🌷 Capítulo 23 🌷

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Olhei para o relógio mais uma vez, faltavam 10 minutos para as 20h. Ainda estava indecisa sobre a questão Thomas Crawford, o que ele estava pensando? Na verdade eu me perguntava a todo momento, no que eu estava pensando em ponderar ir a seu encontro depois de todo ocorrido e acabo me lembrando das palavras de Gael e de Kevin. Eu queria acreditar muito neles, até acreditava, mas as atitudes de Thomas me provam ao contrário. Estava muito confusa e por causa da minha intolerância de reconhecer as pessoas eu quase acabei com minha vida.

Vesti um vestido branco com rendas nas bainhas, mangas curtas e decote abrindo até um pouco abaixo dos seios. Joguei meus cabelos castanho de lado e passei uma make básica, nada muito exagerado afinal eu não pretendia demorar eu queria acabar com nosso laço hoje. Decidi ir ao seu encontro e ver o que realmente aconteceu, o motivo pelo qual me deixou. Sei que Gael acredita que ele tenha me amado e que Kevin segue da mesma opinião, minha mãe apesar de me deixar com o benefício da dúvida, acredita neles, então sou eu que vou provar que suas teorias estão completamente erradas.

Peguei minhas chaves e celular e guardei na minha bolsa simples colorida a tiracolo. Me encaminhei ao elevador cheia de auto confiança quando coloquei na cabeça que deveria ser eu a dar um ponto final a Thomas Crawford. Tudo que passamos juntos seria encerrado hoje. Quando a porta o elevador se abriu encontrei dois jovens se pegando com vontade e fiquei constrangida ao entrar e estragar a alegria deles, que se ajeitavam furiosamente e envergonhados.

— Desculpe — sussurrei evitando olha-los, se já estavam com vergonha agora imagina se eu direcionasse o olhar para eles.

— Está vendo? Você me faz passar vergonha — fala baixo ele, mais audível o suficiente para mim já que estávamos no mesmo elevador.

— Eu? Você que deu essa ideia estúpida! — afirma ela no mesmo tom e me dá uma rápida olhada.

Olhando profissional é um daqueles romances tóxicos da qual vivi com John. Esperei chegar ao térreo e me virei para a mina que parecia um pimentão.

— Não esquente sua cabeça, você é jovem e está na fase de cometer erros como todos da sua idade, mas não deixe nenhum idiota te desmerecer por isso, cuide-se! — afirmo e dou uma piscadela e saiu do elevador.

O consigliere me conduziu até a portaria o que pra mim foi um pouco estranho e bom demais, havia uma limousine do outro lado da rua, mas antes que eu pudesse chamar um táxi, o mesmo rapaz me conduziu até a limousine.

— Eu conheço o senhor? — pergunto desconfiada.

O homem de cabelo grisalho e barba por fazer, alto e ombros largos deixou um suspiro escapar ao dizer:

— Fui indicado pelo Sr. Crawford para que a levasse em segurança até seu encontro. Ele a espera no St. Garden, srta. Young. — afirma ele com voz rouca e firme.

— Ah — murmuro com a testa franzida. — Mas o bilhete dizia que ele me encontraria no restaurante que agora esqueci o nome!

— Ele mudou sua rota, deseja um encontro mais privado, srta. Young. — disse ele novamente.

Me dou por vencida e sigo o consigliere que na verdade era o choffeur. Ele abre a porta traseira para mim e entro, mesmo sentindo desconfiada. Mas essas coisas são prováveis quando se trata de Thomas, entrei e dei uma última olhada no cara antes dele fechar a porta. Tirei meu celular da bolsa e o segurei em minhas mãos. Era grande e espaçoso por dentro, tinha um frigobar e uma mesinha redonda com um balde de gelo e champanhe, acompanhando duas taças. Thomas preparou tudo para me deixar impressionada e conseguiu. Estando sozinha com um motorista desconhecido me deixava apreensiva, ele dobrou uma esquina e pude ver o início da Times Square, estava sempre tão linda com suas belas cores e sua movimentação que não acabava. Havia alguns eventos de pessoas que ganhavam a vida nas ruas, cada um com suas características e isso me fez sorrir, na Irlanda não se via algo assim.

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