Capítulo 61

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-Aaron: Desculpa, não queria te machucar - volta a me olhar e vejo sua respiração acelerada.

- O que está acontecendo com você? - volta a me olhar bravo.

-Aaron: Estava tudo bem até aquele playboy aparecer e você dar bola - rio e me aproximo - Até a porra do ursinho ele te deu - resmunga.

- Dar bola?! - pergunto brava - Só fui gentil como todo ser humano decente é! Não igual a você que trata os outros com indiferença - vejo seus olhos pegarem fogo e uma veia saltar na sua testa.

-Aaron: Você já trepou com ele! - fala alto, ainda bem que a rua está deserta.

- Já sim! E daí? - bufa - Já tive uma vida antes de você aparecer, já fiquei com ele assim como você já ficou com outras! Mas isso não te dá o direito de o tratar mal por ciúmes - ele aperta suas mãos.

-Aaron: Mas ele ainda dá bola para você - bufa - E você também da - suspiro.

- Dei bola para ele? - me aproximo - Fale o que eu eu fiz - fica quieto - Fale, Aaron! - passa as mãos pelo cabelo - Só o tratei gentilmente, nada a mais e nada a menos - explico e vejo que ele está agitado e então me olha.

-Aaron: Que se dane! - joga as mãos para cima - Se quiser pode ir atrás dele, porque terminamos! - fala sério me olhando e não reajo.

Fico alguns segundos quieta o olhando em choque. Eu não acredito que ele está fazendo isso comigo. Só pode ser brincadeira.

- Você está me zoando, né? - me afasto.

-Aaron: Não - responde firme.

- Vai terminar por causa de uma idiotice? - sinto meus olhos arderem.

-Aaron: Eu não devia nem ter entrado nisso - aponta para a gente e trinco a mandíbula para me conter.

- Ótimo - falo e rio ironicamente - Era isso que queria, não é? - mordo meu lábio inferior - Só queira um motivo idiota para terminar - balanço minha cabeça e meus olhos de enchem de lágrimas - Agora que já se aproveitou de mim do jeito que queria vai me descartar como deve fazer com todas, como uma figurinha usada - o olho - Vocês são todos iguais. Você e Bruce, são farinha do mesmo saco. Te defendi para ele, mas você é tão babaca quanto o mesmo! - se aproxima, dessa vez menos bravo.

-Aaron: Não me compare com aquele merda! - desvio o olhar e me contenho para não chorar - Eu não sou nem de perto parecido com aquilo - fungo.

- É tão estúpido quanto ele é. Bom saber o tipo de moleque que você é! - me afasto - Parabéns, conseguiu o que queria. Me fez me abrir para você, me usou do jeito que bem entendeu e me fez de idiota - da um passo até mim e dou dois para trás respirando fundo - Obrigada por me fazer lembrar de como é uma merda amar alguém - dou as costas para ele jogo os ursinhos em uma lata de lixo que estava na esquina.

Sim, amor. Amor é o que sinto por esse cretino que acabou de cravar uma faca no meu peito e está doendo mais do que eu imaginei.

-Aaron: Espera! - o ouço falar e ando mais rápido - Está tarde não vai voltar sozinha - o ouço se aproximar rapidamente - Ainda mais nesse rua deserta.

- Me deixa em paz, Aaron - falo baixo e um lágrima escorre, a limpo rapidamente.

Continuo a andar, mas o sinto me seguindo.
Céus, eu só quero chegar em casa logo e desabar. Mordo meu lábio inferior para conter uma soluço, não vou chorar na frente dele.

-Aaron: Eu não te usei - o ouço falar e continuo em silêncio - Eu nunca faria isso - rio com desdém - Eu só - o corto.

- Chega, Aaron! - me viro para olhá-lo - Terminamos como você queria, agora vá embora - falo as últimas palavras pausadamente e volto a andar.

-Aaron: Não - suspiro e apresso o passo.

Eu não entendo ele, não entendo. Só sei que meu coração está despedaçado, não achei que Aaron fosse me largar no primeiro obstáculo que tivéssemos, não mesmo.

Cadê aquele homem que enfrentou Bruce alguns meses atrás para me defender? Que me tratou bem hoje mais cedo? Gentil, amoroso, cadê?

Eu me abri para ele, contei tudo, ele sabe tudo sobre mim e mesmo assim fez essa palhaçada por ciúmes! Estou com raiva, magoada, triste e indignada!

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Eu terminei com ela. Sim, por parte porque estou com ciúmes, mas a outra, porque estou com medo de mim mesmo agora.
Eu estava com tanto ciúmes e raiva naquele momento, que apertei seu braço tão forte e não liguei quando ela disse que estava doendo.

Estou com medo de mim mesmo, não quero machucá-la no futuro, porque fiquei com ciúmes. Meu padrasto era assim com minha mãe e esse é meu medo, de me tornar igual ele.

Está doendo ter a machucado fisica e emocionalmente. E está doendo ela achar que eu a usei, eu não fiz e nunca faria isso com ela!

Estou aqui agora, alguns passos atrás da mesma, a seguindo até em casa.
Está de noite e a rua está deserta, não a deixaria ir andando nesse estado por aí.

A olho e vejo seus ombros tremerem e ouço um som baixo sair da sua boca. Ela está chorando. É claro que está. Isso parte meu coração, não quero vê-la chorando, quero ver aquele sorriso que ela me dá quando me vê, como hoje mais cedo.

Oh céus! Passo as mãos no cabelo e bufo. O que eu faço, porra? Ela não vai me ouvir agora e também não estou em condições de resolver algo, porque não sei o que fazer.

Passamos em frente ao meu prédio depois de alguns minutos andando em silêncio e avisto o seu de longe.

-Yasmin: Vá embora, já cheguei - fala com a voz quebrada e isso me quebra mais ainda.

- Você ainda não chegou - vejo que ela anda mais rápido do que já estava andando - Não precisa fugir de mim.

-Yasmin: Não estou fugindo - fala brava - Só não quero mais ver sua cara e nem ouvir sua voz - suspiro - Você não tem um show para fazer? - indaga - Então vá e me deixe em paz!

Chegamos ao seu prédio e ela entra sem olhar ou dirigir uma palavra a mim.

- Yasmin - a chamo, mas ela não liga - Inferno! - chuto a lata de lixo e volto para meu prédio. Amanhã eu pego a porra da moto, já estou atrasado para o show.

Tenho que pensar no que fazer a seguir em relação a pestinha. Pensar muito, pois se nós voltarmos eu não posso mais fazer isso que fiz e tenho que abir para ela, como a mesma fez comigo.

~CONTINUA~
❤️❤️❤️

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