Capitulo 17 - Floresta Nara

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Shikamaru

                              Fomos andando pela trilha que dava até o lago. Ficamos em silêncio e ela ainda estava com a sua taça na mão. Eu ainda não estava acreditando que ela tinha feito aquilo no meio do jantar. Como eu imaginei, a ousadia dela não tem fim e pode chegar a beirar o desconhecido. Estávamos de mãos dadas, não parecia nada mas meu coração batia mais forte que o normal.

- Sabe... Porque tem uma floresta imensa no seu quintal? - ela perguntou

- Coisa de clã ancestral - respondi preguiçoso

- Aqui é lindo - ela sorriu

- É... É sim - e não era só o lugar que era lindo - Sabe tem umas coisas que deveríamos conversar - eu falei

- Que tipo de coisas? - ela perguntou e quando vi, ela já tinha tirado o salto alto

- Temari, escuta - nossa eu não sabia mesmo como começar esse assunto - Eu sei que você vai embora daqui a um tempo

- Essa não foi uma boa maneira de começar esse assunto - ela sorriu maliciosa - Mas continua, quero ver onde você vai chegar

- A questão é que... - eu parei - Eu quero aproveitar enquanto você estiver aqui

- Eu também quero - ela respondeu sem pensar - Eu estava pensativa com isso também, pedi ajuda para as meninas e tudo - ela falou e eu gelei

- Eu sei que não vai durar, sei que não tem como mudar a sua cabeça - eu disse - Mas... Quero aproveitar seu tempo aqui, eu gosto de estar com você

- Tudo bem - ela sorriu para mim, ela estava tão amigável - Mas vou logo avisando, eu posso ser bem chata as vezes

- Só acredito vendo - eu respondi

- Você ainda não me viu de TPM - ela sorriu

- Eu aguento isso - retruquei - O meio de um furacão é bem tranquilo, sabia?

- O que quer dizer com isso? - ela perguntou - Tá me comparando a um furacão?

- Por fora, ele faz todo um estrago - eu expliquei - Destrói as coisas, passa varrendo tudo pela frente, mas por dentro - eu sorri - O olho de um furacão é calmaria

- É assim que eu sou?

- É exatamente assim que você é - eu sorri implicando com ela - A tempestade e a calmaria

- Já não posso dizer o mesmo de você - ela sorriu

- Como assim?

- Você é calmaria mais calmaria - ela falou - Acho que é por isso que a gente se dá tão bem

- Também acho - concordei

                               Andamos por dentro da floresta. Continuamos de mãos dadas. Estava tudo silencioso, conversamos um pouco mas nada fora do normal. Até que eu escutei um barulho.

- Você escutou isso? - eu perguntei pra ela

- Sim? O que será que é? - ela perguntou - Deve ser algum animal - ela deu de ombros

- Sim... - eu raciocinei - RIKUMARU! - gritei e ele apareceu

- Nossa - Temari se assustou

                               E então das sombras ele apareceu. Aquele imenso cervo com a sua galhada. Ele estava mais bonito do que nunca. Ele se aproximou devagar. Eu levantei a minha mão, mostrando o nosso sinal. Ele caminhou devagar até nós, os olhos de Temari brilhavam.

Wolves (Shikatema)Onde histórias criam vida. Descubra agora