IX

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Entretanto fui acordada dos meus pensamentos com um abanão de Kathrine.

- Hey! Terra chama Charlotte!

- Hey, olá... - respondi-lhe desatentamente.

Cumprimentei a Kathrine e Amber e pude ver Cameron e Amber trocarem olhares. Bem, isto é bom sinal.

- Vamos entrar ou vamos esperar que a festa acabe? - perguntou Amber.

Entramos na enorme casa branca, (de todo invulgar, principalmente na zona só Kansas) e pode-se ouvir a música alta e ver vários corpos dançarem ao som da música.

De repente vejo o famoso grupo de rapazes vir na nossa direção.

- Hey Hey Hey Cam... - disse o rapaz de olhos verdes e cabelos loiros cujo seu nome é Alex - Olha quem é ela... Ora vejam bem a menina Hedmark - disse fazendo um pequeno círculo a meu redor.

- Que não te caiam os olhos - disse sarcasticamente.

- Vejam bem que engraçadinha a dinamarquesa está - disse com raiva no seu olhar.

- Vê lá se não te cai os dentinhos - disse com frieza.

- Bom já chega, vamos divertir-nos sim? - questionou Cameron tentando aliviar o ambiente tenso que se tinha criado - Afinal de contas foi para isso que viemos, certo?

Prosseguimos para o meio da pista podendo sentir apuradamente tudo o que acontecia.

Vi Cameron a conversar com Amber e fiquei realmente contente com isso, queria ver os meus amigos felizes. Fiquei ainda mais contente quando vi Kathrine e Jaime no meio da pista a divertirem-se. Gosto de vê-las assim, felizes.
Só espero é que eles se saibam comportar com elas, porque elas são diferentes das galdérias com quem costumam manter um tipo de relação mais íntima.

Despertei dos meus pensamentos num sobressalto após alguém me ter agarrado na cintura. A minha curiosidade fez com que me vira-se para descobrir de quem seriam as mãos colocadas na minha cintura. Quando me voltei, deparo-me com uma figura de um rapaz alto, moreno de olhos azuis que eu desconhecia.

- Então que faz uma princesinha aqui sozinha num canto? - perguntou-me fazendo o meu sensor nasal sentir um tremendo cheiro a álcool e droga.

- Eu conheço-te? - pergunto confusa com o à vontade com quem me falou.

- Não, mas podemos - disse-me ao ouvido aprisionando-me mais contra o seu corpo não me permitindo qualquer oportunidade de fuga.

- Não me parece - disse tentando soltar-me do seu aperto.

- Deixa-me mostrar-te os meus dons - disse ao mesmo tempo que me empurrou para a parede.

- Vou mostrar-te como se dança - disse aproximando-se novamente de mim, aprisionando-me contra o seu corpo suado.

- Eu não quero, larga-me - disse com a voz um pouco trémula.

Ele já devia estar tão podre de bêbado e drogado que nem ele próprio deveria ter noção do que estava a fazer. Começou a deslizar as mãos sobre o meu corpo, por muito que quisesse sair, por muita força que usasse para me desprender do seu aperto a sua força era superior à minha.

- Larga-me por favor - choraminguei.

- Só quando me obedeceres - disse continuando a deslizar as suas mãos pelo meu corpo, agora mais próximo da minha intimidade.

- Não a ouviste Douglas? Larga-a, já! - disse Zayn aproximando-se, empurrando-o para que este me largasse.

- Cabra - disse rindo o tal rapaz chamado Douglas virando as costas para se ir embora.

Soul in DarknessOnde histórias criam vida. Descubra agora