Capítulo 27

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Abro as cortinas do quarto deixando a claridade entrar ouvindo Herena reclamar enquanto cobre a cabeça com o travesseiro, abro o sorriso e vou até ela.

-Herena acorda.

-Mas essa cama está tão confortável, melhor que a minha. -Levanto uma sobrancelha concordando que era melhor que a minha também.

-Eu sei, mas acorda e lembra que estamos em uma missão e eu vou sair para comprar algo para comer agora, você tem que tá acordada. -Ela se senta resmungando enquanto coça o olho, tiro uma mecha de cabelo da frente do seu rosto e lhe dou um beijo que faz ela sorrir. -Bom dia.

-Bom dia.

Me levanto e saio de casa enquanto arrumo meu cachecol, caminho pelas ruas, as pessoas agem normalmente provavelmente não sabendo o que estava acontecendo, vejo o senhor Kobayashi parado ao lado de uma banca de jornal, me aproximo e procuro algo para ler.

-Uma moça perto da sua casa relatou que acredita estar sendo seguida...

-Onde ela mora?

-A duas quadras da casa onde você e a garota estão, do lado da casa de chá, não tem erro.

Concordo com a cabeça e vou para uma mercearia onde compro algumas coisas, volto para casa por outro caminho onde preciso dar a volta, passo na frente da casa de chá vendo a casa ao lado onde uma moça loira está cuidando do jardim. Vou para casa onde Herena está sem o pijama e com uma calça preta que marcava suas coxas e sua bunda assim como uma blusa amarela que marcava a sua cintura, ela está colocando algumas shurikens e kunais em uma bolsa preta.

-Não acha essas roupas muito justas? -Digo olhando para seu quadril fazendo ela me olhar curiosa. -Vai chamar a atenção de muitos homens.

-E esse não é o intuito? Chamar a atenção do sequestrador? -Coloco as sacolas na mesa sentindo meu rosto queimar, estava com ciúmes da Herena? Sinto suas mãos passarem pela minha cintura e me apertar por um breve segundo. -Para de implicar com as minhas roupas.

Ela me empurra para o lado e começa a tirar as coisas das sacolas.

-Quero que você se aproxime de uma mulher...-Ela se vira com um morango na boca fazendo eu gaguejar. -E... Ela.... Ela mora aqui perto, no lado da casa de chá e relatou que está sendo seguida.

-Ok... -Ela lambe os lábios e pega uma garrafa d'agua. -Vou dar uma volta e passo na frente da casa dela, se eu a pegar saindo melhor ainda. -Ela se vira em direção a sala, mas volta se aproximando lentamente. -A não ser que queira que eu tome café com você... -Ela pega outro morango colocando entre os lábios fazendo meu pênis se manifestar, mordo o lábio por baixo da máscara e desvio o olhar.

-A missão primeiro Herena...

-Tá bom! Fui! -Ela passa pela porta colocando um casaco e esquecendo a bolsa com suas armas, a chamo e vou para porta a vendo com a blusa preta envolta do corpo, vejo algumas pessoas passar aproveito e vou até ela que pega a bolsa da minha mão a puxo pela nuca removendo a mascara dando um beijo que a faz ficar na ponta dos pés, quando nos afastamos ela ainda está com os olhos fechados. -E o papo da missão primeiro?

-É bom que as pessoas vejam que somos um casal de verdade, bom pra missão... E pra nós eu acho...

Ela me empurra delicadamente e sai alegremente pelas ruas.

***

Já fazia duas semanas que estávamos naquela missão e poucas coisas tinha sido revelada, tínhamos descobertos que as mulheres eram seguidas por alguns dias antes que fosse atacadas, eram mulheres com rotinas regulares e que voltavam para casa quando o sol já não estava no céu, sempre mulheres bonitas, casadas e que deixava claro que era feliz com marido, o que fez Herena falar para diversas pessoas histórias românticas que nunca tinham acontecidos entre nós dois, como por exemplo uma história onde eu a pedi em casamento em uma cachoeira, onde eu estava a esperando com um piquenique no meio da noite onde apenas a lua e meia dúzia de velas nos iluminava, uma toalha feita pela minha mãe estava no chão coberta por pétalas de rosas vermelhas, caso Herena desistisse de ser ninja poderia ser escritora sem problema algum.

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