Fevereiro de 2028, parte VI

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Como demorei muito pra voltar, vou tentar atualizar mais capítulos hoje
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"Quando eu te deixar vou levar papel em branco, espalhar por cada canto um barco de papel. Sei que o amor é fácil de afogar e se você tem um barco, maior chance de se salvar. Mas ora você partiu antes de mim... Nem me deixou barco frágil p'reu me salvar do naufrágio que foi te dar meu coração..."

Rio de Janeiro, Brasil.

12 de fevereiro de 2028.1

Sábado.

12:20.

"Sarinha? Você sumiu ontem a noite, não deu notícias. Como foi com a Juliette?", a mensagem de Roberta estava estampada da tela de bloqueio do celular de Sarah. "A Juliette te matou? Eu não perdoaria ela se isso tiver acontecido!", Juliette leu a mensagem que havia acabado de chegar. "Quando você chegar em casa me avise, vamos à algum lugar! Uma comidinha italiana, talvez. Ou Paris 6!"

Sarinha.

Sarinha?

Juliette franziu o cenho, encarando a tela do celular e, em sequência, direcionando os olhos para Sarah, que ainda estava dormindo, pesadamente.

O despertador do celular da brasiliense havia tocado e ela não havia acordado, por isso Juliette pegou o celular para desativar. O celular de Sarah continuava bloqueado, mas as notificações do WhatsApp apareciam na tela de bloqueio, por isso Juliette viu as mensagens de Roberta, que tinha o contato no celular de Sarah salvo como Robs.

Juliette nunca vasculhou o celular de Sarah, nem quando namoravam e eram mais novas. A loira não era o tipo que deixava Juliette insegura, ou que dava trela para outras pessoas, mesmo comprometida. Porém, naquele momento, a morena estava... com algumas pulgas atrás da orelha, diga-se de passagem, e não gostava de sentir vontade de invadir a privacidade da mulher.

Mas, sério? Se Sarah estivesse indo com outro alguém ao Paris 6, Juliette, com toda certeza do mundo, ficaria chateada. Aquele era o restaurante delas, onde comemoravam os aniversários de casamento e os seus próprios, também! Ele era intrínseco ao relacionamento das duas. Se Sarah estivesse fazendo qualquer coisa, romântica, com outro alguém Juliette, com certeza, ficaria chateada.

"Enfim, precisamos conversar. Pretendo ficar no Brasil, permanentemente, e preciso da sua ajuda pra isso. Vou me desfazer do apartamento de Nova Iorque.", outro mensagem chegou. "Espero que você fique feliz! Sei que esse era seu sonho..."

Juliette suspirou, colocando o celular onde ele estava, anteriormente. Não era obrigada a ler aquilo! Seja quem fosse a tal Robs, Juliette não fazia questão de receber satisfações de Sarah.

Ela mal havia acordado e uma onda de mau-humor já havia de apossado de seu corpo. E ela não queria estar mau-humorada, já que estava se sentindo tão bem na noite anterior, que poderia alastrar essa sensação para o resto do mês de fevereiro.

Estava feliz por ter Sarah ali, apesar de tudo. No dia anterior, Juliette estava estressada, cansada e um pouco chateada, também, devido aos acontecimentos em seu trabalho, por isso não foi capaz de se concentrar em montar o castelo de LEGO. Quando chegou, com as crianças, e viu a mulher com suas flores favoritas ali, na porta da casa que continuava sendo delas, a esperando, foi, quase, um alívio! Quase, e não totalmente, porque estava impressionada por ver Sarah ali. Estava torcendo para que a brasiliense não estivesse fazendo aquilo apenas para impressionar Juliette e sim porque realmente queria.

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