Capítulo 11

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Jackson Wang P.V

Bebi um gole do vinho em minha taça, reuniões em restaurantes costumavam ser longas e cansativas. Apesar do atraso de Jaebeom, escolhemos o que iríamos beber, e honestamente ? Eu não me importava nenhum pouco se a bebida fosse a mais cara ou a mais barata do restaurante. Apenas bebia.

— Aonde está ele ?.- Ao meu lado, Yugyeom sussurrou próximo ao meu ouvido ao se inclinar em minha direção.— Alguns minutos há mais, e eles ficarão irritados.

Reajustei meu corpo no estofado da cadeira, desviando meu olhar para a porta principal.

— Garanto que ele chegará em breve, senhores.- Me prontiquei a avisar, Jaebeom me dera a liberdade para resolver qualquer problema em sua ausência.

— Sim, chegou nesse exato momento.- Yugyeom apontou com o queixo.

E inconsequentemente meu olhar congelou na mulher ao seu lado, cujo exibia suas curvas delicadas abaixo do tecido rosa do vestido que usava. Levei um tempo até perceber que todos haviam levantados para recebe-los, menos eu.

— Boa noite.- Eu não ouvia nada além da voz suave de Jina, sequer conseguia notar outra coisa a não ser seus lábios avermelhados.

Eu estava visivelmente surpreso por ele tê-la trago junto.

Grande porra !

Levantei-me brevemente para cumprimeta-los; apesar de trabalharmos juntos, Jaebeom e eu trocamos um aperto de mão formal, enquanto a Jina, cumprimentei com um sorriso seguido de um inclinar.

Desculpem o atraso, ficamos a maior parte no trânsito.

Suspirei, deixando que ele iniciasse a reunião, meu olhar vez ou outra escapando perigosamente para a mulher ao seu lado, era inevitável não olhar para aqueles lábios, ou para a merda do decote V. Não era apenas eu, outros homens também notaram a sensualidade que ela exibia essa noite, e olhavam como predadores pronto para atacar. JB, estava ocupado demais falando de negócios para perceber que eles cobiçavam sua mulher.

Desviei minha atenção para os homens, tomando a liberdade para expor minha opinião sobre o assunto debatido, o que deu início a outra rodada de conversa e questionamento. Jina, levantou e avisou educadamemte que iria ao banheiro, entretanto, ninguém além de mim pareceu perceber ou se importar.

Era minha chance de tentar consertar as coisas. Aproveitei a distração deles e levantei discretamente, seguindo para a entrada do banheiro feminino. Pensei em entrar, mas com tantas mulheres entrando e saindo não seria prudente. Quando a porta se abriu e Jina surgiu, nossos olhos se encontraram.

Jackson, o que você está fazendo na porta do banheiro feminino?.- Indagou, e a forma como ela falou me fez perceber a deselegância do meu ato.

Esperando por você.- Respirei fundo, olhando ao redor cautelosamente. Achei que seria o momento de me desculpar por aquilo. Desculpe por admitir de forma descarada, não quero que tenha uma imagem distorcida de mim.

Aqueles olhos negros pareciam fugir dos meus. Ela balançou a cabeça, lançando um sorriso singelo.

Eu fiquei surpresa, mas não lembro de você ter faltado com respeito.- Disse. E o fato de você estar aqui agora, mostra o quão preocupado está em manter as coisas limpas e respeitosas.

Algo em mim relaxou, para ser mais específico, minha consciência.

Realmente estava preocupado, e eu só queria que soubesse que não era minha intenção...

Jina balançou a cabeça, interrompendo-me.

Imagino que não.- Seu sorriso se desfez, dando lugar a uma expressão neutra. assim como imagino que não era sua intenção olhar para meus seios durante o jantar.

Meu corpo ficou rijo, petrificado como uma estátua. Entreabri a boca, minhas  palavras eram um pouco mais que algumas balbucias quando ela passou reto por mim.

Desculpe, eu não resisti.

Eu não reagiria assim, mas nessas circunstâncias não sabia exatamente o que fazer, ou falar. Ela era casada com um AMIGO e eu não poderia ser canalha para dar umas investidas. Voltei para a mesa minutos depois, a noite era uma eternidade inacabavel, e quanto mais tempo eu passava perto de Jina, mais insano e culpado me sentia.

A reunião acabou aproximadamente uma hora depois, e quando aconteceu, pedi para Yugyeom levar-me para uma boate. Eu precisava de alguns drinks.

Estacionamos na entrada, o som alto podia ser ouvido do lado externo da boate. Luzes coloridas piscavam, refletindo nos rostos daqueles que estavam na pista.

Posso saber o que aconteceu com você ?.- Ao meu lado, Yugyeom praticamente gritou. De repente, parece perturbado.

Só quero me divertir um pouco.- Olhei de soslaio para ele, que me fitava com as sobrancelhas erguidas. Você deveria fazer o mesmo, depois daquela reunião.

Pela forma como ele me olhara, soube que nenhuma palavra minha havia o convencido, mas como antigamente, ele preferia não insistir. Yugyeom era o mesmo de anos atrás.

Eu gostaria de o falar, desabafar sobre o que estava sentindo, mas não era certo, não com ele que trabalhava há anos com Jaebeom. Apesar de saber que ele era confiável, não era justo  envolve-lo em minhas merdas.

Bambam, ele sim. Lembro-me que ele e eu éramos o mais extrovertidos entre nosso grupo de amigos próximos. Eu sabia que podia relatar qualquer coisa sem receio de ser julgado.

Cara, você tem o número do bambam ?.

Ele assentiu, soltei um suspiro e sentei-me no banco perto do balcão.

— Então o que está esperando para chama-lo ?

Yugyeom sorriu, pegando o celular da calça e discando o número que eu julgava ser do tailandês.











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