101 - Trauma

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Jughead POV'S

Eu nem acredito que realmente estou fora daquele hospital, não que tenha sido a pior experiência da minha vida, mas pode ficar no top 3.

Com tudo, contar com o apoio de todos e a visita frequente dos meus amigos tem me ajudado bastante, fora que a sensação de ficar em pé novamente foi libertadora.

Nesse período Verônica e Thabita me ajudaram com o que venho esperando a tempos, uma forma simples e marcante para pedir Betty em namoro, a idea pensada foi boa, vamos vê se dá certo.

Minha mãe e eu estamos nos dando bem também, confesso que na primeira semana com ela aqui não a chamei de "mãe" até porque ainda estava estranho, mas depois falei no natural e ela ficou feliz. Já nos abraçamos, eu já perdoei ela, vamos todos morar juntos mesmo e vida que segue.

Assim que o carro parou olhei pela janela minha casa, não esperava me sentir desse jeito.

- Hey. - sinto Betty tocar meu ombro e me viro. - Está tudo bem? - perguntou preocupada.

- É só que. - parei de falar e voltei a olhar a casa.

De repente minha cabeça voltou no tempo, a cena dos meus gritos, meu pai me batendo... Eu tacando uma garrafa em sua cabeça, correndo com dificuldade o mais longe que conseguia, a ligação que fiz para Betty...

- Théo vamos para minha casa. - escuto a voz de Betty que parecia distante.

Aos poucos a casa foi desaparecendo da minha vista e logo senti a mão de Betty sobre a minha. Olhei para ela que deu um pequeno sorriso e voltou a olhar para frente.

Não vou conseguir voltar para aquela casa.

[...]

Após alguns minutos o carro parou em frente a casa de Betty. Dessa vez eu desci rapidamente e ela veio logo atrás com minha mochila em mãos.

- Obrigada. - disse Betty ao motorista e eu também agradeci.

Seguimos juntos até a casa e ela abriu a porta me dando passagem.

- Senhorita. - abri um sorriso ao ver Jade. - Jughead! - ela disse feliz e eu fui dar um abraço nela.

- Olá. - digo após me separar.

- A gente teve uma pequena mudança de percusso Jade. - disse Betty vindo ao meu lado.

- Estão com fome? - Any me olhou.

- Bem, eu só tomei o café hoje. - digo e ela confirma uma vez com a cabeça.

- Irei preparar algo então. - sorri e ela logo saiu pedindo licença.

- Vem. - disse Betty seguindo para as escadas.

Chegamos no seu quarto e ela entrou deixando minha mochila ao lado.

Assim que passei fechei a porta e me aproximei de sua cama a qual me deitei.

- Que saudades. - digo rolando na cama e escuto sua risada.

Não que a cama do hospital fosse desconfortável, até porque depois de duas semanas mudei de quarto e fiquei em observação, mas uma cama macia será sempre uma cama macia.

Me vire para o lado e vi que Betty mexia em seu celular.

- O que tanto faz? - pergunto e ela me olha com a unha do polegar na boca.

- Só avisando sua mãe que você está aqui. - me sentei na cama e ela parou em pé na minha frente. - Ela perguntou se você quer que ela te busque. - encarei ela.

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