Crotalus.

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Capítulo 8. CrotalusPreso com uma Leoa.

Hermione respirou fundo e olhou para a sua roupa pela terceira vez seguida, devido aos olhares que ela estava recebendo. Ela, claramente, não estava vestindo as roupas femininas adequadas para a época. As pessoas olharam para ela com pena - talvez ela fosse excêntrica ou tivesse um dano cerebral permanente, é o que o pensavam.

Durante muito tempo, Hermione achou que a Comunidade Bruxa fosse um pouco mais avançada do que a trouxa quando se tratava de ser menos julgador, mas pouco a pouco ela percebeu que isso não era bem uma verdade absoluta.

Ela suspirou, nos pensamentos dela, as roupas eram a menor das preocupações.

Percebendo o estado de ânimo dela, Dumbledore apertou o ombro dela em um ato afetivo de companheirismo. Ela sorriu fracamente para ele, muito ansiosa para chegar ao Quarto Andar do St.Mungo's; o andar para pessoas 'gravemente feridas' por algum jinx, hexes, charmes ou com algum dano cerebral. Era neste andar que o amigo dela, Harry Potter, estava. E isso dava medo a ela.

Muitas coisas estavam dando medo a ela. Riddle dava medo nela. Ele é estranhamente compulsivo, gelado, arrogante, prepotente, malicioso e talvez fosse pior lidar com jovem 'Lorde das Trevas' do que com 'Lorde das Trevas' com cara de cobra. Por que, enquanto o futuro Riddle se tornou um bruxo poderoso, porém, impulsivo e sem coerência nenhuma, o jovem Riddle é alguém muito mais controlado e não menos mortal, ele é sorrateiro e inteligente. E isso nem faz muito sentido, já que Hermione dúvida de quão são ele é.

O que a leva para a tatuagem mágica embaixo da língua dela. Depois daquela fatídica noite em que falou com Riddle, ela sentiu a magia na língua. No banheiro feminino do dormitório da Grifinória, Hermione pegou a varinha e se olhou no espelho, ela levantou a língua e usou um feitiço para revelar a maldição. Na língua rosada dela, o contorno negro de uma imagem de uma cobra apareceu. A cobra estava enrolada em si mesma, descansando, o que significava que ela não tinha ativado a maldição. Se ela lembrava bem, Riddle disse que a maldição seria ativada se ela falasse sobre a noite na Sala Precisa ou do banheiro da Murta-Que-Geme, o que deixava uma enorme espaço do que não fazer.

Bem, todos concordamos que ela não pode falar sobre esses acontecimentos. Mas Hermione não sabe até onde vai a extensão dessa maldição.

Será que qualquer palavra que faça conexão com esses acontecimentos, pode ativar a maldição? Eu posso escrever sobre aqueles dias? Eu posso fazer alguém adivinhar sobre o que aconteceu?

São muitas teorias e ela admite, egoisticamente, que ela não irá testar todas. Ela dá muito valor a sua vida para arriscar de forma tão boba, preferindo passar algumas horas estudando alguma forma de quebrar o feitiço.

Todos os pensamentos dela são cortados quando ela finalmente chega ao Quarto Andar. O coração dela dá um aperto, a respiração dela vacila e as mãos começam a suar. Hermione anda deliberadamente de forma lenta, admitindo para si mesma que está com medo de ver em que condição Harry está.

Para tirar suas dúvidas, um Curador está esperando por ela e por Dumbledore. Ele guia ambos até a cama de Harry, abrindo as cortinas para que ela e Dumbledore pudessem ver ele.

Harry estava... bem, ou assim parecia. A respiração de Hermione saiu entrecortada, como se os pulmões dela não conseguissem expandir direito ao inspirar. Ela deu alguns passos em direção a cama, a mão dela levantando para iniciar um toque na pele de Harry. A princípio ela não viu nada de errado com ele. Harry estava sem quaisquer ferimentos, entretanto, ele estava um pouco mais pálido. Os cabelos escuros dele estavam um pouco maior, rebeldes e indo para qualquer direção, lembrando muito a Hermione do cabelo dele na época do Yule Ball.

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