Betty POV'S
Os meninos estavam tão em choque quanto eu, a mulher some, o pai dele morre e do nada ela reaparece como se nada tivesse acontecido.
- Betty como assim? - disse Archie em um tom baixo.
- Vocês acreditam que ela tem duas filhas? - eles se olharam.
- A gente dormiu? - disse Archie e eu cruzei os braços.
- Mas sabe, as meninas parecem ter minha idade. - digo pensativa.
Será que o Jughead não é filho de sangue dela? Ou será que ela teve três filhos? Não, pra isso eles seriam gêmeos, as meninas parecem, mas o Jughead não...
- Tem alguma coisa errada. - disse Archie confuso. - Não tem como ela ser mãe de sangue delas... Ou tem?
- Só se o Jughead não fosse de sangue dela. - disse Riggie. - Mas aí não teria motivos para ter vindo.
(Pra mim ela traiu o Fp e pro Fp não descobri foi embora, e não levou o Jug por quê ia ter criança demais) ~Autora
- Mas teria para ter ido. - digo e eles me olham. - Mesmo assim acho difícil. - olhei para trás.
- Não acho que o Jughead vá querer receber ela. - disse Archie e eu olhei ele.
- O pior é que se ela for a mãe dele tem a guarda. - digo passando a mão no cabelo e olho em volta.
Notei que os dois policiais não estavam mais ali.
- Onde estão os dois? - pergunto e olho eles.
- Lá fora, o médico não voltou ainda. - assenti.
Após alguns segundos vi no corredor Gladys e as meninas se aproximando, olhei para Archie e Riggie tentando sinalizar que era ela, acabou que os dois perceberam e se olharam.
Os quatro se sentaram e ficaram me olhando, desviei meu olhar e me aproximei do meu pai.
[...]
08:00h
Achei que esse momento não ia chegar nunca, mas o médico finalmente apareceu.
- O quadro de Jughead estabilizou. - todos soltaram um som de alívio em conjunto. - Ele segue desacordado mas podemos liberar uma visita. - dei um passo a frente.
- Eu quero ver ele. - digo e ele olha todos.
- Me acompanhe por favor. - olhei para todos e segui com o médico.
Meu coração estava disparado e eu balançava as mãos nervosa.
Ele parou em uma porta e abriu me dando passagem.
- Daqui a pouco eu te chamo. - assenti e entrei.
Assim que olhei para aquela cama meu coração se despedaçou ainda mais. As agulhas em seu braço e os aparelhos medindo cada batida de seu coração, seu rosto ainda machucado, porém dessa vez limpo.
Me aproximei daquela cama lentamente e peguei na sua mão com cuidado.
- Oi loirinho. - digo segurando o choro. - Eu não esperava descobrir tudo isso, na verdade eu não esperava que um garoto tão travesso, sofresse tanto. - não me aguentei muito e voltei a chorar. - Meu medo de chuva quando era pequena se tornou inútil quando te conheci, porque meu único medo agora é perder você. - alisei seu rosto com cuidado.
Eu não sabia que doía tanto viver isso, imaginar alguém tão importante em uma situação tão delicada, eu não tive a oportunidade de dizer eu te amo para ele ainda...
- Escuta. - limpei meu rosto. - Você não pode ir ainda. - digo com a voz falha. - Lembra da nossa conversa do Brasil? - digo olhando seu rosto. - Quero te levar lá, comer brigadeiro, pão de queijo, ver o carnaval de perto, conhecer a família do meu pai. - fechei os olhos. - Quero construir a nossa família... - me agachei encostando a cabeça na ponta da cama.
Parece que meu peito está queimando, estou me sentindo sufocada... Está passando um filme na minha cabeça desde o momento que comecei a dar aulas para ele até agora, cada cena, cada risada, brincadeira, beijo, abraço... Eu só quero sentir tudo isso de novo.
Respirei fundo e me sentei no pequeno banco que tinha na frente da sua cama. Fiquei alisando sua mão enquanto analisava seu rosto...
- Lembra quando você me disse seu medo? Me falou aquelas coisas no meio do abraço? - sorri fraco. - Sabe de uma coisa? - respirei fundo. - Eu não saberia acordar todo dia olhar do meu lado e não te sentir, não me aceitaria olhando no espelho sabendo que um dia te vi partir... Eu não imagino como seja o mundo, sem você por perto não quero seguir, me desculpa por nunca perceber que era infeliz, só quero que você saiba que eu te amo! - me levantei e dei um selinho nele.
Por favor, me dê a oportunidade de te dizer isso consciente...
- Mais uma coisa. - digo ainda em pé. - Lembra quando me pediu para eu não te abandonar? - tirei um pouco do seu cabelo do rosto. - Dessa vez sou eu que vou te pedir, não me abandona... Por favor, fica comigo para sempre? - voltei a me sentar.
Só de pensar em tudo que ele vai saber quando acordar, seu pai, sua mãe... Aquelas meninas que realmente devem ser irmãs dele, aí meu Deus.
Suspirei e só fiquei ali ao seu lado, quero acreditar que ele está sentindo minha presença...
Senti Jughead pressionar minha mão, olhei para ele surpresa e me levantei.
- Jug? - digo em um sussurro.
De repente os aparelhos começam a apitar e Jughead começa a se mexer muito...
- Jughead! - digo desesperada e escuto a porta se abrir.
- Ele está tendo uma convulsão. - foi tudo o que escutei sendo tirada dali.
- Jug! - gritei sendo tirada a força do quarto. - Jughead não... - me debati até me colocarem no corredor.
- Betty... - meu pai me abraçou por trás e eu gritei em meio ao choro.
- Não! - digo chorando e desabo nos braços do meu pai.
Eu não aguento mais isso, parece um tormento sem fim, se algo acontecer com esse garoto...
- Betty senta aqui. - meu pai me arrastou até o banco.
Kevin me ofereceu um copo de água e eu quase não consegui tomar. Olhei para o lado e vi que Gladys ainda estava ali, ao que parece a mesma estava chorando e eu desviei o olhar.
Novamente ficamos esperando alguém dar notícia, tudo o que eu via eram pessoas correndo para todos os lados.
[...]
8:50h
Escutamos uma porta se abrir e nos levantamos ao mesmo tempo, no momento que vi o rosto daquele médico senti um aperto no peito.
- Uma das artérias do paciente Jughead sofreu uma obstrução. - meu coração disparou. - Nós sentimos muito, mas o mesmo sofreu uma parada cardíaca. - minha respiração travou.
Sabe aquele momento em que tudo para, que não há mais ninguém ali a não ser você e uma vasta escuridão na sua frente? É exatamente isso que estou vivendo, meus ouvidos não acreditam no que acabaram de ouvir...
- Está dizendo que ele... - Archie parou de falar e o médico afirmou penas uma vez com a cabeça.
- Não, não, não. - digo lentamente e nego com a cabeça. - Vocês precisam fazer algo, ele não morreu, faz uma massagem... - gritei com ele e senti alguém me abraçar.
- Betty eu sinto muito. - meu pai segurava minha cabeça.
- Não pai... - voltei a chorar. - NÃO!
Continua...
.......
🥺💔
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A Nerd E O Popular(Adaptação)
FanfictionBughead | Betty é uma garota que assim que nasceu foi deixada em um orfanato no Brasil, lugar onde ela sofreu preconceito por ser "gorda". Por sorte a pequena conseguiu ser adotada e deu a volta por cima, hoje é feliz morando com seu pai, e sim, ele...