Suga apenas queria entregar o almoço que o namorado tinha esquecido em casa, mas a secretária da delegacia havia outros planos para ele.
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As ruas de Tóquio estavam especialmente frias quando Suga saiu naquela manhã. Não que ele quisesse, óbvio, aquele era seu dia de folga e ele pretendia passar ele todo tomando chocolate quente, comendo pipoca e assistindo séries que ele não tem tempo de ver em dias úteis normais. Mas quando ele levantou às onze da manhã e olhou para a ilha da cozinha e viu o almoço de Daichi embalado e intocado, ele soube que seus planos teriam que esperar. E então aqui estava ele, parado na calçada esperando o uber para ir à delegacia entregar o almoço que seu namorado teve o desprazer de esquecer em casa.
Não era a primeira vez que Daichi saia correndo para o trabalho e esquecia seu almoço em casa, mas uma coisa era Suga levar para ele no intervalo de almoço da escola no seu próprio carro, outra era sair em seu dia de folga e ter que pegar um uber até a delegacia.
Quando o carro parou em sua frente, ele imediatamente entrou e se acomodou no banco, suspirando com o ar quente vindo do ar-condicionado e dando um bom dia ao motorista logo informando o destino.
A delegacia não era muito longe, por isso em alguns minutos em uma pequena conversa sobre como as temperaturas estavam baixas naquele ano, Suga logo estava parado em frente ao seu destino agradecendo a viagem e pagando o motorista.
O platinado foi rápido em abrir a porta da delegacia e forçar seu corpo para dentro, limpando os pés no tapete e tirando a neve dos cabelos. A entrada estaria vazia se não fosse pela secretaria sentada sozinha mexendo em um computador, parecendo ocupada demais para sequer levantar os olhos na direção da porta. Sugawara se aproximou do balcão e içou seu corpo para frente tentando trazer a atenção da moça para si, o que não surtiu efeito.— Bom dia, eu vim entregar o almoço do oficial Sawamura.
Ela finalmente ergueu os olhos do computador e olhou para Suga.
— Quem gostaria?
— Sugawara Koushi.
— Você é o que dele?
Oh, essa é uma pergunta complicada.
— Sou o namorado dele.
Uma cara feia em sua direção. Ótimo.
— Nunca me alertaram sobre o oficial Sawamura ter um namorado, muito menos que ele traria seu almoço.
— Eu normalmente não trago, Daichi sempre traz, mas hoje em específico ele se esqueceu e eu vim trazer para ele, apenas — Sugawara tentou seu melhor sorriso radiante, que funcionava sempre para convencer os outros a fazerem o que ele queria ou fazer as crianças o escutarem, mas não parecia ser muito efetivo contra ela.
— Ah, claro... — deu uma pausa e ela olhou para o almoço parado em cima do balcão e então voltou seu olhar para ele — sinto muito, mas não posso entregar para ele.
— O quê? Por quê?
— Em nenhum dos documentos que eu tenho consta algo sobre o oficial Sawamura ter um parceiro, não posso permitir que um estranho o entregue comida.
— Você é nova aqui, não é?
— Sim? Como sabe? — ela lançou um olhar desconfiado sobre o balcão.
— Porque eu já vim a essa delegacia entregar o almoço do meu namorado centenas de vezes, e eu nunca vi você por aqui antes.
— Senhor, eu não posso entregar comida de alguém que não consta nos documentos, muito menos para um delegado, a probabilidade de alguém tentar matá-lo dessa forma como vingança é alta, por favor entenda meu lado.
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historinhas de daisuga.
أدب الهواةoneshots daisuga que eu escrevi para a #daisugadmstcweek no twitter ! não precisa ler uma para entender a outra, todas são do mesmo universo mas em épocas diferentes - e não estão em ordem cronológica. [ daisuga | fluffy ]