ATO 10

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Os humanos, muitas das vezes são monstruosos.

     A criatura aracnídea que antes trajava um belo jaleco e dizia-se doutora, destruía as estantes em sua volta para encontrar Cristinne e Emy, que se escondiam do outro lado do salão

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     A criatura aracnídea que antes trajava um belo jaleco e dizia-se doutora, destruía as estantes em sua volta para encontrar Cristinne e Emy, que se escondiam do outro lado do salão. A impulsividade de Cristinne não a fez pensar muito. Ela saiu dali segurando a mão de Emy e juntas subiram sorrateiras na cômoda mais próxima, chegando ao alcance das tubulações da parede, no qual cabia perfeitamente seus pequenos corpos.

     Emy juntou as mãos como apoio e Cristinne subiu nelas para alcançar a entrada. Como estava mais saudável, conseguiu entrar com facilidade. No entanto Emy teve certas dificuldades para segurar a mão da garota ao subir.

     — Vamos, está quase lá... — dizia Cristinne enquanto puxava com todas as suas forças o corpo dela para cima. Quando ambas já estavam dentro das tubulações, Emy deixou cair seu sapato na mesa, derrubando mais alguns frascos de vidro no chão.

     Na mesma hora a criatura olhou para o barulho e avistou as meninas. Com suas pernas e braços cumpridos, correu de quatro para cima delas enfiando suas garras para dentro da tubulação e agarrando a perna de Emy, que naquela altura, não conseguiu se enfiar mais para dentro. Cristinne pegou por baixo de seus braços e a puxou, ao mesmo tempo que a criatura a puxava para fora.

     Emy urrou de dor, mas resistiu chacoalhando as pernas e impedindo que o monstro a puxasse mais. Sua garra, trajada com a luva de metal apertou os músculos de sua perna e fez Emy gritar novamente. Com toda a força que lhe sobrara, ela atingiu a garra da criatura com o outro pé, fazendo-a solta-la de vez. Assim que se libertou, elas continuaram a engatinhar pelos grandes canos da parede e avançaram sem saber ao certo, para onde iriam. Ao fundo, puderam escutar o grunhido alto da criatura e o barulho de "tec tec" de suas garras no chão, para lá e para cá. Seus corações batiam tão forte que poderiam parar a qualquer instante.

     — Aquela desgraçada acabou com minha perna... — dizia Emy aos prantos.

     — Fazemos um curativo depois, não podemos parar agora! — alertou Cristinne, virando uma curva para esquerda, depois outra para a direita. O suor já percorria seus corpos e fazia suas mãos escorregar no metal quente das tubulações. Logo a frente, puderam ver uma grade no chão que dava para a vista lá embaixo, nos cômodos do hospital. Não faziam ideia de onde estavam mas sabiam que se ficassem lá por muito mais tempo morreriam sufocadas.

     — Me ajuda a levantar isso aqui — pediu Cristinne puxando a grade para cima. Ambas aplicaram força o suficiente removendo-a dali. Cristinne olhou para Emy e sinalizou que precisariam pular. Contando até três, saltaram. Felizmente a queda não era grande já que a distancia dos canos para o chão era pouca, mas com a situação em que Emy se encontrava, com certeza a dor faria diferença. Ela ficou ajoelhada ali por alguns segundos massageando os pés e com grandes hematomas na perna.

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⏰ Última atualização: Sep 03, 2021 ⏰

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