Subi as escadas num ápice como se estivesse a tentar fugir à conversa. À qual nem eu sei o porquê de estar a fugir.
Eu não gosto, não posso, nem quero. Seria doloroso demais...
Assim que entrei no meu quarto despi as minhas roupas e vesti o meu pijama acabando por cair num sono profundo.
* * *
Acordo com o som do vento a soprar fazendo por consequência as árvores agitarem e as suas folhas caírem. O exterior mostra como a estação de Outono predomina. As folhas alaranjadas e secas caídas no chão dos passeios. O céu permanece cinzento e o vento faz as últimas folhas balançarem nos ramos das árvores.
Levanto-me embora seja contra a minha vontade, apresso-me a ir até à casa-de-banho e despir o meu pijama, entro no poliban e de seguida abro a torneira, a minha pele arrepia-se rapidamente pela diferença de temperatura. Tomo um duche que relaxa todos o meus músculos. Após 20 minutos debaixo de água, ensaboo o meu corpo, retiro tudo com a água que escorre pelo chuveiro. Saio do poliban embrulhando-me numa toalha. Optei por uns jeans cinzentos, uma camisola de lã bordeaux e umas botas pretas.
Desci o lance de escadas e dirigi-me à cozinha onde já se encontrava a minha mãe escondida pelo jornal enquanto bebia o seu café da manhã. Sentei-me e tomei o meu café comendo umas torradas.
* * *
Cheguei ao infernal secundário e corri até ao seu interior para me abrigar da chuva que começava agora a cair.
A primeira coisa com que me deparei assim que entrei foi com o grupinho dos Playboyzinhos do secundário. Grupo de rapazes mais arrogantes e estúpidos, excluindo unicamente o Cameron que ao contrário deles, é super simpático. Nem sei como é que se foi enquadrar neste tipo de grupo.
O grupo de rapazes parecia divertido por ter causado um certo desconforto. Tentei passar reto, mas um deles impediu-me de o fazer, Alex.
- Que faz a menina Hedmark sozinha nos corredores? - questionou-me olhando para o resto do grupo que sorria divertido.
Analisei melhor o grupo e pude reparar que Cameron não se encontrava no mesmo.
- A mesma coisa que tu fazes na companhia dos teus amigos idiotas - sorri sarcasticamente.
- Vejam só quem acordou mal disposta - disse aproximando-se de mim pegando numa mexa do meu cabelo enrolando o mesmo no seu dedo indicador.
- Estava bem disposta até ao momento que decidiste abrir a boca - deixei que todo o meu sarcasmo falasse por si e pude ver o seu estúpido sorriso fechar enquanto cerrava os seus olhos azuis e o seu maxilar ficava tenso.
- Não te armes em engraçadinha Hedmark, não comigo - sussurrou ao meu ouvido apertando o meu ante-braço com força fazendo-me ter a certeza de que iria deixar marca.
Olhei para o resto do grupo de deu-me vontade de lhe dar umas boas chapadas pelo simples facto de ser um puto arrogante e convencido e a mesma vontade se aplica ao Zayn que via toda esta cena com divertimento, assim como todos os outros.
Rapidamente me soltei do aperto de Alex e virei costas ao grupo, retomando o meu caminho até à sala de aula.
Cheguei à sala e rapidamente me sentei no lugar. Tentei prestar atenção à aula, mas dei por mim a rabiscar nas últimas folhas do caderno.
- Menina Hedmark, serão os seus desenhos abstratos mais importantes que a última aula de revisão antes do teste? - perguntou o professor aproximando-se da minha carteira observando-me atentamente chamando à atenção de toda a turma.
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Soul in Darkness
Teen FictionCharlotte, uma adolescente de 17 anos cuja a vida muda completamente assim que se muda da Dinamarca para os Estados Unidos da América. Após muitas falhas e desgostos a rapariga vai sentir-se totalmente perdida e solitária, desejando ter forças para...