selma: fiquei sabendo da sua conduta - ele arqueou a sobrancelha
Foguinho: só sigo na minha linha pô - balancei a cabeça
Selma: quando contei pras meninas que nós ficamos elas enlouqueceram - ele me encarou e veio até mim
Foguinho: você é uma péssima mentirosa - apertou minha cintura
Selma: ah sou? - sorri e ele sorriu torto
Foguinho: é, você não faz esse tipo de coisa, Selminha - ri
Selma: parabéns por me conhecer tão bem assim - falei satisfeita
Foguinho: obrigado - se gabou
Selma: porque você faz isso? - perguntei na lata
Foguinho: o que? Não pegar crianças? - franziu a testa - eu acho que é meio óbvio
Selma: eu não sou uma criança - falei chutando a perna dele fraquinho
Foguinho: pra nossa diferença de idade é - segurou minha perna e me puxou, eu me assustei achando que ia cair de bunda no chão mas ele deu risada e parou de puxar quando minha bunda tava na beirada da mesa
Selma: sei, mas porque? - ele rolou o olhar
Foguinho: coisa pessoal - coçou a cabeça
Selma: você não confia em mim?
Foguinho: não - encarei ele de boca aberta ofendida - um pouco - franzi a testa - mais ou menos - soltei um riso
Selma: então pode falar meu bem - apoiei a mão no ombro dele
Foguinho: tá com fome? - encarei ele
Selma: não - respondi depois de alguns segundos - vai mudar de assunto? - insisti
Foguinho: sim - balançou os ombros com cara de deboche - vou pedir uma pizza
Selma: tá - encarei a boca dele e ele saiu andando
Eu bufei e voltei a mexer no celular entediada, fiquei esperando a roupa um bom tempo mas a coisa de tempo mostrava que ainda tava faltando uns vinte minutos
Eu fui atrás do marrento pela casa e achei ele na área da piscina sentado
Selma: você tá bem? - ele me olhou
Foguinho: sim - me cortou e eu fiquei calada
Eu entrei e observei uma porta que todas as vezes que vi está trancada, o que será que ele tá escondendo?
Fui devagarinho e coloquei a mão na maçaneta, suspirei fundo e soltei, não quero invadir a privacidade deleFiquei esperando na sala até o cara da pizza chegar e parece que foi até combinado, assim que o cara pizza foi embora e a máquina apitou começou a chover do nada
Eu bufei e ajeitei a pizza na cozinha, sequei meu vestido na secadora dele, é bandido mas é um burguês safado, e vesti
Foguinho: fica aí, tá chovendo - falou da porta da lavanderia e eu olhei
Selma: relaxa, sei me virar - falei cortando ele
Foguinho: ainda tá com raiva garota? - implicou
Selma: jamais meu bem - ele sorriu
Foguinho: fica - neguei
Selma: meus pais devem estar preocupados - ele me encarou
Foguinho: vou fingir que nem ouvi essa - rimos - eles vão é adorar a casa toda pra eles - balancei a cabeça rindo - vai ficar?
Selma: só até a chuva passar, chato - ele mandou língua e eu ri
Foguinho: veste a camisa de novo, não vai correr risco de sujar o vestido de nov, né?
Selma: a mancha nem saiu né, mas tá bom - falei tirando
Ele ficou me olhando e eu tirei uma casquinha, fiquei fazendo tudo lentamente e de costas pra ele já que tô sem sutiã
Foguinho: brinca demais né parceira - sorri e saí abraçando ele de lado
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FELIZ AGORA!
Ficção Geral"Não encontram a felicidade aqueles que não passaram pela tristeza profunda"