Consequências

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Eu realmente não sei o que deu em mim. Sakura estava muito perto, seus olhos verdes pareciam me chamar, seu sorriso me cativava, ela estava tirando meu fôlego por completo. Eu não podia perder essa oportunidade.

Estávamos nos beijando na detenção, a puxei para o meu colo, ela usava uma saia preta que me dava passagem perfeita até sua bunda, as coisas estavam esquentando e eu não sabia aonde aquilo iria parar.

- Eu queria fazer isso há tanto tempo. - Digo entre os beijos.

- Para de falar. - Ela responde num sussurro.

As coisas estavam prestes a ficar mais intensas quando...

- Que pouca vergonha é essa? - O professor nos pegou no flagra.

Eu e Sakura nos afastamos o mais rápido possível, o professor nos olhava espantado e naquele momento eu soube que estávamos ainda mais ferrados que antes.

- Não é o que parece. - Falamos juntos.

- Isso é inaceitável! Vocês estão achando que estão? - Nos entreolhamos.

- Não, não. Fui eu quem beijou ela. - Preferi assumir a culpa, já que eu comecei.

- Deixa de ser idiota, fui eu. - Ela retruca.

- Eu não quero saber, os dois para a diretoria agora!

(...)

Saímos da diretoria acompanhados por nossos pais. O professor estava muito bravo e, se dependesse dele, nós teríamos sido expulsos. Porém, nossos pais têm muita influência e só recebemos uma suspensão de dois dias e mais uma semana de detenção.

Eu estaria mais tranquilo com as punições se eu ainda não tivesse que lidar com meu pai, que estava uma fera, e minha mãe, que por sorte estava de bom humor. Ela fazia comentários do tipo:

- Sakura sempre foi uma boa menina, vocês fariam um belo casal.

- Isso é coisa de adolescente e sabemos como a Sakura e o Sasuke sempre foram íntimos.

Eram comentários inconvenientes. Minha mãe gostava muito da Sakura, mas ela não entendia que aquela antiga Sakura que ela conheceu se foi, e agora eu não fazia mais parte da vida dela. Se arrependimento matasse...

Eu tinha dois dias livres em casa, ou quase, já que meu pai me deixou de castigo e eu ainda tinha que fazer aquele trabalho de escola. Não sabia como iria terminar sem a Haruno, então mando mensagem pra ela, por sorte era o mesmo número de sempre.

Conversa no telefone:

14:25 - Oi, como você está?

Mando e logo recebo uma resposta.

14:26 - Ficar de férias em casa não é o pior dos castigos.

Ela é sarcástica.

14:26 - Meus pais me colocaram de castigo, eu não posso fazer absolutamente nada. Só deixaram eu pegar o celular porque disse que era mensagem para você.

14:27 - Os meus não pararam de falar como eu e você faríamos um belo casal. Acho que eles esqueceram que deveriam ficar bravos.

14:27 - Os meus também. Minha mãe ainda tem uma fixação por você.

14:27 - Adoro a tia Mikoto. Você me deve a lasanha dela.

14:27 - Às vezes eu acho que ela gosta mais de você do que de mim.

14:28 - Hahaha, eu sou bem mais legal que você, eu não duvidaria.

14:28 - Você perdeu a aposta, sem lasanha pra você.

14:30 - Posso terminar nosso trabalho por nós dois.

Ela muda de assunto.

14:30 - Eu queria falar disso mesmo. Ainda quero ajudar.

14:31 - Não precisa, curti seu castigo aí.

14:31 - Me deixa ajudar!! O que precisa que eu faça?

14:35 - Sakura?

Ela não me responde mais.

14:40 - ???

E assim a conversa se encerrou sem ter uma resposta.

(...)

Deixei de lado a Haruno e o trabalho. O restante do meu dia foi um tédio, e teria que aguentar mais amanhã.

Levanto cedo no dia seguinte, decidi tirar o dia para estudar já que eu não teria mais nada de interessante para fazer.

- Querido, hoje teremos um almoço especial. Por favor, não se atrase. - Minha mãe entra sem bater como de costume. Nunca tenho privacidade nessa casa.

- Mas que almoço é esse que eu nem estava sabendo? - Pergunto.

- Foi decidido de última hora. Então se arrume logo. - Ela diz já se retirando com pressa.

Bufo com a ideia, mas eu não tinha outra escolha a não ser participar. Então me levanto da cama e escolho uma roupa "adequada" para o almoço. Ao fim, escuto vozes a mais no andar de baixo e imagino que sejam a tal visita. Ignoro as vozes e continuo me trocando, quando escuto minha porta sendo aberta.

- Bate na porta! - Digo já imaginando ser meus pais. - Ei! - Me assusto ao ver Sakura na minha frente.

- Bom te ver também, Uchiha. - Ela ignora o fato de que estou sem camisa e se senta na minha cama.

- O que você está fazendo na minha casa? - Digo terminando de me vestir.

- Vim buscar minha lasanha, lembra? - Ela gargalha ao ver a minha cara confusa. - Seus pais convidaram os meus para um almoço e sei lá o porquê eu tinha que vir junto.

Ela estava linda com uma saia justa preta, um cropped preto de renda, uma meia arrastão e uma jaqueta de couro preta, o que a deixava ainda mais sexy.

- E você veio até meu quarto para...? - Arqueio uma sobrancelha.

- Não se ache tanto, meus pais disseram que era conversa de "adulto" e falaram para eu vir te ver, não pense que foi por escolha. - Ela parecia já estar super confortável como se viesse sempre aqui, como antes...

- Isso é estranho. - Cruzo os braços.

- Acho que nossos pais pensam que temos um lance. - Ela ri da situação.

- O que não é verdade.

- Acho que vai ser bem difícil convencê-los depois da nossa "ceninha" na detenção. - Ela dá de ombros.

- Você não parece muito preocupada.

- Porque não estou. - Ela faz pouco caso.

- Eles pensam que estamos namorando, Sakura, e pior, eles gostam da ideia. - Me sento ao lado dela, aflito.

- Problema é deles. Na pior das alternativas, a gente diz que terminou. - Ela me dá um empurrão.

- Tem certeza? - A encaro.

- Você não deveria ser tão sério assim, Uchiha, se preocupando com coisas sem importância. Por sorte, você fica lindo assim. - Murmura a última frase.

Desço meu olhar até sua boca, e a vejo morder o lábio inferior, provavelmente tentando controlar o mesmo desejo que eu.

Me aproximo mais dela e a beijo. Ela retribui na mesma hora. Já estava com saudade da sua boca. Era um beijo suave, mas bem intenso...

improvávelOnde histórias criam vida. Descubra agora