capítulo vinte e nove- Problemas e mais problemas.

91 11 6
                                    

Gilbert Blythe

O som da água chegando a beira mar reconfortava meus ouvidos, enquanto os raios de sol chegavam a minha face incomodando meus sonolentos olhos que parecem pesar toneladas, enquanto minha cabeça estava dez vezes pior devido à grande ressaca que eu estava. Vislumbre vinham a minha mente com um sopro de alegria, eu me encontrava ao lado de uma mulher com cabelos cor de fogo que dançava junto a mim uma valsa lenta e sem som, apenas com o suave toque das ondas. Tudo isso com a mulher mais linda do mundo em meus braços, a luz do luar, com apenas as estrelas de companhia.

Ao me tocar de onde eu estava e que nada daquilo tudo havia sido um sonho, abro lentamente meus olhos e me deparo com mechas ruivas espalhadas pela areia junto de um tecido Azul amassado que envolvia a, quase escondia, uma silhueta feminina.

Me levantando rapidamente e em seguida caindo com a mesma velocidade, junto com minha pressão arterial tem que fazer o mínimo possível de barulho para tentar não acordar a mulher que estava deitada ao meu lado. Sentindo areia sobre meus pés me toquei do erro que havíamos cometido.

Como pude deixar isso acontecer? Como pude ser tão imaturo ao ponto de embebedar Anne? E se alguém a visse nesse estado? Poderia causar um grande furo na sua carreira, ela ficaria terrivelmente magoada comigo e eu jamais conseguiria olhar mais para ela sem sentir profundamente envergonhado e arrependido.

Pego meu celular para ver se saiu alguma coisa na internet mas percebi que o aparelho está descarregado. Perfeito! Agora a única opção que me resta é acordá-la, mas tenho que pensar em alguma forma de fazer isso sem que ela se surte, se assuste, me mate ou os três de uma vez

" Ei, Anne, acorde! Já deve ser passando das dose da tarde e nós temos que sair rápido da praia, a qual, aliás, nós passamos a noite, bêbados, logo após roubarmos umas 50 garrafas de cerveja do casamento dos nossos amigos e onde nós quase nos beijamos enquanto dançávamos sem qualquer tipo de música. Calma! Não me mate ainda você vai adorar deixar para fazer isso junto com a Diana, que também deve estar louca para realizar tal ato." Penso. Claro, seria uma ideia maravilhosa dizer isso. Se eu o fizesse, seria a mesma coisa que cometer um suicídio.

Me ponho a andar de um lado para o outro quase sem perceber com minha cabeça quase explodindo enquanto tento raciocinar direito.

Me pergunto se ela vai se lembrar do que ocorreu ontem à noite, ou mais especificamente, se ela vai se lembrar de ter dito que adoraria me beijar. Parte de mim torce para que não, mas a outra metade almeja para que sim. Mas que diabos! Ela estava muito bêbada, não pode se lembrar. Ela apenas não estava pensando direito e falou aquilo da boca para fora.

-Em que você tanto pensa homem? Por Deus Gilbert Blythe! Está me deixando ainda mais atordoada do que já estou, andando de um lado para o outro sem parar.

Me surpreendo ao ouvir uma voz sonolenta resmungar. Mas me surpreendi ainda mais ao notar que sua reação é totalmente diferente da que eu pensava que fosse. Para ela não ter surtado ainda, só consigo pensar nas seguintes opções: ou ela ainda está sob efeito do álcool, ou ela ainda não se tocou do que ocorreu, ou perdeu a memória, embora essa última seja menos provável já que ela se lembra de mim.

Tento convencê-la a se levantar para que possamos sair da praia e realmente me parece que ela perdeu a memória, o que me leva a um discurso sobre a carreira dela, apenas recebendo como resposta um "ok, mamãe". Depois caminhamos pela praia por uns dez minutos em busca dos nossos sapatos antes de desistirmos dos mesmos e voltarmos para o local do casamento em busca de um carro, até percebemos que estávamos a pé.

Naquele instante ela abriu o seu Instagram e vimos a merda tinha acontecido, mas no mesmo minuto que vimos as publicações do seu feed seu celular desligou descarregado.

Olhos Avelã Onde histórias criam vida. Descubra agora