Jackson Wang P.V
Por puro instinto inconsequente, a convidei para jantar em minha casa. Tudo estava errado, principalmente eu mesmo, e ainda sim, boa parcela de mim insistia naquele sentimento crescente.
Estávamos sentados na sala, jogando conversa fora enquanto Gianne terminava de preparar nossa refeição. Jina era alegre e divertida, entretanto, os problemas no casamento ocultavam completamente toda diversão e leveza.
Eu queria arrancar o máximo de sorrisos e risadas, queria de alguma forma desperta-la novamente.
— Eu tenho uma sobrinha, ela se chama Aimee.- Disse, sorrindo ao lembrar da garotinha que eu amava como uma filha.— Ela é tão esperta, me deixa como um babão.
— Eu também, tenho um sobrinho na verdade.- Ela sorriu.— Ele tem apenas dois aninhos, e é tão fofo.
— Eu adoraria conhecê-lo.- Disse com sinceridade, recostando meu corpo no sofá.— Gosto de crianças.- Sorri, pensando se seria boa ideia perguntar se ela gostaria de ter filhos, e não, não era uma boa idéia.
— Sério ?.- Indagou, como se achasse ser uma brincadeira. Assenti com a cabeça, e então, ela sorriu minimamente.— Normalmente eu não tenho tempo para o levar para minha casa.
— Sim.- Respondi, ouvindo Gianne nos chamar para o jantar.— Gosto de crianças, acho que tenho jeito para lidar com elas.
Levantei, gesticulando com a mão para que ela cruzasse primeiro a entrada que ligava a sala e a cozinha. Durante o jantar, vez ou outra pensava em todas qualidades evidentes que ela tinha: Beleza, elegância, simpatia... e em como eu desejava aperta-la quando suas bochechas ficavam ruborizadas.
Respirei fundo, xingando-me mentalmente por isso. Por todos pensamentos impróprios para uma mulher casada.
— Está uma delícia.- do outro lado da mesa, Jina sorria para o próprio prato.— Parabéns, Gianne.
A doméstica sorriu, concentrando-se em sua comida. Quando o jantar terminou, Jina dirigiu-se para a porta de entrada. Não eram nem oito da noite, e ao julgar pela pressa, ela parecia estar fugindo.
— Sua pressa me faz pensar que está fugindo de minha casa.- Disparei, de um modo divertido para não deixar o clima tenso.— Ou de mim.
Ela desviou o olhar, mantendo-se em silêncio por alguns segundos.
— Tenho algum motivo para fugir de você, Wang ?.- Questionou, retribuindo ao meu sorriso divertido.
Sim, tem.
Ela tinha vários motivos para fugir de mim e meus desejos insanos, da vontade de beijar seus lábios, de provar e sentir a maciez de sua boca contra a minha.
— Não, não tem.- Disse, piscando para afastar os pensamentos que eram mais uma tortura. Aproximei meu rosto, direcionando minha boca para sua bochecha.— Posso ?.- Sussurrei, esperando por sua permissão.
Jina concedeu exatamente o que eu queria, e então, rocei meus lábios contra a pele de sua bochecha quente. Minhas mãos automaticamente pousaram sobre sua cintura, meus dedos apertando sua curva. E no momento em que afastei meu rosto, ela olhou-me e repetiu o ato em minha pele. E, merda! Ela tinha lábios quentes, macios e suculentos, o que me fizera pensar em como seria sua boquinha ao redor de meu pênis.
— Boa noite, Jackson.- Jina libertou-se de minhas mãos em sua cintura, virando as costas para mim.
— Boa noite.- Sussurrei, tentando clarear a mente.
Jina P.V
Estacionei o carro na garagem de casa, descansando minha testa no volante enquanto assimilava o ocorrido. O beijo em minha bochecha fora o suficiente para meu corpo reagir e pedir mais, querer muito mais de Jackson Wang. Eu o desejei no exato momento em que sua boca tocou minha pele, que sua voz sussurrou pedindo uma permissão.
Por que ? Eu não entendia o efeito que ele exercia sobre mim, em como ele conseguiu despertar os desejos mais eróticos apenas com um sussurrar e um mísero beijo na bochecha.
Desci do carro, caminhando para a entrada de casa. Hina guardava a comida na geladeira.
— Jaebeom não foi o único a não jantar em casa esta noite.- Ela sorriu, fechando a porta da geladeira. Não era um comentário maldoso, não pela forma como ela sorriu.
— Tive que fazer uma entrega, e acabei comendo fora.- Parei, olhando-a.— Vou tomar um banho e descansar, você pode fazer o mesmo.
— Obrigada, mas... Gostaria de conversar ?.- Ela perguntou com tanta cautela que me fizera cogitar a idéia de lhe falar sobre o que estava acontecendo.
— Obrigada, mas eu realmente estou muito cansada hoje.- Disse, soltando o ar preso em meus pulmões.— Tenha uma boa noite, Hina.
Entrei em meu quarto, jogando a bolsa em qualquer lugar e desabando sobre a cama. Lembrando-me de todas aquelas sensações que ele me proporcionou, da forma como o ponto entre minhas pernas agitou-se com seu toque. Ele poderia fazer muito mais, levar-me a extrema loucura com aqueles dedos longos, com a mãos cheia de veias saltadas, e com a boca maravilhosa. Meu corpo estremeceu ao imagina-lo, e eu não havia percebido que não tinha mais controle de meus próprios atos quando deslizei para entre minhas pernas, massageando minha intimidade latejante. Não, não era eu, era Jackson quem estava tocando-me, seus dedos realizando movimentos circulares sobre o tecido úmido de minha calcinha.
Jackson, assim... por favor, assim...
Fechei os olhos, enquanto puxava o tecido para o lado e afundava dois dedos em meu interior. Com a outra mão, apertei meu seio, sentindo-o duro o suficiente para me fazer gemer com o toque.
Me toque, Jackson. Mova seus dedos..
Mordi os lábios, evitando gemer algo enquanto delirava por ele. Meus dedos fazendo o trabalho, não da mesma forma que Jackson poderia fazer, mas ao menos para me livrar daquele desejo.
Mais rápido, mais fundo, Jackson.
Aprofundei o contato, erguendo minha coluna em reação. Movendo-me mais rápido, mais e mais, até sentir meu líquido escorrer por meus dedos. Retirei-me de meu interior, tentando recuperar os sentindos. E céus, lágrimas molharam meu rosto ao lembrar de Jaebeom, de meu marido, do homem que não merecia ter uma esposa que se tocava pensando no amigo. Chorei pela culpa, pelo que havia feito, e principalmente por Jaebeom.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Loucamente Sua
FanfictionCasados à um ano, Jaebeom e Jina enfrentam dificuldades no casamento, e a ausência é a maior delas. A falta do marido, torna Jina uma mulher carente e vulnerável por algo ou alguém que possa preencher o vazio instalando-se em seu peito, por alguém...