Wolves (Shikatema)

Capítulo 1 - O espírito livre

Como houve muitos pedidos, resolvi trazer a minha fic de shikatema! Além de ser o meu casal favorito é o tipo de fic que eu mais acompanho.

Antes de começar a historia tenho 2 coisas para falar:

1. Essa fic terá momentos pesados, incluindo drogas e violência. Se você for sensível a esse tipo de conteúdo, por favor, não leia! Tentarei tratar de uma forma mais leve mas em alguns pontos será essencial para a historia.

2. Essa fic não será postada diariamente como as outras! Essa vai ser muito mais trabalhada e longa. Por isso desde já peço perdão caso demore

Desde já agradeço a todos que lerem, o carinho de vocês é extremante importante para mim. Minha felicidade é colocar um sorriso no rosto de cada pessoa que é apaixonada pela leitura assim como eu. E caso você seja novo aqui e caiu de paraquedas, eu tenho mais duas obras em meu arsenal: uma de kakasaku e uma de narusaku, caso esses shipps lhe agradem, peço que me ajudem lá também.

Sem mais delongas vamos para a historia, XOXO.

Temari

2 anos atrás...

     Acordei com o sol invadindo meu quarto. Uma fina brecha de luz com o tom amarelado que passava pela fresta da janela meio aberta tocava meu rosto, fazendo-o ficar aquecido na pequena região da minha bochecha. Os dias em Suna são sempre assim. Quentes e abafados. Eram 6:30 da manhã de uma segunda feira. Meu sono estava pesado, eu não queria levantar. Ainda estava remoendo o sonho que tive, a última memória com meus pais. Esse sonho era recorrente. Quando comecei a tê-lo, eu acordava chorando. Mas agora com o passar dos anos, essa dor se amenizou. Meus pais morreram em um acidente de carro quando eu tinha treze anos. A morte deles me afetou ainda mais, me tornei a responsável da família e a "mãe" de dois meninos assustados. Sendo que eu também era uma menina assustada. Sou a irmã mais velha de Gaara e Kankuro, desde a morte de nossos pais, eu tenho cuidado deles e trabalhado avidamente para nos mantermos. Hoje eu tenho vinte anos e trabalho como conselheira no departamento do Kazekage. Cheguei a esse posto depois de longos dois anos servindo generais e chefes de estado, não é exatamente o que eu queria, mas é o que paga as contas. Eu não era infeliz mas se eu pudesse estar fazendo outra coisa, certamente faria.

   Moramos em um pequeno apartamento no centro de Suna que eu consigo alugar por um preço acessível. Kankuro também trabalha agora, como mecânico e Gaara ainda irá se formar, talvez o primeiro de nós a fazer faculdade. Nunca nos faltou nada e aproveitamos as pequenas felicidades momentâneas que temos. Mas eu sinto em meu âmago que nos últimos sete anos, cada um de nós vive em seu próprio mundo, cada um em seu infinito particular e as vezes isso faz eu me sentir um pouco... solitária. Fiquei a procurar o pequeno elástico preto para prender meu cabelo enquanto levantava da cama. Fui cambaleando até o banheiro para tomar um banho. Minha roupa já estava separada, o mesmo uniforme de sempre. Uma roupa parecida com que os agentes ANBUS usavam. O velho do Kazekage era formal e até demais. Mas consegui dar uma pequeno charme a roupa, usando um tecido vermelho em minha cintura, como uma forma de cinto.

  Abri o chuveiro e deixei cada gotícula de água passar pelo meu corpo. Ela estava gelada. E fez meu corpo ainda quente se arrepiar assim que o tocou pela primeira vez. Lavei meu rosto para acordar. E me apressei, não teria o dia todo para desfrutar desse momento. Terminei de me banhar e fui vestir minha roupa. Tem somente dois quarto nesse apartamento, então Kankuro e Gaara dividem o outro. E isso quase nunca da certo, por suas personalidades serem totalmente opostas. Mas eu tenho o meu próprio, sou a mais velha e a única menina da casa, tenho esse direito. Me vesti e fui até a cozinha pegar alguma coisa para comer. Teria que estar lá 07:30h.

Para a minha sorte, o apartamento ficava apenas dez minutos do prédio que eu trabalhava. Os meninos ainda não tinham acordado mas eu duvido que Gaara tenha dormido. Desde que ele é pequeno ele sofre com insônia. Não que eu já não tenha dado esporro o suficiente nele e as vezes ele até me escuta.