Bebê ━━ Emiliano Rigoni

2.2K 111 44
                                    

➵ onde Emiliano tem um filho, com uma barriga de aluguel

EMILLY

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

EMILLY

Respirava fundo, assim como-me instruía a obstetra. A dor ainda estava suportável, mas tinha certeza que dali alguns minutos, seria só ladeira abaixo.

Teodora ou Tales, estava presta a nascer e eu estava com seis centímetros de dilatação. A médica disse que como era meu primeiro — e espero que único — parto, seria realmente demorado.

— Está precisando de algo? — Rigoni me perguntou, enquanto acariciava meus cabelos.

— Não, obrigada. — Respondo.

Quando fechamos o contrato, ele foi muito gentil comigo, e me levou para morar junto com ele. As primeiras tentativas foram falhas, fora os bebês que viemos perdendo, isso acabou mesmo com nós dois.

Tivemos que nos apoiar e nos ajudar, em um dia, onde estávamos bebendo whisky na varanda de sua casa, acabamos nos beijando e depois passamos a noite juntos. Fizemos outra tentativa da inseminação e quando os enjoos apareceram, tive a certeza que uma das duas coisas deram certo.

Não nos aproximamos mais, foi apenas uma noite e agora ele teria um filho, um filho "meu". Acabei me apegando a cada chutinho que o bebê dava, e a cada conversa noturna que tínhamos, mesmo eu sabendo que era errado. Rigoni permaneceu gentil e amável, findando que eu acabei me apaixonando por ele.

O que era uma droga, já que ele parecia muito gostar de uma amiga dele que o visitava sempre.

— Se você precisar de qualquer coisa, me fala. — Segurou em minha mão e me fez olhar para seus olhos outra vez. — Me sinto impotente vendo você em cima dessa cama, sofrendo de dor e eu sem fazer nada.

Sorrio e levo minha mão ao seu rosto, acariciando a barba rala presente ali, sentindo ela arranhar de leve minha pele. Como ele conseguia me deixai ainda mais apaixonada? Sentia vontade de contar a ele, mas tinha medo de ser rejeitada.

— Estou, meu bem. — Digo, logo em seguida fazendo uma careta, com uma forte contração que chegou com tudo.

— Aperta minha mão. — Pediu e segurou a mesma.

Era uma dor tão intensa, que eu não tinha nem forças para aperta sua mão. Só mordi o lábio com força, e fechei olhos. Ignorei o gosto de sangue em minha boca, pelo corte em meu lábio, graças às outras contrações.

— Vai com calma filho. — Rigoni disse, acariciando a barriga. — Você precisa ser cuidadoso com a Milly.

Abri os olhos devagar encontrando os seus, sorrio e ele retribui, voltei a fazer carinho em sua bochecha e mais uma vez a contração veio. Desse vez mais curtas que as outras.

Tudo e todas as coisas ━━ One ShortOnde histórias criam vida. Descubra agora