Atração ━━ Pedro Guilherme

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➵ onde Flora fica com Pedro Guilherme, na festa de seu irmão

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FLORA RIBAS

As pessoas dançavam animadas, com o alto volume do pagode pouco conhecido por mim, a turma da "diretoria" reuniu-se próximo ao deck da piscina. O grupo de pagode casual que meu irmão participava, era composto por alguns amigos de time, sendo eles Rafinha, Bruno Herique e Ribeiro.

Os três juntos era cantoria desafinada na certa. Marília Ribeiro estava ao meu lado, observando o marido junto a mim, enquanto bebia água com gás, já que por conta da amamentação, não podia ingerir nada alcoólico.

A festa com tema carnaval, se estendia pela noite e da última vez que vi o relógio, eram duas da manhã. Jogadores do time que meu irmão jogava, estavam espalhados por toda a área externa da casa, com copos de bebidas nas mãos, enquanto dançavam ao som da música. O karaokê havia sido péssima ideia.

— Lembre-me de pedir desculpas aos vizinhos. — Digo alto, por conta da música, a mulher loira ao meu lado.

— Seu irmão vai pagar uma multa, daquelas. — Disse no mesmo tom, e eu assenti.

Sai de cima do banco alto a qual estava sentada, calcei os chinelos e caminhei para dentro da casa, que por sua vez estava totalmente vazia, a não ser o quarto de hóspedes que estava servindo de um possível motel, graças aos gemidos.

— Nota menta, limpar o quarto de hóspedes com água sanitária e água benta. — Sussurro a mim mesma, pondo o meu copo de cerveja na pia.

— Você fala sozinha? — Escuto e salto de susto, fazendo os chinelos estalarem. — Ih Desculpa, Flora.

Reconheci a voz e virei para olhar na direção que Pedro estava, fiz uma cara brava e ele sorriu culpado.

— Desculpa, de novo? — Perguntou.

— Sabe que eu odeio quando você faz isso, Pedro Henrique. — Digo, cruzando os braços à frente do meu corpo. Tenho certeza que meus seios marcaram graças ao logo decote em V que tinha, constatei isso pelo olhar sorrateiro que Pedro deu a eles. — Meus olhos estão aqui em cima. — Falo.

— Meu nome não é Pedro Henrique. — Falou, voltando a me encarar. — Vou ter que andar com um crachá, agora?

— Eu sei seu nome, Pedro Guilherme. — Dou de ombro. — Henrique é mais legal.

— Eca. — Fez careta e fingiu se arrepiar, me arrancando uma risada.

Risada está que contagiou o moreno a minha frente, o platinado que ele havia feito meses atrás, já estava saindo quase que por completo. O som da sua gargalhada invadiu meus ouvidos, e tive que conter o sorriso bobo.

Já fazia um tempo que eu vinha suprindo uma atração e quedinha pelo jogador, correção, eu estava mesmo tendo sentimentos por ele. Sentimentos estes que eu tinha que esconder, na tentativa van de reprimi-los, para que fossem embora. Guilherme era dois anos mais novo que eu, e eu não era papa anjo, mas ele era a exceção que eu queria abrir.

— E os boyzinhos? — Perguntou e andou até mim, se encostando no balcão da pia.

— Teve uns desengonçados que tentaram dar em cima de mim, mas eu ignorei. — Respondo, e caminho até a geladeira. — Quer uma cerveja? Aqui tem umas mais gostosas.

— Pode ser. — Diz. — Também estou vendo uma gostosa.

O olhei e ele estava encarando minha bunda, o que fez minhas bochechas ruborizar, engoli em seco e voltei atenção as Heineken's, pegando duas garrafas.

— Cerveja Corona é ruim pra caralho. — Digo e volto a caminhar até ele, lhe entregando a bebida.

— Coisa boa mesmo, é toddynho. — Disse e abriu as garrafinhas.

— Sou da turma do Nescau. — Levanto a mão.

— Traidora. — Resmungou e sorrio.

As duas pessoa sair estavam no quarto de hóspedes, saíram e eram Gabriel e Rafaella, com a cara mais cínica e um sorriso satisfeito nos lábios.

— Quando eu for na sua casa, vou transar na sua cama. — Digo a Barbosa, quando Rafaella não estava mais no recinto.

— É Carnaval, gata. — Disse ele, sorridente e provavelmente, bêbado.

Saiu logo em seguida, fechando a porta da cozinha e gritando a letra da nova música que tocava. Sempre me contagiava a alegria dos meninos, amava estar no meio deles e debater sobre jogos, algumas vezes jogando na cara que eles foram péssimos.

— Nojentos. — Resmungo.

— Vai dizer que não queria estar sendo feliz igual a eles? — Pedro me cutucou.

— Sim, porém com uma pessoa específica. — Respondo, e volto meu olhar a ele.

— E quem é essa pessoa específica?

— Não sei. — Dou de ombros.

Talvez fosse o efeito da cerveja, misturadas com todas as outras bebidas que eu havia ingerido no decorrer da noite, mas os meus pelos começaram a se arrepiar e passamos a sustentar o olhar ainda mais.

Engoli em seco e intercalei meu olhar entre sua boca e olhos, que agora pareciam bem escuros que o normal.

— Flora? — Chamou e voltei a olhá-lo nos olhos.

— Hum?

— Vou beijar você. — Franzi o cenho confusa, mas logo senti seus lábios nos meus.

Demorei alguns segundos para me localizar e ver que aquilo realmente estava acontecendo, a minha fantasia de beija-lo em uma das muitas festas de clube, estava mesmo acontecendo.

Não perdi tempo e passei meus braços por seu pescoço, fechando os olhos e me entregando ao beijo. Aprofundei o beijo, pedindo passagem com a língua, sentindo carinho da sua logo em seguida. Como Pedro era mais alto que eu, tive que ficar na ponta dos pés, já sentindo suas mãos me segurando para permanecer assim.

As minhas mãos que antes estavam em seu pescoço, agora estavam na gola de sua camisa, o puxando ainda mais para mim. Soltei um gemido baixo, quando Pedro nos separou brevemente, arrastando meu lábio inferior contra os dentes. Que pegada.

— A gente pode subir, se você quiser. — Sugiro, entre beijos breves. — Na verdade, você não tem a opção de escolha.

— Eu não negaria tal pedido. — Sussurrou e começou a devorar meu pescoço.

Soltei um gritinho agudo, quando Guilherme me impulsionou a subir em seu colo. Passei as pernas ao seu redor e agarrei seu pescoço, distribuindo mordidas leves e beijos delicados, do jeito que eu sabia que os homens gostavam. As poucas experiências com o sexo oposto que tive, procurava por em prática nas vezes que transava com a alguém diferente.

— Não faz isso. — Murmurou rouco, após a renomada com o quadril que eu dei.

— Porque? O que acontece? — Questiono, fingindo inocência.

O brilho fofo de seus olhos que fazia minha casinha molhar só de os ver, mudou totalmente, para um olhar que pingava luxúria e tesão.

to be continued...

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Tudo e todas as coisas ━━ One ShortOnde histórias criam vida. Descubra agora