✽+†+✽ ━━ "Não custa nada imaginar"
Aqui é onde podemos ser criativas (os), com a nossa imaginação e desejos. Escrever longue Fics é bom, mas os love shots dão um gostinho de quero mais. Então, aqui escreverei tantos os seus desejos quando os meus, q...
➵ Onde Olívia supria uma paixão secreta por James, e achava não ser notada por ele, mas estava enganada.
•• única
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••• OLIVA
Era patético, eu estar o observando do outro lado da festa, como se em algum momento ele fosse me notar ali, parada, com uma taça de champanhe na mão. Eu tinha me produzido toda para aquela noite, passei horas no salão apenas para me sentir a altura daquelas festa, me sentir formal no meio de tanta gente chique. E isso me tornava patética.
Aquilo não era para mim, aquela casualidade toda, aquela corte de reis e rainhas. Definitivamente eu não pertencia aquele lugar. Mas, era o preço de ser melhor amiga de uma namorada de jogador de futebol. O pior, não era estar no meio de pessoas que eu não entendia o idioma, mas sim, estar no meio de muitas pessoas e só ter olhos para uma. Eu estava divina, naquele vestido preto com cisco brilhosos. Tinha uma fenda no decote, bem no meio dos meus seios, fora que marcava meu quadril e cintura.
Meu perfume dava para ser sentido, a esquinas de distância. A maquiagem foi milimetricamente pensada, para ser simples mas ao mesmo tempo bonita. Meu cabelo estava definido em cachos desajeitados, as mechas loiras se misturavam com os fios negros. Quando digo divina, eu não estou mentindo.
— She's brazilian. — Ouvi um cara dizer, e em seguida senti o olhar dele queimar sobre mim. Essa era milésima vez que eu me sentia assediada ali. Observada e comida com os olhos. Olhos que não me interessavam em nada, até porque, James estava do outro lado do salão e mal havia me cumprimentado.
— But she's beautiful. — Outro murmurou. Suporei pesado, levantei e caminhei naqueles saltos pontiagudos para a área externa, da sacada.
— Nota mental: não vir mais nos jantares da Clarice. — Sussurrei quando já estava sozinha, virando a bebida na boca e engolindo o cítrico. Não era a minha favorita, mas em festas de gente rica só servia aquilo. — Deveria ter trago um casaco.
A brisa fria se chocou contra meu corpo, eram como facas afiadas e cortantes. O restante do líquido na taça, não foi o suficiente para me aquecer, mas já que estar ali significava sentir um pouco de frio, me aproximei do parapeito da sacada, qual era das pessoas de fazerem festas em lugares altos? Espalmei as mãos na proteção, após deixar a taça no alcance delas. Suspirei fundo e o cheiro que prevaleceu, foi do buffet sendo preparado para o jantar que Marcelo havia promovido.
Me fez viajar horas de carro, para vir ao Rio de Janeiro, só para esse jantar, tive que pausar duas pesquisas para estar aqui. Era bióloga ambiental, e estava na amazônia quando ele ligou dizendo que minha presença estava sendo requisitada. Só vim, por conta da comida, e era inegável, por conta de James. Patética, estar aqui por causa dele me tornava patética. E, suprir uma paixão boba pelo melhor amigo, do meu amigo, me tronava mais patética ainda.
