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─┈❥

Um corredor.

A única coisa que eu via era um corredor, não estava escuro..
Mas não deixava de ser assustador
Havia sombras, mas não me assustavam
Elas pareciam me observar
Tudo ali parecia me observar..

E no final do enorme corredor
Uma porta, apenas uma porta qualquer
Andando lentamente eu me aproximei

"O terror dá asas aos pés"

Estava escrito na porta branca, que agora se encontrava em minha frente
Uma sensação estranha invadiu meu corpo e minha mente
E só então pude perceber que as tais sombras estavam em volta de mim, me observando..

"O risco de uma decisão errada é preferível ao terror da indecisão."

Está frase foi proferida por alguém que eu não sabia que estava ali, mas agora estava, porém eu não sabia onde e nem quem era.

"Sou a sombra na lua à noite,
Enchendo seus sonhos até a borda com terror."

E novamente alguém falou, mas dessa vez eu conhecia aquela voz, eu com certeza sabia de quem era..
Finn

"Você não sabe o'que à espera depois da porta, mas sabe que não haverá nada bom lá, ou ao menos acha."

Novamente aquela voz agora conhecida proferiu, mas agora o som parecia mais próxima, como se estivesse ao meu lado.

"Você não sabe quem sou eu, garota.
Só conhece o'que eu quero que conheça."

Agora o som parecia estar em todas os lugares, ecoando de espaço em espaço e sempre vindo cada vez mais alto, fazendo uma leve dor de cabeça aparecer.

"Você pode me responder, eu estou ouvindo.."

Porque eu responderia algo que nem ao menos sei onde está, mas eu queria, eu precisava..

- Responder? - falei baixo e não obtive resposta alguma, até perceber uma presença ali, eu estava sendo observada e conseguia sentir aquilo, era desconfortável.

"Eu estou aqui.. Mas não tenha medo
Sou o Finn que você conhece, amor.."

- O'que? Onde você está? - Indaguei ainda com medo e me virei para trás, e lá estava ele.. Finn.

"Oh, sim, sou eu.."

- Porque você está falando assim? - Ele me olhava com um sorriso macabro nos lábios, enquanto me aproximava dele, eu pude ver algo em suas mãos.. A droga de uma faca.

- Oh, pronto! - Ele continuou com aquele sorriso estranho nos lábios e se aproximou de mim também, e quando chegou perto o suficiente ele me agarrou, com uma força surreal e aproximou seu rosto do meu. - Não tenha medo, amor.

Eu não disse nada, fiquei calada e desviei meu olhar para sua mão, a mão em que ele segurava a maldita faça, que só agora eu consegui ver que havia sangue nela.

- Eu não vou fazer nada com você, minha garota.. Não agora. - Ao proferir isso ele imediatamente largou a faca, a fazendo cair no chão e fazer um barulho alto, mas logo em seguida Finn passou suas mãos livres por minha cintura, enquanto continuava a aproximar nossos rostos, assim colocando nossos lábios em um beijo intenso e eu não conseguia negar ao beijo dele, nem a qualquer coisa que aquele garoto fizesse ou falasse, era inevitável..

- Você pode sentir isso? - Finn perguntou à mim, enquanto levava uma de suas mãos até meu pescoço, pousou sua mão ao lado direto um pouco abaixo de minha orelha, meio que acariciando o local, eu apenas assenti.

- Finn, que lugar é esse? - Indaguei com a voz falha e o cacheado continuou a me olhar.

- Não faça perguntas, você irá esquecer disso.. - E foi aqui que eu entendi as coisas.

- Esquecer? Como assim?

- É, simplesmente esquecer. Mas depois falamos sobre isso, pois agora preciso tirar você daqui.. - Ele disse isso e pegou em minha mão, começando a me puxar por aquele corredor, desviado totalmente ta porta, já quase esquecida por mim.

- O'que tem lá? - Perguntei apontando para a porta e Finn me olhou novamente.

- Coisas que as pessoas tem medo. Em específico, coisas que você tem medo. - Ele continuou a andar, e eu apenas processei tudo, não era muito difícil. Enquanto estava perdida em meus pensamentos, não havia percebido em que momento nós havíamos conseguido sair daquele local e vir parar na parte de trás da casa de Finn. - Você precisa ir.

- Para minha casa? - Ele apenas assentiu me encarando, eu o olhei por alguns segundos e sai andando em direção à minha bela casa. Assim que cheguei em frente a porta de entrada, algo passou por minha cabeça "O garoto!" mas logo desisti da ideia de perguntar aos meus pais quem era o meu sobrinho e o'que havia acontecido com ele.
Entrei em casa e estava tudo apagado, aproveitei a iluminação do poste que batia ali dentro e fui direto para as escadas e por fim, meu quarto.

- Uau. - Falei ao me jogar na cama, e pensei "Porque estou agindo normalmente, depois disso tudo?" até então perceber que tudo estava começando a parecer um sonho novamente, mas não, não dessa vez. Corri para minha escrivaninha e comecei à escrever, assim toda vez que eu lesse aquilo eu poderia ao menos tentar lembrar.

"Pipa amarela"
"Meu sobrinho"
"Corredor assustador"
"Sombras no corredor"
"Porta branca"
"O terror dá asas aos pés"
"Voz estranha"
"Você só conhece o'que eu quero que conheça"
"Mas sabe que não haverá nada bom lá, ou ao menos acha"
"Não irei fazer nada com você, não agora"
"Você pode sentir isso"
"Beijo inesquecível"
"Sensações estranhas"
"Esquecer tudo"

"Finn Wolfhard"

o garoto da casa ao lado | + finn wolfhardOnde histórias criam vida. Descubra agora