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Acordo plena, hoje é a corrida na Hungria, além de hoje completar duas semanas que estou junto a Campbell e quase uma que trabalho na McFerrin. E uma coisa que o Josh disse é verdade, no contrato pediram para não aparecer publicamente, então eu e Campbell ficamos por alguns dias sem usar aliança e eu com a Polaroid no celular, porém como estamos no mesmo condomínio, então não muda muita coisa.

Me levanto, vou para a ducha, lavo meu cabelo. Assim que saio, já me troco, colando uma calça de seda azul clara, a camisa da Scuderia e o meu crachá, desço para tomar o meu café da manhã e já vou para o autódromo.

Corrida na Hungria sempre são as melhores, pela adrenalina mas também te matar do coração. Assim que chego no autódromo com a equipe, já fomos para os box, em uma hora os pilotos chegaram, foi estranho ver Campbell pela primeira vez no dia e nem ao menos poder nos abraçar.

Quando a corrida estava para começar, subo junto a outro fotógrafo, para ficarmos na parte mais alta, e quando vou me sentar em um dos bancos, vejo os palhaços do Josh e Carlos.

  – Como estão? — Me sento ao lado de Carlos

  – Estamos bem, primeira corrida como contratados — Josh comenta.

  – Nem me fala, amanhã eu faço uma semana na McFerrin — Me ajeito no banco

A corrida começa e logo na primeira volta já acontece um acidente, o que me faz descer correndo. Vontade de mandar o piloto Austríacos para a puta que pariu, um argentino nem tanto, ele é um amorzinho. Assim que entro no box, já vejo Harvey em um canto e vou até ele.

  – Honey, você está bem? Não se machucou nada? — O olho

Campbell apenas nega com a cabeça e o abraço.

  – Eu sei que vai estar no pódio, você é o melhor piloto — Sorrio

Estavam tentando recuperar o carro, fico no canto observando, Campbell vai falar com algumas pessoas. Se passou um bom tempo e nada de recuperar o carro, Harvey já estava sem o capacete e me abraçando.

  – Não tem jeito, não vai poder correr hoje — Um cara da equipe nos olha

De início Harvey fica puto da vida e sai batendo em tudo.

  – Ei ei, calma ok? — Entrego a garrafa a ele

Harvey apenas me abraça e consigo ouvir quando ele começar a fungar o nariz, saber que o britânico estava chorando, simplesmente acabou comigo.

  – Vai querer assistir o decorrer? — Sussurro

Campbell resmunga em concordância, olho para o chefe que concorda, puxo a manga da blusa que estava por baixo da camiseta.

  – Ei, olha para mim — Sussurro novamente

Campbell desfaz o abraço e o olho.

  – Foi só dessa vez, eu tenho certeza e também sei que vai dar a volta por cima — Passo meus dedos em sua bochecha, secando as lágrimas

Harvey segura minha mão, cruzando nossos dedos, ajeita a garrafa na mão e fomos ver a corrida. Campbell apoia sua cabeça em meu ombro e aperta mais a minha mão, resolvi ficar em silêncio, sabia que era o melhor.

Assim que a corrida acaba, ainda ficamos pelo menos uma hora ainda ali, até que ele resolve ir embora. No caminho, ele tira foto com alguns fãs. Quando chegamos em sua casa, fomos direto para o quarto, me sento na cama e Campbell se deita sobre as minhas pernas, ficamos por um tempo em silêncio, até ouvir ele fungar o nariz.

  – Ei, ei olha aqui para mim — O chamo

Campbell se mexe e me olha.

  – Não foi sua culpa, tenho certeza que os culpados serão penalizados, semana que vem tem na corrida na Áustria, pode dar a volta por cima — Mexo em seu cabelo

Harvey continua em silêncio e continuo mexendo em seu cabelo.

  – Agora eu tenho certeza, você vai sair bem melhor no mínimo um pódio — O olho

Campbell se levanta, me pego no colo e o olho.

  – Eu só preciso de uma ducha — Ele sussurra

Mexo novamente em seu cabelo, enquanto caminhamos para o banheiro, ele me coloca na pedra e vai mexer na banheira. Um tempinho depois, ela finalmente enche e eu me despi, o britânico me pega no colo e entra na banheira, ficamos sempre em silêncio.

  – Quer que eu faça alguma coisa para comer? Ou quer pedir? — O olho

  – Não estou com fome — Ele sussurra

  – Honey, você precisa se alimentar, faz horas desde a última vez que comeu — Mexo em seu cabelo

Harvey não me responde.

  – Vou fazer chocolate quente — Vou me ajeitando para sair

  – Tem uma box ainda no pacote na última gaveta à esquerda — Campbell me avisa

Saio, me enrolo na toalha e vou para o closet de Campbell, pego a box e um moletom cinza, solto o meu cabelo, estico a toalha em um apoio e desço para fazer o chocolate quente. Quando termino e iria o chamar, o britânico já estava descendo a escada.

  – Quer com marshmallow? — Pego o pacote

  – Sem — Ele se senta no sofá

Segurei os pacotes entre os meus dedos e pego as canecas, levando-as até Campbell.

  – Deve estar um pouco amargo, mas é normal do chocolate — O entrego

Depois que terminamos, deitamos no sofá e o abraço.

  – Obrigado por estar aqui comigo, por ter deixado as coisas para ficar comigo — Seu dedo faz com que eu levante o rosto e o olhe

  – Você é prioridade pra mim — Mexo no seu cabelo

  – Darling, eu te amo tanto — Campbell mexe em meu cabelo

De início não sabia o que responder, mas sabia que era totalmente recíproco

  – Mas saiba que eu te amo mais — Sorrio

O britânico me puxa para mais perto e eu o beijo. Nos separamos por falta de ar, abraço mais ele e apoio minha cabeça em seu peito, ouvindo o seu coração.

 Nos separamos por falta de ar, abraço mais ele e apoio minha cabeça em seu peito, ouvindo o seu coração

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Espero que tenham gostado, esse capítulo eu me inspirei na corrida da Hungria antes do Summer break

Real Love - Livro 1 de A Corrida do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora