Janeiro de 2028, prólogo

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Essa fanfic é uma adaptação, eu pedi a (o) autor (a) e ela (ele) não respondeu, então se pedir pra mim retirá-la eu farei!
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"Agora eu quero ir pra me reconhecer de volta, pra me reaprender e me apreender de novo. Quero não desmanchar com teu sorriso bobo, quero me refazer longe de você..."

Rio de Janeiro, Brasil.

7 de janeiro de 2028.5

Quinta-feira.

14:28.

- Mamãe! - Filippo gritou, correndo em direção à Sarah, enquanto a loira se abaixava para ficar da altura dele e abraçá-lo. - Mamãe, hoje eu vou levar o Owen! - o menino mostrou o tigre de pelúcia a Sarah. - Pra ele não ficar sozinho aqui.

- A mamãe sentiu tantas saudades, meu amor. - Sarah choramingou, apertando o menino contra seu peito, ouvindo-o reclamar.

Ouviu a voz baixa de Juliette, mas não conseguiu decifrar o que a morena falava. Ouviu o barulho de beijo estralado sobre a pele de alguém, pois ela, provavelmente, estaria beijando a bochecha de Pedro.

Todos os dias que vinha buscar as crianças, Sarah ansiava, pelo menos, ver o rosto de Juliette... mesmo que fosse por alguns segundos! A morena nunca aparecia, então o máximo que Sarah via era a mão da morena acenando para as crianças. Se a loira não estava enganada, a última vez que viu Juliette foi no último dia de aula dos meninos, antes da férias, no portão da escola.

- Tchau, mamãe! - Pedro acenou para Juliette, enquanto Filippo ia até onde o irmão estava, para se despedir da morena mais uma vez. - Dá tchau para a mamãe, Pippo. - o mais velho falou, segurando a mão de Filippo e balançando-a.

- Se comportem na casa da mamãe, ouviram? Vou perguntar a ela sobre tudo o que vocês fizeram esses dias. - a voz suave de Juliette aparece no ambiente, fazendo Sarah congelar. Com certeza, Juliette não faria aquilo... ela mal falava com Sarah! - Amo vocês! - ela falou, enquanto as crianças se aproximavam a porta novamente. Viu os braços da mulher rodearem os corpos das crianças, puxando-os para um abraço.

- Tchau, mamãe! - Filippo falou, acenando para a morena e segurando a mão de seu irmão mais velho.

Sarah abraçou seu filho mais velho, enchendo-o de beijos, enquanto observava a porta de seu antigo apartamento se fechar. Ela sempre tinha a mesma sensação ao ver a porta se fechando. Parecia sempre ter um Déjà Vu do dia em que Juliette decidiu por um ponto final no relacionamento delas - decisão que foi, totalmente, correta. Ela sentia que estava indo embora e que não iria voltar mais - pra Juliette e a vida que costumava levar.

- Preparados pra ficar com a mãe legal de vocês? - Sarah elevou seu tom de voz o suficiente para Juliette, que a Brasiliense tinha certeza que estava atrás da porta ouvindo a conversa dos três, ouvir.

- A mamãe também é legal! - Pedro protestou, encarando Sarah. A Brasiliense pôde imaginar, perfeitamente, os lábios de Juliette formarem um sorriso vitorioso.

Por que Sarah tinha que lembrar de Juliette em, absolutamente, tudo?

- Mamãe! Olha o Owen! - Filippo chamou a atenção de Sarah para o brinquedo, balançando-o de um lado para o outro.

- O Owen está bonito, não é? - Sarah observou, encarando o brinquedo. - Pedrinho, deixa a mamãe carregar sua mochila.

- Mamãe, você vai me ver jogar futebol? - Pedro perguntou, enquanto Sarah pendurava a mochila dele em seu ombro e pegava seu filho mais novo, Filippo, nos braços.

- É claro, meu amor! - Sarah assegurou, segurando a mão do menino sorridente. - A mamãe vai sentar lá na frente, com a mãe de vocês! - ela entrou no elevador, junto com as crianças. - E vai torcer muito pra você fazer vários gols.

- E depois... você vai dormir comigo e com o Pippo? E com a mamãe? - Pedro perguntou, inocente, enquanto encarava seu reflexo no espelho. - Pra comemorar! Mesmo que eu perca. O treinador falou que não importa perder, a gente tem que se divertir. - Sarah sorriu, encarando o filho. Não era necessário ressaltar que aquele menino era a cópia de Juliette, não é?

Ainda era difícil pra Sarah assimilar que não morava mais ali há sete meses. Ela ainda não havia se acostumado com a falta de rotina, ou com a ausência de brinquedos espalhados por seu apartamento... ah, também não havia se acostumado com a falta das ligações de Juliette, para pedir que ela passasse no supermercado, depois do trabalho, e levasse algo para casa.

A verdade era simples e objetiva. Sarah não havia se acostumado com a falta daquelas coisas, pois, lá no fundo, ela acreditava que aquela separação seria momentânea. Ela não queria se acostumar! Por isso, nunca mobiliou o apartamento que havia alugado e não comprou panelas ou lençóis novos. Ela achava que ia volta logo, mas depois daqueles sete meses... a perseverança dela começou a falhar.

- Eu e a mamãe podemos conversar sobre isso. - Sarah disse, forçando um sorriso. Ela sabia que o melhor lugar que conseguiria receber ali era o tapete da sala.

- Ela vai deixar! - ele pulou, puxando o braço de Sarah para baixo e abraçando-o. - Eu vou pedir a ela.

Ela comemorou, internamente, depois da frase de seu filho, e torceu para que a morena não interpretasse o pedido do menino como uma manipulação da Brasiliense, afinal, ela não pediu para que ele fizesse qualquer coisa.

A loira já havia dado tempo ao tempo, já havia esperado Juliette pensar sobre a relação delas... agora era a vez de Sarah fazer algo. Tentaria reconquistar a morena e, se tudo desse errado, elas, pelo menos, teriam uma linda amizade, já que estariam ligadas pelo resto da vida através de seus filhos. Era um contrato, praticamente, vitalício.

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Essa é mais uma adaptação, espero que gostem!

E todos direitos autorais pra o perfil @halfaheartoflove

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