coisas estranhas

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Se passaram 2 dias desde que estamos morando aqui e para a minha felicidade hoje é sábado, Sadie já havia se recuperado, óbvio, mas eu ainda não tinha engolido aquela história, era muito confusa! Sadie nunca foi desse jeito e eu tenho certeza de que não foi só drogas que aquele infeliz deu para ela. Mas minhas palavras não adiantaram em nada pois Caleb apareceu aqui e se desculpou com Sadie e comigo também, por que eu pedi, e minha irmã burra voltou correndo para os braços dele.

- Ei, vamos dar uma volta? - Sadie apareceu em meu quarto e eu a fuzilei com o olhar, neguei com a cabeça e entrei no banheiro disposta a tomar um banho gelado para ver se todo esse ódio passava.

Eu já estava em baixo do chuveiro, cantarolando uma música aleatória e dançando igual uma idiota. Mas a minha paz não durou muito quando aquele garoto filho da puta pulou a janela do meu banheiro e ficou me encarando nua, vê se pode.

- Desculpa incomodar, assim, mas... - Ele deu uma pausa para olhar meu corpo, e eu rapidamente desliguei o chuveito e puxei uma toalha que estava pendurada no vidro do box ali, me enrolei nela e fui em direção dele.

- Finn, você tem algum tipo de problema mental, cara? - Perguntei incrédula com o'que estava acontecendo e ele simplesmente riu.

- Não, mas eu preciso de um favor seu. - Me encostei na pia do banheiro, cruzei meus braços e esperei ele começar a falar. - Preciso que você finja ser minha namorada.

- O'que? - O olhei espantada e ele riu novamente, que babaca.

- É, isso ai que você ouviu. - O branquelo disse e eu continuei com a mesma reação, como se estivesse perguntando o porquê disso. - Ah, porque eu preciso que umas garotas me deixem em paz, não aguento mais aquelas vacas do fundamental.

- Ok, mas porque você não vai lá e diz "me deixa, porra, não quero vocês." - Falei tentando imitar a voz dele e o filho da mãe riu novamente.

- Já tentei e adivinha? Não funcionou. - Sua voz saiu em um tom sarcástico e ele aproximou-se de mim. - Apenas nessa semana. - Eu não sabia o'que dizer, então acabei concordando, seria apenas fingimento, nada mais. - Ótimo.

- Mas olha, não vou ficar te beijando não, ok. - Eu falei séria e ele soltou um riso anasalado, se aproximou mais de mim e deixou um rápido selinho em meus lábios e eu continuei ali, parada, sem reação enquanto o observava ir embora pela janela.

Depois de não ter conseguido terminar meu banho, eu vesti uma roupa qualquer e me joguei no sofá da sala, liguei a TV mas logo me obriguei a desligá-la, não havia nada de interessante. Continuei mais alguns minutos ali, mas logo algo me incomodou, um barulho, eu não conseguia decifrar o'que era aquele maldito som, mas era irritante e assustador.

- Sério? Sadie, pare. - Gritei da sala, achando que Sadie poderia estar fazendo o tal barulho, mas foi ali que lembrei que a dona ruiva saiu. Eu estava sozinha, mas não completamente se eu fosse para a casa de Finn. - Puta merda. - Eu levantei rápido do móvel macio e fui para a porta de saída, dei uma rápido espiada e consegui ver de onde o barulho estava vindo, na real, eu não vi nada mas sabia que estava vindo do andar de cima, assim que tive certeza de que aquilo não iria parar, eu abri a porta e corri para a casa de Finn.

- Eu falei que começava segunda. - Finn debochou ao me ver ali, e eu rapidamente o puxei para perto de mim.

- Olha aqui, porra! - Puxei a gola de sua camisa o fazendo olhar diretamente para meus olhos. - Tem uns barulho do cu do capeta lá em casa e eu quase me caguei de medo, ok? Agora cala a boca e me deixa entrar.

- Ãhn? - Foi a única coisa que ele disse, antes de olhar para algo atrás de mim e me puxar rapidamente para dentro da casa dele. - Porra.

- Ok, o'que tinha lá? - Eu indaguei assustada e ele me olhou sério.

- Nada, não tinha nada. - O maior falou alto e se sentou no sofá, levou seu olhar até mim e nós fiquemos nos olhando por um bom tempo. - Senta. - Apenas fiz o'que foi pedido e fiquei em silêncio ao lado dele, que parecia pensativo e um tanto assustado.

- Finn.. - O chamei baixo e ele pareceu me ignorar ou talvez eu tenha falado baixo de mais. - Finn, por favor..

- Esqueça e vá embora. - Ele falou ríspido e me encarou, suas pernas tremiam e seus cotovelos estavam apoiados sobre seus joelhos.

- Eu não vou voltar pra lá não. - Falei alto e ele desviou o olhar para qualquer canto daquela sala, eu me aconcheguei no sofá e ele me olhou novamente.

- Porra, garota. - Foi a última coisa que ele disse antes de avançar em mim, com um beijo quente e desajeitado.
Eu não pensei nem uma vez antes de retribuir aquele beijo.

❝ havia algo em você..
❝ ele queria você..

frases ecoavam em minha cabeça..

❝ ah minha garota..
❝ apenas ignore aquilo..
❝ diga que nunca viu..

eu não sabia de onde estavam vindo..

❝ esqueça..
❝ é tão simples..

tudo estava confuso..

❝ mas se acontecer novamente..
❝ venha até mim..

e então eu acordei em meu quarto.

o garoto da casa ao lado | + finn wolfhardOnde histórias criam vida. Descubra agora