Guerra?

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O voo de volta foi tranquilo, os soldados voaram até a área de interrogatórios e celas para levar todos os capturados, já Blya se encaminhava até o Palácio para dar a notícia da missão bem-sucedida.


Porém assim que chegou, que Nox aterrissou na frente do lindo lugar, Blyana sentiu que havia problema.


Seus instintos estavam apitando, apesar de todos estarem agindo naturalmente naquele fim de tarde, parecia que algo estava errado.


Seu treinamento despertou essas novas sensações, porém ela ainda não sente confiança total nesse novo instinto.


Em vez de se preocupar tentou por sua cabeça em assuntos mais fúteis enquanto ia até o salão.


Já se passaram dois meses, e ainda sim Ronan não deu sinal de vida, a jovem já não sabia o que reagir, já acreditava que ele havia desistido, porém ele ainda tinha uma chance, o aniversário (a data onde foi resgatada) estava próxima, então se até lá ela não tiver notícias, assim desistirá da hipótese da união.


Seu foco já estava se tornando outra pessoa mesmo, entretanto seu coração ainda doía pela perda eminente.


A passos lentos e mente avoada da jovem a fez entrar distraída no quarto de guerra.


De tanto treinar ela aprendeu a andar mais silenciosa que um felino, porém naquele momento parecia um problema.


Na sala estavam somente o Mestre e o Rei, um de frente para o outro, o Mestre sentado enquanto o Rei estava a sua frente, com um olhar preocupado.


Era a primeira vez que Blya estava tão próxima da majestade, ela notou cada detalhe do homem, ele carregava as características da família, a heterocromia de olhos marrom e azul e belos cabelos pretos azulado, era um belo homem e tão jovem quanto o Mestre.


Ela foi fazer uma reverencia porém percebeu que nenhum deles havia notando-a, o mestre estava de costas para ela já o rei de frente, entretanto atento ao homem a sua frente.


O Mestre começou a se contorcer, Blya congelou;

- A devastação está no ar, a guerra será travada, quando a corneta soar, a cidade será devastada - A voz que saia do mestre era triplicada e agonizante, um som horrível de se ouvir, Blyana batalhou para não tapar os ouvidos.

- Quem você pensa que é para ameaçar meu reino criatura obsoleta - Thomas, o rei, respondeu aquela estranha situação - Largue dessa fútil tentativa e volte ao inferno para onde devia ter ido a um século.

- Você se acha sábio majestade, vocês se acham, corrigindo-me - A voz retribuiu, o mestre se contorceu mais profundamente, ele parecia lutar contra aquilo. - Porém sei mais do seu reino do que muitos de vocês saberiam, você o profanou, desonrosa geração que vejo aqui, acha mesmo que me evitará criança?

Em um movimento rápido o mestre se ergueu, o instinto de Blya foi quase atacar para defender Thomas, porém ela viu que não era um ataque.

- Você, o assassino, se acha melhor que nós, que ironia - Agora era a voz do mestre normal, segurando sua cabeça e de olhos fechados- Somente suma Grusel, e eu te dou a chance de viver por mais um século.

- Covarde, como ousa...

- Já chega - O rei se moveu, a roupa e capa farfalhavam, em sua mão um anel de pedra branca brilhou - Saia dele agora, e é bom que não volte a reaparecer criatura profana. - Ele tocou na testa do mestre.

Assim que o mestre teve o contato com o anel a voz gritou com uma intensidade agonizante, os olhos do mestre sangravam quando o homem caiu ajoelhado no chão, respirando pesadamente.

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