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— Nara, se você não me soltar eu vou gritar! - Ameaço a ruiva que segurava meu braço com firmeza para longe da entrada.

— Você mentiu para mim? - Ela para em minha frente e cruza os braços.

— Sim? Você fez a mesma coisa. - Reviro os olhos. — Estamos quites.

— Eu mentir sobre o que? Me fale, porra! - Grita com raiva.

— Acho melhor você abaixar um pouco a bolinha. - Arqueio a sobrancelha e vou me aproximando. — Antes que fique mal para o seu lado.

— Eu mentir sobre o que? - Muda seu tom.

Bem melhor.

— Você e o Mikey se conhecem. - Cruzo os braços esperando por uma resposta.

Não vai adiantar. Ela vai vim com mais mentiras e a única coisa que eu vou ter é mais ódio e repulsa.

— Isso faz anos! - Fala rápido. — Conheço o Sano desde do colegial, namorávamos na época.

— Namoraram? - Mordo os lábios nervosa.

— Sim. - Vira a cabeça para o lado. Ela pega uma mecha do seu cabelo e começa a enrolar.

Bingo!

O fato ruim de ser próxima da minha pessoa, é que eu sei tudo o que você faz. Mexer no cabelo quando mente, gaguejar quando quer aprontar alguma coisa, suar quando sente medo das pessoas descobrirem o que fez. Pode ser o melhor ator e enganar outra pessoa, mas não de mim.

Meu lado observador e desconfiado te guia em todas as direções.

— Éramos jovens. - Ainda continuar a falar.

Outro fato da mentira.

Quando você quer mentir, você acaba inventando mil coisas e fala as de vez. Porém quando sempre é a verdade, na medida vai ter a resposta curta e concreta.

— Em que ano começaram a namorar? - Perguntei, fingindo não ter interesse.

— No primeiro ano.

— Você largou a escola antes de ir ao primeiro. - Passo minha língua nos lábios secos.

— Como você sabe isso? - Fica um pouco surpresa.

— Você mesmo me disse.

— Foi bem no começo do ano.

— Hum... - Mexo a cabeça para o lado. — Entre eu e Mikey, não tem nada a ser dito.

— O que?

— Eu entrevistei ele, nada demais. - Dou de ombros.

— Poderia ter me dito.

— Não tenho porque justificar, já que mentiu também. - Não aguentando o ambiente dali. Me viro de costas para a mesma e vou em direção a algum táxi.

Espero que ela não me siga, não estou nem com paciência de ver o seu rosto. Podia jurar que qualquer momento que conversamos a minha única vontade era de dar um murro em seu rosto. Eu sei que tem algo envolvido, não adianta mentir em cima de mim, eu vou descobrir de qualquer forma, se não eu não mereço carregar o sobrenome da minha família.

Me assusto com uma mão gelada em meu braço, os meus sentidos são rápidos e na hora que eu ia dá um murro, a pessoa segura meu braço. Ninguém mesmo que o Mikey segurando minha mão com um olhar preocupado.

— Soube do que aconteceu. - Se aproxima um pouco mais. — Você está bem?

O loiro põe sua mão em minha bochecha e parece limpar alguma coisa.

— Eu estou bem. - Fecho os meus olhos nervosos. — Fiquei só assustada.

— Eu imagino. - Diz, em sussurro.

Em alta velocidade, manjiro sanoOnde histórias criam vida. Descubra agora