Venenum

Azemiops.

Capítulo 17. Azemiops Feae - Amor e Tristeza

Harry, que peça éramos no xadrez?

Querido Harry, você provavelmente está estranhando ter que responder essa pergunta. Bem, eu encantei a carta com uma pergunta que somente nós saberíamos, é uma pergunta de segurança, onde a carta só abrirá para revelar o seu conteúdo se a resposta estiver correta.

É muito difícil de explicar o que aconteceu, mas peço, antes de tudo, que tenha calma.

Uma informação primária que deve ter é que estamos no ano de 1943. Parece impossível, eu sei, mas é a verdade. Durante a batalha em Hogwarts fomos transportados no tempo por um Vira-Tempo que é bastante 'especial'. É de tamanha urgência que você não revele o seu nome verdadeiro, o nome o qual as pessoas reconhecem você é Harry Evans. Eu tenho certeza que você não se importaria de ter o sobrenome da sua mãe por hora. Você se encontra no St. Mungo 's. Mantenha todas as informações para você, Harry. Tudo o que foi dito é que fomos atacados por um dos seguidores de Grindelwald e que você foi atingido. Pode imaginar? Eu explicarei tudo a você. Dumbledore está nos acobertando, ele sabe mais ou menos da verdade. Estarei esperando você ansiosamente em Hogwarts.

Com carinho,

Hermione.

Esta havia sido a sexta carta que Hermione havia escrito, todas as outras não pareciam muito boas, mas esta estava razoavelmente bem escrita e explicativa, dentro de todos os acontecimentos. Afinal, como você escreve para o seu melhor amigo que vocês viajaram no tempo? Era complicado e no mínimo, Harry teria dúvidas sobre a veracidade dos acontecimentos descritos. Ela não poderia culpá-lo, se ela estivesse no lugar dele, despertando em um leito do St.Mungo 's, ela também iria duvidar de tudo e todos. E convenhamos, Harry havia se tornado uma pessoa desconfiada e, infelizmente, com razão.

Sendo verdadeira consigo mesma, essa é a melhor hipótese do que pode acontecer. O pior, por tudo que ela sabe, pode ser que Harry desperte sem se lembrar do que aconteceu, de quem ela é ou quem ele é, aí sim ela teria certeza de que eles estão ferrados.

Hermione bateu a testa levemente contra a madeira da mesa, rezando para que o universo não fosse tão cruel. Isso seria injusto. Já não passamos por muito?

Ela espera estar lá para Harry quando ele despertar, como uma amiga, como uma irmã. Alguém que ele reconhecesse e soubesse que está seguro.

Hermione se levantou da mesa, colocando a caneta de pena no tinteiro. O uniforme grifinório feminino estava impecável, ela sentia o metal frio do medalhão contra a pele do pescoço, o cabelo dela preso em uma trança embutida.

Com calma, ela estava fazendo o caminho para o Corujal, uma das torres mais altas de Hogwarts. Era lá que ela iria encontrar Riddle - Tom.

O que havia dado nela? Chamando-o de Tom? A mente de Hermione repassou todos os acontecimentos. Merlin, é muita coisa. Ela não resistiu, parecia certo, ela tinha visto muito dele, sabia muito sobre ele para ser tão fria com ele. Ele havia salvado ela, como ela poderia? Parecia ter sido genuíno, mesmo que as interações com ele fossem estranhas e tensas de uma forma que ela não sabia explicar.

E além de tudo, o que ela poderia dizer a Dumbledore? Contar tudo? Dizer que há alguém por aí a fora que está jogando ela de um lado para o outro no espaço-tempo?

Hermione bufou em escárnio, quando a vida dela havia se tornado uma piada de mal gosto?

O vento estava um pouco forte e frio, ela subiu as escadas que levavam para o topo da torre das corujas, o estômago dela com sensações estranhas por causa da altura, enquanto ela evitava de olhar para baixo. O medo de altura que ela tinha não havia acabado, sendo apenas superado em situações de emergência.